Me perco toda vez que eu te vejo

Capítulo 62

Ela me viu e olhou para as amigas procurando alguma segurança, resolve me aproximar tentando nao assusta-lá.

- Letícia. – olhei pra ela e ela sorrio, puxando a loirinha.

- Bruna – olhei pra ela e vi diversas características minha e via a mulher que eu amei ali, só que fruto do nosso amor.

- Oi. – ela respondeu me avaliando.

- Voce sabe quem eu sou? – tentei me aproximar. – Podemos conversar em outro lugar? – tentei ser educado.

- Pode ser – me olhou – eu estou sem carro, esta com o filho do meu padrasto.

- Se importa de andar de moto? – sorri amarelo.

- Não. – me respondeu.

Seguimos em direção a moto, dei o capacete para ela olhei em volta, meus meninos estavam disfarçadamente atrás de carro e moto fazendo nossa segurança.

Resolvi ir para um quiosque com uma vista bonita.

Descemos da moto e nos sentamos em uma mesa com uma linda vista.

- Minha mãe sabe que você veio atrás de mim? – ela perguntou curiosa.

- Sua mãe me disse que te contou, achei que estava na hora de me apresentar – comecei – e dizer que eu jamais abandonaria vocês se eu soubesse.

- Falar é fácil, você era casado, tinha uma família. – disse curta e grossa.

- Mas amava sua mãe. – disse.

- Amor só não bastou, ela não ia ficar com você sendo o que você é. Você escolheria o amor dela em vez de tudo que tem? – me questionou.

- Eu era novo escolhi o que me fazia me sentir seguro na época. – tentei me defender – e ainda sim, eu não saberia dizer, sua mãe não me deu muita opção do que escolher. – comentei.

- Minha mãe é única culpada então? Ela tentou me proteger – disse ela.

- Eu tinha o direito de saber e você também. Tinha o direito de ter um pai – falava feliz – e eu estou aqui, quero recuperar o tempo que perdi, eu mereço e você também, nós merecemos nos conhecer.

Ela me olhou.

- Você me olha como se estivesse... – interrompi.

- Vendo sua mãe, é isso que eu vejo. Ainda não acredito que você é minha filha – ri pra ela – sabe quantas vezes eu e sua mãe, planejamos você?

- Não, ela nunca me comentava sobre isso. Ela sempre fugia do assunto, pai. – disse rindo.

- Eu quero apresentar você aos meus filhos, quero que você conheça meu mundo – peguei na mão dela – você foi um sonho, que eu achei nunca realizar – vi seus olhos se encherem de lágrimas.

- Eu sempre tive inveja de quem teve pai – ela deixou uma lágrima cair – e agora eu tenho um.

- Espero ser o pai que sempre desejou. – disse pra ela.

- Eu já tenho um pai – me olhou e eu gostei de ouvir aquilo.

[...]

Marília

Eu era a nova federal do H e eu estava adorando isso, o poder, ter dinheiro e ser considerada a sortuda do morro, porém eu ainda queria me vingar do Guilherme, ele me usou e depois me jogou fora como se nada tivesse acontecido, por uma garota idiota que nem se quer confia nele, na primeira oportunidade ela se virou contra ele, soube que eles andam mais unidos vamos vê até quando.

O Rafael era o organizador do baile mas eu tinha o poder de opinar já que o baile era para três coisas o retorno do herdeiro, apresentação da nova herdeira e a nova federal o baile foi batizado como Baile da Nova Era, o H estava começando a ficar mais distante dos negócios e aproximando mais o Rafael para os negócios, eles sempre se estranhavam pois o Rafa dizia que não queria aquela vida, que estudava para isso, mudar de vida, mas o Rafa se contradizia pois gostava do poder que tinha em mãos, a Isa andava um pouco insegura desde que a nova filha do H apareceu, eu ainda não a conhecia ele disse que so iria nos apresentar no baile, mal sabe ele que estarei ocupada demais sabotando o casal 20.

Eu continuava pegando o Pedro para garantir o meu plano, o H so não poderia saber disso, o Danilo sumiu um tempo depois, depois apareceu e eu percebi que talvez ele só quisesse me usar também, mas ele era gostoso demais para eu virar as costas.

- Esta tudo pronto? – disse entrando no quarto do Pedro, a Carol não estava em casa.

- Praticamente, você vai adorar o vídeo. – Ele riu para mim e se aproximou – quando você vai ser so minha?

- Preferia a época que você era apaixonado pela Bruna, não me fazia perguntas idiotas. – disse entediada. – Sou primeira dama de um morro, acha mesmo que vou largar isso por um moleque?

- Você precisa do moleque aqui – ele disse convicto. – e sim sou apaixonado por você, eu quero você.

- Você é mais que um amante – disse alisando o corpo dele – é um parceiro então saiba que você me tem. Deixe-me ver o vídeo.

- É surpresa – ele me selou os lábios e tirou a camisa – agora deixe eu aproveitar esse corpinho. – me envolveu no beijo e eu deixei.

Guilherme

Estava deitado ao lado da Bruna, depois que eu descobri que a tia Andréia sabia dos meus sentimentos por ela ficou mais fácil me aproximar, estávamos quase sempre juntos e em casa o que era melhor, estava sendo um aproximação sem pressão, brigávamos as vezes mas nada demais.

Afinal onde tem ódio tem amor!

- Esta pensando em que? – perguntou com a cabeça no meu peito.

- Em você, em nós. – disse sincero.

- Em nós? – ela levantou o olhar – existe nós?

- Para mim sim e você? – olhei pra ela.

- Não sei. – disse sincera.

- Você é sempre cautelosa, quando o assunto é nos dois. Mas você sabe e eu sei o que sentimos um pelo outro. – olhei pra ela e selei seus lábios.

- Seu bêbado você disse que me amava – ela riu e eu corei.

- Você não esquece isso não é? – ri pra ela.

- Você não me disse isso ainda sóbrio – me olhou esperando a resposta, e eu fiquei nervoso – você me ama?

- Eu quero você. – disse mudando de assunto – como sei que você me quer, não levo jeito pra essas coisas românticas de mais.

- Acho ao contrário, você é super romântico quando quer. – mordeu minha bochecha.

- Você também é quando não é durona. – disse pra ela e entrelacei sua mão na minha – e quando não da uma de solteira loucamente.

- Mas eu sou solteira – me olhou provocando e fiz cara feia.

- Solteira ciumenta – ri pra ela – eu também sou solteiro engraçadinha.

- Entao vai lá – apertei ela em mim.

- Deixe de ser boba, achei que nunca íamos ficar assim – fiz carinho nela. – achei que não fosse me perdoar.

- Talvez perdoar vale a pena no final – me selou os lábios e fixou.

- Então você me ama? – perguntou animado. - sabe que vou provar que não fiz aquilo.

- Digamos que eu quero você – piscou, respondendo a mesma coisa que eu disse.

[...]

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