Capítulo 6

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  *Luke POV*

  Era cerca de três a quatro horas de carro para Albany. Anne, eu e Paul fomos em um carro e no outro foram Lara, Jon, Steve e Peter. Nosso plano era de ir direto para a capital, sem fazer paradas. Nós tínhamos comida, água e munições, nada poderia nos atrasar.

   Já estávamos na New York State Thruway (a principal estrada do estado de Nova Iorque) a quase uma hora, perto de Montezuma. No caminho podíamos ver várias daquelas criaturas - Paul decidiu chamá-las de zumbis, o que até fazia sentido já que estávamos comparando tudo aos filmes.

   A cada minuto eu olhava para Anne no banco de trás, ela havia pegado no sono e eu não queria acordá-la. A verdade é que eu realmente me preocupava com ela, era a única pessoa com quem eu podia me sentir bem e não queria estragar o que já não tínhamos. Além do mais, Lara e Jon eram o perfeito exemplo de que as pessoas ficam juntas até no fim do mundo.

   Chegando em Montezuma tivemos que parar em um posto para reabastecer

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   Chegando em Montezuma tivemos que parar em um posto para reabastecer. Aqueles carros deviam estar parados há algum tempo e, naquela hora, só importava que eles andassem.

   A cidade também parecia vazia, apesar de não termos olhado tudo, o lugar era silencioso e aparentemente calmo. Deixamos os carros nos tanques junto com Lara e Jon, enquanto nós outros fomos na loja de conveniência. Pude perceber que eles riam de alguma coisa lá atrás. Como podia? Em meio ao caos e eles ainda se davam tão bem...

***

- Vamos nos dividir. Vocês três olham por aqui e nós olhamos nos fundos. - disse Anne puxando minha mão para junto da dela, direcionando suas palavras a Paul, Peter e Steve.

***

   Fomos até os fundos da loja de conveniência, onde ficava a área dos funcionários e a dispensa. No canto, ao lado do banheiro, tinha uma porta para o estacionamento de motos e bicicletas, também era onde eles armazenavam os tanques de combustível para a troca.

   Durante todo esse tempo vasculhando os fundos da loja, Anne ainda mantinha sua mão junto da minha. Era estranho que esses últimos dias tinham nos deixado tão próximos, desde que nos vimos após a explosão. Como se fosse um alívio saber que estávamos vivos e ali juntos. Ela apertou minha mão ainda mais forte quando um barulho veio da porta da dispensa.

   Eu havia decidido abrir a porta e ver o que tinha lá dentro, mas quando aproximei minha mão da trava da maçaneta Anne me impediu. Ela colocou uma de suas mãos sobre meu ombro e a outra sobre a minha mão e disse para que eu tomasse cuidado - seus olhos fitando os meus estavam me deixando ainda mais louco do que o que havia do outro lado daquela porta.

   Concordei com a cabeça e puxei a trava. Foi a maior idiotice que eu podia ter feito... Quase como num piscar de olhos a porta foi escancarada por várias daquelas criaturas que se amontoavam em cima de nós. Era um pesadelo. Parecia a cada segundo que seria o último. Mas então, pude ouvir um tiro.

   Anne estava com a Glock o tempo todo e eu quase havia me esquecido. Ela conseguiu acertar alguns zumbis para que nós pudéssemos correr. Corremos para fora da loja, no estacionamento de motos, e fechamos a porta. Mas isso não os seguraria por muito tempo.

   Escutamos mais tiros de dentro da loja, os outros deviam estar em perigo. Puxei a mão de Anne para que fôssemos encontrá-los, mas ela nem se moveu.

***

- Anne, vamos! - disse.

- Vai com eles. Eu vou distrair aquelas criaturas. - ela respondeu com a voz trêmula.

- Não. Claro que não. Você vem comigo. - eu estava em negação.

- EU TENHO UM PLANO! - ela gritou, e toda aquele medo na voz dela sumiu. - Eu tenho um plano. - ela repetiu, dessa vez mais calma. 

***

   Eu balançava a cabeça, tentando evitar algo que uma hora iria acontecer. Ela colocou suas mãos sobre meu rosto e, na ponta dos pés, me deu um beijo. Seus lábios estavam quentes, apesar de suas mãos estarem congelando. Ela não disse nada depois, mas me olhava com um sorriso envergonhado, enquanto deixava que uma lágrima escorresse em suas bochechas. Eu sabia que se não fosse embora ela usaria aquela arma em mim. "Vai! Você precisa achar a cura." - ela sussurrou.

   Quando eu já estava longe, pude ver ela gritando para a porta e olhando para os tanques de combustível e, várias criaturas indo em sua direção. Os tiros lá dentro haviam parado, a distração estava dando certo.

   Enquanto corria para encontrar os outros, de repente, todo fundo da loja explodiu, atingindo também uma parte do posto. Naquele momento, meu coração parou e as lágrimas desceram, eu finalmente havia entendido o plano dela...

E aí gente, tudo bem? O que acharam do capítulo? Estão tão devastados quanto o Luke? Deixem aí nos comentários

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E aí gente, tudo bem? O que acharam do capítulo? Estão tão devastados quanto o Luke? Deixem aí nos comentários.

O próximo capítulo será narrado pela Lara de novo.

A última excursãoWhere stories live. Discover now