Capitulo 05.

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Lizzie Norhan.

Não posso dizer que estou no meu melhor humor, pois depois da minha suposta fuga, meu pai me deixou de castigo por duas semanas e ainda disse que foi pouco, além de sair sem sua autorização em uma floresta perigosa, ainda fui salva por meu professor, como eu ia imaginar que apareceria um cara estranho no meio do caminho? Mas quer saber de uma coisa? Vou atrás de meus objetivos nesse lugar, quero ser líder de torcida e para isso vou fazer qualquer coisa. Saio de meus devaneios com o sinal da última aula a tocar, que por coincidência é do Collins e como prometi para minha mãe, vou agradecê-lo.

— Vai falar com ele? - Me fita Melody.

— Prometi não? - Suspiro. - Me esperem lá fora tá? - Ela assentiu e foi atrás de Suzan, em passos lentos vou até a mesa dele e paro em frente. - Senhor Collins? - O mesmo para de mexer em seus livros e me fita.

— Lizzie, desculpe, quis dizer senhorita Norhan. - Junta suas sobrancelhas.

— Pode me chamar de Lizzie mesmo. - Sorri. - É mais atual.

— Claro. - Sorri de canto. - Mas em que posso ser útil?

— Bom... Queria agradecer por ter me ajudado ontem, você sabe, daquele maluco na floresta. - Desvio o olhar.

— Acho que a maluca seria você de andar sozinha em uma floresta, talvez ali fosse a casa dele. - Sorri. - Mas não precisa me agradecer, faria por qualquer pessoa.

—Talvez fosse sua casa mesmo. - Sorri de canto. - Mas o que estava fazendo pelas redondezas?

— Somos vizinhos. - Se encosta em sua mesa e cruza os braços, não pude evitar de babar por ele, logo subo meu olhar para seu rosto e ele me fita zombeteiro. - Como você está?

— Fascinada. - Digo em um fio de voz. - Quer dizer. - Sacudo a cabeça e volta a realidade, que idiota. - Bem e de castigo, acho mais que merecido senhor Collins. - O fito.

— Pode me chamar de Declan. - Sorri. - Espero que tenha aprendido a lição, nunca se sabe o que vamos encontrar em uma floresta.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, um olhando para o outro, esses olhos não me são estranhos, azul como os do meu anjo da guarda, jamais esqueceria. Ao perceber que estamos no encarrando, ele sorri de canto e desço meu olhar de vergonha, fito sua barriga e me assusto.

— Declan, sua barriga... Está sangrando. - O fito assustada.

Ele olha para a mesma sem nenhum pingo de preocupação, como sua camisa é branca, a marca de sangue ficou visível, o mesmo a levanta um pouco e pude ver o tamanho do corte.

— Não se preocupe, meus pontos devem ter estourado. - Dá de ombros.

— Então você tem que correr para o hospital, isso está fundo. - Me aproximo sem querer e toco em sua barriga. - na verdade não era nem para o senhor estar aqui.

— Está tudo Lizzie. - Pega em meu ombro e me olha confuso, no mesmo instante me afasto ao ver que estou o tocando.

— Tenho que ir, por favor, não deixe de ir ao hospital. - Digo com minhas bochechas queimando de vergonha e o mesmo sorri para mim e assenti.

Saio disparada da sala, o que deu em mim? Fiquei preocupada e babando por ele ao mesmo tempo, faz dois dias que nos conhecemos e parece que faz anos, o jeito que conversamos, tão... Normal, como se fossemos amigos, paro em frente ao meu armário e guardo meus livros, minhas amigas devem estar do lado de fora, vou até o local e dito e feito, estão tagarelando uma com a outra.

Lizzie? - Me viro e vejo Tayler me fitando atrás de mim.

— Tayler. - O fito.

— Você está bem? Andava tão longe do mundo. - Sorri.

A prometida de Declan. - Livro 4.Onde histórias criam vida. Descubra agora