Cápitulo 63

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Algumas semanas depois, vem baile vem...

Rafael

Estava finalizando a preparação da festa, a Isabela só sabia dar pitaco mas ajudar que é bom nada.

Desde que ela soube que não era mais a menininha do papai, ela ficou nervosa agora não era só ela, porém ela e a Bruna se davam bem, acredito que foi fácil para Bruna se adaptar com a gente.

- Rafa! - gritou - Rafa!

- que é? - resmunguei.

- A Letícia ainda vem hoje? - perguntou.

- Não sei vei, sabe como a Letícia é. Imprevisível - revirei os olhos - quer o que com minha mina? - estranhei.

- Morreu a mina de todo mundo - ela riu - e só ficou a sua né? - debochou.

- Sim e você quer o que com ela mesmo? - perguntei de novo.

- vou ligar pra ela - não respondeu - quero me arrumar com minha cunhada. - provocou e eu revirei os olhos.

- Isa ainda falta 4 horas pro baile, preciso de ajuda aqui - fiz careta.

- Aí se vira! Responsabilidade sua - soltou beijo - vou ligar pra ela.

- Tomara que ela te dê um não. - ri.

- Duvido! - soltou beijo e saiu.

Continuei com a arrumação e meu celular tocou, olhei o visor e era a minha mina louca.

- Fala princesa - atendi.

- quanto amor - riu irônica - minha cunhada me ligou mandando ir para ir, só que eu vou me arrumar com as meninas, afinal vou ser apresentada também - escutei o riso - como me livro dela?

- Quem aguenta a Isa? - ri pra ela - chama ela para aí - dei a ideia.

- É o que me resta? - brincou.

- Acho que sim delícia - respondi.

- Você tá precisando de ajuda aí? - perguntou.

- To né, mas tá foda! - olhei em
volta e o Max tinha acabado de chegar. - O Max chegou aqui, vou vê se ele me dá uma força linda, beijo vou nessa.

- beijo seu delícia - desligou.

O Max olhava para o espaço da festa boquiaberto, ele era muito rico, mas sempre se impressionava com a ostentação da favela.

- Pelo visto o pico aqui vai ser massa - riu.

- É o que esperamos - pisquei - da perdido?

- Vim saber se posso trazer uma gata? - perguntou.

- Desencantou da minha mana? - perguntei.

- Enquanto ela não me quer, vou querendo outras. - rio, ordinário, olhei pra ele.

- diz o nome aí - peguei um bloco de anotações.

- Luana - sorrio.

- pronto - chamei o Jeff com a mão - põem na lista falo? - ordenei.

- Quer ajuda cara? - perguntou.

- Quero sim, pensei que não fosse perguntar. - bate no ombro dele.

[...]

Guilherme

A tia Andréia havia saído com meu pai para comprar algumas coisas para a Gabriella, a Bruna iria se arrumar na casa da Carol junto com a Letícia.
O Danilo sumiu e eu estava sozinho em casa.

Fui até a geladeira e peguei uma breja para beber, me joguei no sofá e algum infeliz tocou a campanha.

Ao abrir a porta me deparei com ninguém menos que minha sumida prima, Marília.

- Que milagre é esse? - perguntei entrando e ela fechou a porta, me olhou e sorrio - deixe adivinhar bateu saudade foi?

Ela veio até mim e pôs suas mãos no meu peito, me olhando fixamente.

- Sempre tive saudades de você - começou.

- Você sumiu e agora vem dizer que está com saudades Marília, me poupe. O Danilo te deu um fora? - sorri irônico.

- De homem estou bem servida - tirei as mãos dela de mim.

- Ótimo! Sinal que me esqueceu, fico feliz - ela me olhou feio.

- Cadê a sua namoradinha? - provocou.

- sou solteiro! - afirmei - mesmo se não fosse, onde a Bruna está não é da sua conta.

- Claro que é! - ela riu - ela te tirou de mim.

- De novo esse mimi? - ri pra ela - filha, a Bruna não ia lhe tirar algo que você não tinha. Entenda isso, supere isso - falei curto e grosso.

- Você me desejava, ficávamos juntos quase sempre.

- você ainda não superou isso? - revirei os olhos - sexo é sexo. - ela me olhou seria.

- Se essa garota não tivesse aparecido...

- Graças a Deus ela apareceu. - disse.

- Você não fica comigo, mas com ela eu te garanto que não ficará - me aproximei dela e ela sorrio.

- Te garanto que com você eu não fico e que sua inveja, não vai mudar o que eu e a Bruna sentimos.

- Eu não vou precisar mudar, ela nunca vai confiar em você e isso vai acabar com esse romance idiota. - me avisou.

- Eu tenho pena de você, porque desejo acabou.

- Sentirá arrependimento por me humilhar desse jeito - me virou as costas - em breve - fechou a porta.

[...]

Marília

O Guilherme simplesmente me desprezava não sei como, uma pessoa que gozava comigo, que ria comigo, simplesmente passou a me odiar, passou a não me suportar.
Isso tinha um nome: Bruna.

E com ela, ele não ia ficar, não ia mesmo, hoje o meu plano ia entrar em ação e ela pode ter perdoado a primeira vez, mas a segunda eu duvido muito! Vou acabar de vez com esse romance mel com açúcar e garantir de uma vez por todas que ele volte a ser o velho e galinha Guilherme de sempre.

Hoje é o meu dia, melhor dia eu planejei tudo nos mínimos detalhes o Pedro ia fazer tudo que eu queria e eu ainda tinha o dono do morro comigo, ia ser apresentada hoje e agora comigo ninguém pode.

Terminei de colocar meu salto 18, me olhei no espelho.

- Grita pro Brasil que a rainha chegou - disse para mim mesmo - poderosa.

Desci as escadas e minha mãe estava na sala e me olhou.

- Vai sair? - me olhou.

- Claro, sabadou mama - respondi.

- Marília com quem você vai pra essa festa? - me avaliou.

- A mãe não enche, eu nasci sozinha. - avisei logo.

- O mundo esta cheio de perigos Marília, tome cuidado. Chame o Guilherme, ele sumiu. - fez careta.

- Ele volta em breve - pisquei - estamos meios afastados, ele esta com ciúmes de um amigo novo - menti.

- Amigo novo? Namorado? - sorrio animada.

- Quem sabe - pisquei.

- Promete se cuidar? - veio na minha direção.

- Ai mama, sempre sai que saco - revirei os olhos - volto amanhã.

- Volte hoje - pediu e me abraçou - voce é meu bem mais precioso.

- Credo mae! que relação - fiz careta - mais você é meu xodozinho também - alisei os fios dela - dou sinal de vida, relaxa.

- Mamari? - olhei pra ela - manda um beijo pro Gui - riu.

- Mando, até dois - soltei beijo e o carro dos meninos do H estava na porta a minha espera.

Me perco toda vez que eu te vejo Onde histórias criam vida. Descubra agora