Capítulo 58

924 31 0
                                    

Capítulo 58 🌺

|Ana Gabrielle narrando|

Helena dormiu a tarde toda e o Luan também pegou no sono depois que tomou o remédio. Aproveitei o silêncio que estava a casa e fui estudar um pouquinho para as provas que começavam semana que vem.
Eu iria ficar no quarto de hóspedes, era bem arrumadinho. Tinha uma cama de casal, um pequeno guarda-roupa, uma escrivaninha e o banheiro. Era mais do que suficiente pra mim. Coloquei minhas coisas sobre a escrivaninha, arrumei tudo e abri na matéria mais difícil.
— Ana Gabrielle? — Matilda abriu a porta e eu suspirei fundo.
— Oi? — Virei a cadeira na sua direção.
— Quero conversar com você! — Ela entrou, fechando a porta.
— Pode falar! — Cruzei os braços.
— Eu sei que errei em chamar a boneca da Helena de horrorosa, mas eu odiava a Clara! Odiava com todas as minhas forças. Vou te contar a estória! — Se sentou na cama. — Minha filha... Ângela... ela era apaixonada pelo Luan, tiveram um intenso namoro na adolescência, mas aí a Clara apareceu e tirou o Luan da minha filha! Ela sofreu muito e eles estavam quase voltando, mas a Clara apareceu grávida. — Fez uma pausa e eu a encarava perplexa. — Luan ficou perdidamente apaixonado pela Clara quando soube da gravidez, abandonou minha filha como se ela fosse qualquer coisa. Se casou com a Clara e montou a família feliz! E então eu vim trabalhar como funcionária na casa dele, porque eu precisava de um emprego, né?! — Suspirou fundo. — Clara vivia esfregando na minha cara que agora ela era rica e que a minha filha não passava de uma rejeitada, inclusive, ela disse isso na cara da minha filha! Ela vivia exibindo o Luan por aí, como se ele fosse um objeto do qual ela arrancava dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. E um dia, Clara saiu com Helena ainda bebê, até o mercado e encontrou minha filha, que já estava em depressão absurda, ela falou um monte pra minha filha, disse que minha filha nunca iria ter o homem que amava e mais um monte de besteiras. Na mesma noite... minha filha cortou os pulsos. — Sua voz falhou e ela começou a chorar.
— Matilda... eu... eu sinto muito! — Abaixei os ombros.
— A Clara era um monstro, Ana Gabrielle, ela era um verdadeiro monstro!

...

LOOKING FOR LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora