Capítulo 44

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Bruna Monteiro

Minha mãe tinha ido me buscar na faculdade, hoje iríamos comprar algumas coisas para minha irmanzinha, o Guilherme estava morrendo de ciúmes, o pai dele estava babando pela filha e ele estava ficando pra trás, como pode ser tão bobo?

Eu ainda não escolhi o nome pra ela, mas seja o nome que fosse, eu iria escolher junto com a minha mãe.

Entrei no carro e minha mãe logo puxou assunto, e conversava comigo, como a vida havia lhe sido justa, que ela agora tinha encontrado um homem que a amava mesmo.
Que a fazia feliz e que se sentia realizada com a vida que vivia, que sofreu mais que agora é só alegria.
Ouvir isso dela me confortava, minha mãe havia se fechado por anos, devido ao que meu pai fez, ela nunca conta direito, mais o que eu sei é que, de todas as escolha do meu pai, eu não fui uma delas e muito menos minha mãe.

Não posso dizer que não queria conhecê-lo, eu quero, eu desejo, mas apenas isso. Minha mãe ainda falava sobre a experiência de ser mãe novamente, que ela não esperava, não imaginava é muito menos sonhava.
Ver essa felicidade estampado me passava um paz enorme, e me fazia questionar se por acaso ela soubesse de mim e do Guilherme será que estragaria?

Chegamos no shopping e olhamos tantas coisas lindas, foi complicado não comprarmos tudo, escolhemos os tons branco e bege para as coisas da maninha, achamos mais neutro, era tanta coisa linda que gente, eu ficava babando, mas tudo tão caro.
Chegou o momento de ver coisas com o nome é minha mãe, me olhou.

- Então qual nome você escolheu? - me perguntou e eu fiquei surpresa.

- Agora? - ri nervosa e a moça me olhou.

- Agora. - minha mãe riu de volta.

- Eu gosto de Gabriela. - sorri sem jeito.

- Então vai ser Gabriela - minha mãe disse a moça.

[...]

Conseguimos comprar praticamente tudo e o nome da minha irmã iria ser Gabriela, foi o primeiro nome que surgiu na minha cabeça, e não sei porque me lembrava o Guilherme, talvez por começar com G.

Chegamos em casa e o tio Carlos estava na sala, assim que via a gente correu para ajudar com os pesos e pelo que percebi o Guilherme não estava em casa.

- Como foram nas compras? Deu pra comprar tudo? - perguntou tio.

- Se comprássemos tudo iríamos falir - minha mãe riu, de felicidade e meu padrasto a envolveu em um beijo carinhoso com um abraço, e aquilo me fez lembrar do Gui.

- Ela queria comprar tudo, mais eu não deixei - ri brincando - afinal eu também quero ganhar coisas - fiz careta e minha mãe riu.

- uma irmã boa como você, merece muitos presentes - alisou minha cabeça.

- Opa! Isso significa que vou ganhar presente? - perguntei pra ele e ele fez um minuto.

Ele saiu da sala e foi até a cozinha, será que realmente vou ganhar presente?!   Olhei pra mamãe sem entender.

E ele voltou com uma caixa grande, toda decotada e sim era um presente.
Ele me entregou e eu sorri.

- Meu? - perguntei.

- Seu. - respondeu - veja se gosta.

Eu abri a caixa meio educadamente e sorri ao ler o que tinha escrito, era uma camisa linda e bordada, escrito a melhor filha do mundo, não tive como não me emocionar.

O abracei rapidamente e apertado, com os olhos lacrimejando, por ser aceita e por ser considerada filha desse homem, tão especial na vida da minha mãe.

- A Gabriela mexeu - minha mãe disse interrompendo e riu.

- Você tem certeza? - perguntei e coloquei a mão.

- absoluta - olhou pro tio Carlos, ele nos abraçou.

[...]

Acabamos jantando e nem sinal do Guilherme, estranho ele não falou comigo hoje no Whatsapp, já o Max, se deixasse inventava assunto para poder falar comigo.

Ia aproveitar e fazer minhas atividades da faculdades e estudar, na profissão que eu quero ter não posso descansar.

- Quer dizer que você escolheu Gabriela para o nome? - escutei a voz dele e sorri automaticamente.

- É um lindo nome - respondi.

- Eu tenho um mais bonito que Gabriela - ele se aproximou de mim na cadeira e me selou os lábios, senti um ar de cachaça no seu hálito.

- Qual nome seria? - perguntei.

- Bruna. - disse pra mim - é o nome feminino que eu mais gosto. - alisou meu braço. Ele bebeu com certeza.

- Você tem mesmo que achar bonito - disse em tom de ameaça - onde você estava?

- por aí - foi discreto no comentar.

- Por aí? - repeti - não tem nome?

- Horas por aí é por aí - ele riu e eu olhei pra ele - porque tanta pergunta?

- Você sumiu o dia todo e quando volta e assim, com ar de bebum - disse.

- Sai com uns amigos - contou.

- Amigos? - perguntei desconfiada.

- Amigos. - ele afirmou.

- Não seria amigas? - olhei pra ele.

- Talvez. - disse me olhando, ele estava me provocando. - algum problema?

- Claro que não - sorri forçado, tem todos idiota.

- Que ótimo! - ele sorrio - você é linda, e fica ainda mais linda ciumenta.

- Você é linda, mas o que tem de beleza, tem de idiotice. - provoquei.

- Você adora. - se gabou.

- Você de acha - revirei os olhos.

- Um pouco - riu.

[...]

Me perco toda vez que eu te vejo Where stories live. Discover now