Capítulo 19

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Capítulo 19 🌺

|Luan narrando|

— Helena, acho que já está na hora de irmos embora! Você precisa de um banho. — Me levantei, tentando mudar de assunto.
— Mas o que você achou da ideia do piquenique? — Helena insistiu.
— Tranquila, por mim, pode fazer! — Respondi apenas.
— Você é o melhor pai do mundo! — Mandou um beijo pra mim. — Só não te abraço, porque vou sujar seu uniforme todinho.
Ana ajudou Helena a calçar seus sapatos e nós fomos embora do parquinho. Eu ainda estava com meu rosto queimando de vergonha, às vezes a sinceridade da minha filha, me colocava em uma saia justa.
— Eu levo ela para o banho! — Ana subiu as escadas com Helena e eu fiquei parado no meio da sala.
— Meu Deus, ela está extremamente suja! — Matilda apareceu, levando as mãos na boca. — Ana Gabrielle, você não devia ter deixado isso acontecer!
— Eu que deixei. — Respondi e Matilda me olhou de imediato. — A Helena precisava de um pouco de diversão. — Levantei os ombros.
— Entendo. — Matilda forçou um sorriso. — O senhor vai dormir em casa hoje ou vai ficar de plantão.
— Vou dormir em casa. — Murmurei. — Inclusive, prepara o jantar pra mim e pra Helena. — Falei e ela concordou com a cabeça.
Matilda saiu na direção da cozinha e eu fui para o escritório atender uma ligação no meu celular.
— Pode falar, Inácio. — Me sentei na minha cadeira.
— Você sabe do bandido que foi morto hoje na troca de tiros? — Seu tom de voz era baixo.
— Sim, eu fiquei sabendo, o que que tem?
— Parece que o irmão dele, chefe do morro, está atrás de quem assassinou. — Suspirou e eu revirei os olhos.
— Eu não me importo. — Respondi. — Ele queria que fizessem o quê? O cara estava matando pessoas inocentes, antes ele, do que qualquer outra pessoa.
— Sabe quem atirou? O Thiago. — Falou pausadamente.
— O novato? — Arregalei os olhos.
— Sim! Ele estava bem próximo do lugar onde você se escondeu com a moça e atirou.
— Achei que tinha sido eu. — Franzi o cenho.
— Não, o Thiago disse que ele mesmo atirou, mas que agora está com medo.
— Eu tenho pena e raiva desse garoto! — Passei a mão no cabelo. — A gente vai precisar acobertar ele ou o pior vai acontecer e mesmo ele sendo atrapalhado, não merece passar por isso!

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