Capítulo 34.

514 59 19
                                    

Paramos de nos encarar por alguns segundos, ao ouvir a risada de Andrew, ambos o olhamos com cara feia, o que não desfez seu sorriso.

— Por que não me avisou que o feitiço estava errado? – Me afasto. – Por quanto tempo vou ficar com seu corpo?

— Eu tentei parar você, mas não me deu tempo de impedir. – Cruza os braços e credo, não sabia que ficava tão infantil ao fazer isso.

O fito e nada digo, olho para esse corpo maravilhoso e posso aproveitar isso. O fito com malícia e ele parece entender o recado.

— Não, não, se você ficar de gracinha com meu corpo, vou pegar em você toda e ainda vou fazer uma tatuagem nele.

— Esse foi o melhor feitiço de todos, não poderia ser melhor, assim vocês entendem melhor um ao outro. – Andrew nos fita.

Olá, vocês estão se divertindo? – Olho para trás e vejo minha mãe. ‐ Oi Declan, como vai?

— Nada bem, sua filha roubou meu corpo. – Minha mãe fita meu corpo confusa e logo cai na gargalhada.

— Não acredito, então vocês trocaram de almas? Isso é hilário, espera só Ryan saber.

— Mãe, vem aqui. – Pego em sua mão e a levo para de baixo da cerejeira.- Olha esse tanquinho. – Levanto a blusa e passo a mão. – Meu Deus, que delicioso, você tem que passar a mão. – Pego sua mão e coloco no abdômen do corpo de Declan.

— Meu Deus, é tão defino. – Diz quase babando. – Será que? – Olha para baixo e já sei o que está pensando, pervertida.

— Só eu vou ver isso, sua pervertida. – Sorri de canto.

— Aí desculpa, me empolguei, mas esse corpo, nossa, deve ser maravilhoso. – Sorri e passa a mão em meu abdômen mais uma vez.

Mas que porra é essa Sarah? – Ouço alguém esbravejar atrás de nós. – Eu vou te matar Declan.

— Para, é Lizzie, eles trocaram de corpo. – Minha mãe entra na minha frente. – Calma meu amor, ela só estava  choramingando por isso.

Lizzie Norhan, você é uma pervertida. – Vejo meu corpo pequeno se aproximar e meu pai nos fitar confuso.

— Aí que droga, isso é muito estranho. – Diz meu pai quase surtando. – Lizzie, quer dizer, Declan, desfaça isso e nem ouse olhar e pegar no corpo da minha filha.

— Acontece Ryan, que não tem como reverter, pois ficaremos assim por dois dias, será impossível não usar o corpo dela. – Sorri de canto. – Fora que sua filha, já está curtindo bem meu corpo.- Me fita.

— Eu não quero saber, arruma isso. – Ele sai furioso e minha mãe me dá um sorriso antes de se retirar.

— Bom, como o corpo do meu professor está possuído pela minha irmã, acho melhor eu ir, vocês tem muito o que cconversar. – Andrew sorri e logo se retira.

Vejo Andrew sumir e ao olhar para o lado, Declan sumiu, olho ao redor e o vejo entrar em sua casa. O sigo e ele da alguma ordem a Miriam, que não entende nada.

— Trocamos de corpo. – Sorri e ela cai na gargalhada.

Continuo o seguindo e ele entra em seu quarto de lazer, se senta em uma poltrona e leva a mão na testa com preocupação. Fico olhando de lado para o outro e me deparo com um espelho, olho para meu corpo e Declan parece meditar. Me aproximo do espelho e fico olhando aquele corpo enorme e definido que Declan tem, acho que ser lobo é uma boa academia. Começo a fazer caras e bocas e ver com qual Declan fica mais sexy, e acho que é quando sorri de canto. Não pude evitar de sorrir com minhas palhaçadas e ver o quanto o sorriso sincero dele é perfeito, ele quase não sorri assim, mas era lindo.

— O que está fazendo? – Saio de meus devaneios e me viro, Declan está me encarando.

— Vendo todas suas caras e bocas, e sabe, tem uma que fica perfeita em você, devia sorrir mais. – Sorri e ele apenas ergue a sobrancelha.

— Por que eu faria isso? – Me fita.

— Porque seus dentes são lindos e olha só. – Sorri. – Você tem covinhas. – Me viro para o espelho e logo o vejo parar ao meu lado.

— Você é hilária, estamos em corpos diferentes e você está tranquila. – Me fita.

— Já aconteceu mesmo, não tem como mudar em dois dias, então vou aproveitar o máximo para tirar proveito disso. – Vou até sua poltrona e me sento. ‐ É assim que você fica quando está pensativo? – Coloco a mão no queixo. – Espera, eu tenho suas habilidades também?

— Claro que não, as habilidades estão em nossa mente e alma e não no corpo. – Fica pensativo e logo arregala os olhos, o mesmo corre até sua cômoda e começa a procurar algo nela. – Ah não, não. – Diz com um calendário em mãos.

— O que foi? – O fito.

— Amanhã é lua cheia. – Diz com pesar e me levanto em um impulso.

— O que? – Grito. – Então eu, quer dizer, seu corpo vai se transformar?

— É melhor você ir pra sua casa. – Vai em direção a porta do quarto e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele me olha feio. – Vai agora, amanhã nos vemos na faculdade, eu darei um jeito. – Vou até a porta e paro.

— Pode me responder só mais uma coisa? – O mesmo assenti. – Como eu uso o banheiro? Eu preciso muito fazer xixi.

Ele me fita por alguns segundos, mas logo cai na gargalhada, desculpe, nunca fui um homem e não faço ideia de como se faz, só sei que é de pé. O mesmo suspira pegando ar e logo pega em minha mão, vamos pelo corredor e paramos dentro do banheiro, onde ele mesmo fecha a porta.

— Anda, abre a calça e coloca pra fora. – Diz zombeteiro.

— Como assim coloca pra fora? E depois faço o que? Eu sento no vaso?

— Você segura, mira e faz. ‐ Sorrir.

— Declan, é sério seu idiota. – Esbraveja.

— Eu sei, mas não posso evitar, até eu sei como as mulheres usam o banheiro e você não sabe como um homem usa? – Fico quieta e ele vem até mim e abre a calça com facilidade. – Agora pega.

— Pegar? Ah não, isso já está muito estranho. – Ele me lança um olhar de reprovação. – Certo, você vai ficar aqui?

— Nada que não tenha visto e feito minha vida toda. – Sorri de canto. – Vai, pega logo nisso e para de frescura.

— Para de falar assim, vão achar que eu estou te molestando no banheiro ou coisa parecida. – Suspiro. – Não acredito que vou pegar no seu pau antes de pegar no de Tayler.

— É a vida, ninguém mandou fazer isso, agora vai ter que pegar no meu pau e o tratar com carinho, cuide muito bem do meu corpo. – Sorri. – E tecnicamente, eu estou pegando, você pegaria se eu fizesse isso. – Ele avança e aperta seu pênis com minha mão.

— Seu maldito, tira as minhas mãos daqui. – Esbravejo  e ele cai na gargalhada. – Espera lá fora, já entendi como se faz.

— Tudo bem, cuidado com o zíper e não esqueça de lavar minhas mãos, sou muito cuidadoso em questão a isso.

— Claro que é. – Reviro os olhos e ele sai.

Começo a fazer xixi e até que é legal ser homem nesse ponto, mas o que ele quis dizer com “cuidado com o zíper?” será que era pra não esquecer de fechar? Bom, deve ser, então subo o zíper ao terminar e dou um grito.

Lizzie? Você está bem? – Ouço Declan bater na porta.

Arrumo rapidamente a calça sentindo uma dor infernal, não sabia que isso poderia acontecer e muito menos que homens tem seus órgãos tão sensíveis. Vou até a pia e lavo minhas mãos, ao abrir a porta, encaro Declan que parece saber o que aconteceu.

— Não fala... nada, até amanhã. – Caminho até a porta como se estivesse assada, pois está doendo demais.

— Lizzie, coloque gelo. – Gargalha.

— É seu corpo seu idiota. – Volto  caminhar.

— Cuidarei muito bem do seu corpo e o explorarei com muito prazer. – Ouço minha voz dizer, mas não faço questão de me virar para fuzila-lo.

(... )

Minha noite foi péssima, Declan é tão grande, que minha cama ficou pequena, que droga, fora a dor de ter prendido seu pênis no zíper da calça.  Enfim, após beber um café, vou até a casa dele, pois tenho que trocar de roupas e levar uma roupa para ele. Toco a campainha e Miriam me atende com um bom dia simpático. Vou a procura daquele demônio e ele está sentado a mesa com uma blusa enorme, pés descalços e lendo um jornal.

— Não acha que está sexy demais para um corpo que não é seu? – Coloco a bolsa com roupas em sua frente.

— Bom dia, sem educação. – Me fita. – Acho que estou bem, não aguentava mais aquele sutiã e aquela calcinha entrando na minha bunda. – Olha para a bolsa. – O que tem aí?

— Roupas limpas para ir a faculdade. – Pego sua xícara de café e levo a boca. – Sem açúcar? Eca. – O devolvo.

— Na sua boca está bem doce. – Sorri com malícia. – Quer experimentar?

— Tchau Declan, vou tomar um banho e trocar de roupas.

Subo para seu quarto e vou direto para o banheiro, onde tomo banho e escovo os dentes. Coloco seu roupão e abro seu guarda roupas e como imaginei, está tudo organizado por cor, como ele consegue ser assim? Pego algo parecido com que usa, porém, mais ousado. Me visto em alguns minutos e logo paro em frente ao espelho, fico admirando seu cabelo, é dono de um loiro bonito, de cachos perfeitos nas pontas e claro, macio como meu travesseiro. Saio de meus devaneios ao ouvir a porta de abrir e ele me fitar.

— Quem morreu? – Cruza os braços.

— Ninguém, por que? – Ergo a sobrancelha.

— Está toda de preto, não sou muito fã.

— Fica bonito em você, destaca seus olhos e cabelo. – Começo a pentear seus cabelos. – Anda, vai se aprontar, não quero chegar atrasada. – Ele apenas sorri e vai para o banheiro, não quero nem imaginar o que esse pervertido andou fazendo com meu corpo durante a noite.

Tiro esses pensamentos e faço um coque bem feito, mas desmancho, pois ficou muito bem feito para um homem. Depois de pronta, me sento na cama e o espero sair do banheiro, o que não demorou muito.

— Isso está muito curto, está quase se vendo seu útero. – Para em frente ao espelho.

— Que exagero, não está curto. – Me levanto e começo a pentear os meus cabelos, não sabia que eram tão macios e bonitos, acho que mandei bem na hidratação da semana passada. – Estou linda.

— Concordo, está muito linda. – Sorri de canto e me olha através do espelho, não pude evitar de me sentir envergonhada, pois sei que ele falou sério.

Apenas me afasto e vou em direção a saída, o vejo me seguir até o carro e tomar a frente, já que não sou muito boa na direção.  Andrew como sempre já está pronto e vamos direto para a faculdade, porém paramos um pouco antes, pois seria muito estranho eu chegar dirigindo o carro de Declan. Andrew sai do carro e nos deixa a sós,  olho para os alunos entrando e por momento me sinto com medo, não sei se vou conseguir ser como ele.

— O que eu faço? Não sei se vou conseguir ser você, não sou tão inteligente como você é. – O fito.

— Apenas seja educada, de poucas palavras e séria, acho que esse seria eu. – Se encosta no banco. – Difícil vai ser eu fazer aquelas coisas com suas amigas.

— É só chegar e dizer, oi amigas. – Digo empolgada.

— Caramba, isso me deixou muito gay. – Sorri.

— Apenas fale bem de Tayler e se tocarem no assunto do quanto você é gostoso, apenas concorde.

— Gostoso, é? Então vocês falam de mim e você concorda? – Sorri.

— Sim, eu concordo, não é atoa que fiquei alisando seu tanquinho a noite toda. – Sorri de canto sem fita-lo.

— Então acho que estamos com os mesmos pensamentos, pois te masturbei a noite toda. – Sussurra em meu ouvido e o fito de imediato, fazendo com que fiquemos a centímetros um do outro. – Você já fez isso querida? – Me fita com malícia.

— Eu... Não, eu não fiz isso.

— Que ótimo, assim quando você aceitar ser minha por uma noite, vou saber todos seus pontos sensíveis. – Sorri e se retira do carro, maldito, não acredito que fiz esse feitiço e o dei tudo de bandeja, mas por que ele está tão confiante que vou aceitar esse convite? Será que as coisas estão tão ruins assim pro meu lado? Droga, agora que me toquei, estão péssimas.

Continua...

A prometida de Declan. - Livro 4.Where stories live. Discover now