Capítulo 46.

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A puxo até o jardim e ela apenas sorri, paro em frente a minha estufa e a fito, reparo que ainda está de avental, acho que não combina muito com ela.

— O que? Você não me deu tempo de tira-lo, então não estou apropriada para a ocasião.

— Eu gosto, mas seria mais interessante se por debaixo dele, tivesse apenas sua pele nua. – Sorri de canto ao dizer e ela apenas desvio o olhar.

— O que? Minha surpresa será fazer sexo em sua estufa? – Acaricia meu peito com sedução, o que me faz pensar em outras coisas e não em seu presente.

— Tentador, mas disse que não te tocaria dessa forma até seu aniversário. – Abro a porta e ela me fita antes de entrar.

— Veremos. – Sorri e olha ao redor, admirando cada flor. – Sempre tive curiosidade de ver isso. – Se agacha e fita uma rosa azul, umas das mais raras.

— Uma combinação perfeita. – Penso alto e ela me fita confusa.

— Como assim?

— Meu lugar favorito, com minha pessoa favorita. – Me aproximo e ela se levanta, coloco minha mão por dentro de seus cabelos, acariciando sua nuca. – Acho que sua ideia seria perfeita, adoraria sentir o seu perfume misturado com a dessas flores. – Beijo seu pescoço lentamente e me afasto, tentando conter meus pensamentos e focar no que viemos fazer aqui. – Mas por hora... – Vou em direção a uma caixa de vidro e a mesma me acompanha. - Seu presente de aniversário.

— Declan. – Perde suas palavras por um momento. – É de mentira, não é? – Me fita impressionada e não tiro sua razão.

— Diz isso por ela ser diferente? – A fito.

— Eu nunca vi uma rosa dourada, por isso desacredito que seja verdadeira.

— Ela só é rara, na verdade, é única. – Fito a flor a minha frente. – Por isso ela tem seu nome, é única, tem o tom de seus cabelos e sua própria essência, não vê que ela traz uma sensação diferente das outras rosas? – Sorri de canto.

— Ela me dá arrepios, mas ao mesmo tempo, me dá a sensação de segurança e não de romance, como as outras. – Coloca sua mão delicadamente sobre o vidro e fica a fitando por alguns segundos. – Sua essência é forte.

— Então gostou? – Ela se vira para mim e sorri.

— Eu gostaria de qualquer coisa que me desse, mas você me deu algo que você ama e isso é mais importante que qualquer joia, qualquer coisa que o dinheiro pode comprar. – Se aproxima. – Como a fez? Ou achou, não sei.

— Eu a criei. – Pego em seus ombros. – Ela é feita de todas as rosas e todos os perfumes, sua cor dourada... Acho que foi sorte, pois jurava que cresceria preta. – Ergo a sobrancelha.

— Então acho que tem muita sorte. – Pega uma mecha de meu cabelo, que sempre fica caindo de meu coque e a enrola em seu dedo.

— Talvez eu tenha mesmo. – Suspiro e me perco nas linhas que formam seu belo rosto.

— Não me olhe assim. – Se afasta envergonhada.

— Por que? – Sorri.

— Porque me olha como se fosse a pessoa mais apaixonada do mundo.

— Mas sou. – Me aproximo e a abraço por trás. – Sou apaixonado por você. – Beijo sua bochechas e vejo um sorriso aparecer.

— Um cavalheiro, como sempre. – Se vira para mim e desliza suas mãos por meu peito, sem tirar os olhos por um segundo. – Nunca fiz nada em uma estufa.- Me fita com malícia e sei onde quer chegar.

A prometida de Declan. - Livro 4.Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ