This Song Is A Curse

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  P. O. V. Gerard

A noite chegou e Frank ainda não respondeu minhas mensagens, não sei se devo me preocupar com isso. Me reviro no sofá sem saber o que fazer, logo Hanna se senta no outro:

— O que foi? Donald está de novo com os assuntos das camisinhas? — Ela sorri.

— Não. — Sorrio fraco. — Na verdade eu estou preocupado com Frank, ele não responde minhas mensagens. — Digo e suspiro me sentando. — Acha que eu estou indo rápido demais? Me preocupando à toa?

— Preocupação nunca é demais, Gerardzinho. — Ela diz e se aproxima. — Confie na sua intuição, querido.

— Sei lá, eu sinto que aconteceu alguma coisa. — Digo. — Mas deve ser coisa da minha cabeça.

— Ou não. — Ela diz. — Pode ser que alguma coisa realmente aconteceu, ou muito tão grande ou muito pequena.

— É. — Respondo agora pensativo. — Mas vou esperar até amanhã, pode ser só pressentimento mesmo. — Digo.

— Tudo bem, pode dormir a hora que quiser. — Ela se levanta e beija minha testa. — Boa noite, meu lindo netinho.

— Boa noite, minha linda vózinha. — Sorrio e vejo ela subir.

Hanna com certeza é meu anjo da guarda, amo tanto ela.

Eu estou aqui todo preocupado, acho que é porque ele não deve ter muitos amigos, além dos colegas de "trabalho", claro. Quero muito que Frank pare de usar essas coisas de uma vez, pelo tanto que ele toma em tão pouco tempo é previsível que ele acabe se dando mal. Acabo dormindo pela sala mesmo com os meus pensamentos mirabolantes.

(...)

Ao acordar noto que acabei adormecendo na sala, não consegui dormir muito bem essa noite. Pego então meu celular e ligo para Frank, o celular deve estar desligado. Ponho as mãos no rosto sem saber o que fazer, é tão cedo que nem Hanna acordou ainda. Subo e tomo um rápido banho, deixo um bilhete pra Hanna e saio indo em direção à casa de Frank. O caminho é perigoso, mas eu sinto que ele não está bem então não importa o perigo que eu corra.

Após um tempo chego à tal rua, os mesmo caras da noite em que vim me fitam de longe mas não se aproximam, vou seguindo até chegar na casa e bato na porta já entrando:

— Frank? — Chamo passando meus olhos pela casa.

Nenhuma resposta, mas escuto sua voz murmurando em algum canto da casa. Dou passos apressados até seu quarto e o encontro sentado no canto da parede, posição fetal e olhos para o chão. Ele se balança agitado, soa muito enquanto sussurra coisas para si mesmo:

— Frank... — Me aproximo e ele me encara. Seus olhos assustados me partem o coração.

— Gerard... — Ele sussurra e percebo caírem lágrimas de seus olhos arregalados. — Eu... preciso de ajuda. — Ele diz e me agacho ficando próximo à ele.

— O que houve? — Pergunto passando a mão por seus cabelos.

— Minha mãe... ela morreu. — Ele diz e fico horrorizado.

— Frank, eu sinto muito. — O abraço e ele retribui.

— Mas eu estou triste, não porque ela morreu. — Ele sussurra ainda agitado e finalizo o abraço enxergando seus olhos. — Estou triste por que não foi eu quem matou ela, eu deveria ter feito isso.

— Frank, não diz isso. Você só está em choque. — Digo segurando suas mãos. — Sei que a amava... — Frank me corta.

— Não! — Ele grita. — Eu não amava, eu... eu estou feliz. — Ele sorri e não encontro outro jeito e pego seus braços verificando se há furos recentes e ele se solta. — Não estou usando drogas, não acredita em mim?

Youngblood - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora