CAPÍTULO 43

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Capítulo 43

Assim que eu digo meu nome, Saulo quase se levanta para avançar sobre mim. Porém, Fernando segura seus pulsos e o algema. Os outros agentes, imediatamente apontam os canos dos fuzis.

— Você é um assassino que merecia estar morto!

— E vocês franceses uma cambada de traficantes que mereciam estar na cadeia. Bandidos!

— É você quem vai para a cadeia, seu assassino!

Sem evitar, furioso, eu dou um pulo e soco o queixo dele com toda a violência do meu braço. Ele quase cai para trás.

— EU NÃO SOU UM ASSASSINO!!! FILHO DA PUTA!!!

— Murilo, 03, tirem Felipe daqui! Andem!

No momento em que eu vou puxar a arma, 03 agarra meu braço e Murilo o outro, me arrastando a força pelo chão de terra.

— Porra, está louco, Felipe?!

— Me soltem!!! — Afasto eles, me recompondo, enfurecido.

— Se controla!

Eu paro sobre o olhar dos dois putos. E aguardo o Fernando resolver a questão do telefonema.

****

Eloíse Galvani

Eu sei que eu não deveria me sentir assim. E que droga. Porém, eu me sinto. Acordar e não ver o Felipe ao meu lado na cama, me deixou decepcionada, traída de confiança, com medo. A nossa noite foi única, sem palavras para tanto amor. Ele é o homem da minha vida. Criar a ideia de nunca mais tê-lo, senti-lo, me dilacera a alma. Por isso, eu estou me perguntando sem cessar: e se ele não voltar como me prometeu? E... e se ele realmente estiver colocando-se em risco? Que erros, que pecados são esses que não pode confiar em mim para confessá-los?

São tantos pensamentos, tantas questões. O nervosismo, a ansiedade por notícias do Felipe, que eu não suportei. A minha cabeça rodou. Eu senti uma leve impressão de que estava caindo de costas e fechei os olhos, desmaiando num vasto escuro.

— Elozinha, por favor...

— Eloíse?

— Eloíse, fale conosco?

Clara e Gui apoiam a minha cabeça. Ela toca no meu rosto, em seguida sente meu pulso. Eu abro a visão ampla, encarando suas feições borradas de preocupação. Inclusive a do Oliver.

— Aí graças a Deus. Você acordou!

— O que foi, Eloíse?

Eu me ergo tonta, sentando-me no chão com eles.

— Minha cabeça... não sei — coloco a mão um pouco acima da nuca.

— Você desmaiou enquanto fotografava. — Oliver explica.

— E com certeza bateu a cabeça no chão. Está doendo?

— Sim — respondo. — Eu senti uma tontura e de repente caí. Não suportei mais o peso das pernas.

— Vamos adiar as fotos para amanhã. E você se recupera.

— Mas Cla...

— E sem contestar, Eloíse. É pela sua saúde. Está fraca, abatida. Não vou deixar que continue trabalhando.

— Também nos parece estranha, meio nervosa.

— Eu concordo com a Collins. — Oliver comenta. — É sem problemas se deixarmos para amanhã. Vem, tente se levantar.

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