Capítulo 12

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Fico confusa quando o vinho chega à mesa, nunca bebi nada de álcool, olho para Tayler que me fita confuso, droga, estou parecendo uma idiota, é normal adolescentes beberem mesmo.

— Algum problema? Não gosta dessa safra? - Olha para a garrafa.

— Não... na verdade, eu nunca bebi nada com álcool. - Digo sem graça.

— Imaginei. - Sorri de canto.

— Como? - Ergo a sobrancelha.

— Você sempre foi a estudiosa do colégio, nunca foi a festas com a turma... então não foi tão difícil de imaginar. - Enche minha taça. - Experimente, mas com calma. - Sorri.

— Está bem. - Bebo um gole e até que não é ruim, é diferente, como se fizesse cócegas em minha garganta. - Hum, até que não é ruim, aliás, como conseguiu comprar isso? - O fito.

— Meu pai é dono daqui. - Sorri. - Como tenho quase 18, ele abriu uma exceção.

— Meu pai nunca me deixou beber antes de fazer 18, será que ele vai perceber? - Arregalo os olhos e Tayler gargalha.

— Só se você ficar bêbada, mas não vou deixar isso acontecer. - Pisca para mim.

Apenas sorri e logo nossa comida chegou, eu diria que a cozinha daqui é ótima, meu prato estava delicioso, acho que isso explica porque aqui é cinco estrelas. Passamos algumas horas nos conhecendo e falando de como era o colégio, Tayler nunca gostou das garotas que se jogam em cima dele, por isso me escolheu, pois eu nunca o olhei com outros olhos, pelo menos até agora. Ele é um cavalheiro, tem boa conversa, é educado e discreto, não gosta de chamar atenção em nenhum lugar, o que me encantou, talvez eu já gostasse dele? Ou eu só gostava de sua popularidade? Por mais que eu queira ser popular, sair com ele hoje, mostrou que isso não tem importância, Tayler pensa como minha mãe e acho que ganhou pontos comigo com isso.

Me sinto mais animada, talvez pelo vinho? Espero que não fique bêbada, pois meus pais me matariam. Após sair do restaurante, Tayler segura minha mão com delicadeza e me lança um sorriso, começamos a andar até a faculdade. Sinto meu coração bater rápido, ele é o primeiro que me leva para sair, não que não tenha tido oportunidades, mas foi o primeiro que tive algum interesse.

— Você está bem? Está tão quieta? - Para e me fita.

— Eu só estou pensativa, não ligue, sempre faço isso. - Sorri de canto.

— Estou nesses pensamentos? - Sorri de canto.

— Talvez. - Solto sua mão e me sento no banco em frente a faculdade. - É só que... você foi o primeiro a me levar para sair, na verdade, o primeiro que aceitei. - Abaixo a cabeça e sinto ele sentar ao meu lado.

— Não se preocupe, você está indo muito bem. - Levanta meu rosto ao segurar meu queixo. - Fico feliz por ser o primeiro, garanto que vamos nos divertir esta noite. - Sorri brevemente e assenti. - Está pronta para ver a casa abandonada?

— Afinal de contas, o que vamos fazer lá? - O fito.

— Bom, a galera vai para beber e fumar. - Arregalo os olhos. - Não que eu faça isso. - Gargalha. - Vou por outros motivos.

— Devo me preocupar? - Sorri.

— Claro que não, está segura comigo e não vamos fazer nada que você não queira. - Passa seu braço por mim e me abraça. - Você é mais divertida do que imaginei. - Sussurra em meu ouvido e fico sem graça na hora.

Ficamos em silêncio e nessa posição até os amigos de Tayler chegar, assim que os vejo, me afasto e ele se levanta para cumprimentá-los. Em seguida pega minha mão e me leva até eles, me apresentando para quem não conhecia e claro, me falando o nome de cada um.

A prometida de Declan. - Livro 4.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora