Fake Your Death

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P. O. V. Gerard

Termino de me arrumar e procuro por meu celular pra saber sobre as horas, encontro em meu próprio bolso, acho que estou ficando um pouco aloucado. Rio de mim mesmo e enfim vejo as horas, desço encontrando meu pai assistindo a televisão sentado no sofá. Ele se vira me fitando:

— Divirta-se com Oliver. — Diz.

— Vou tentar. — Sorrio e vou abrindo a porta quando ele diz algo.

— Mas eu prefiro o Frank. — Ele solta uma baixa risada e me indigno.

— Pai, Oliver é meu amigo.

— Frank também era. — Ele se vira à seu programa novamente e penso em responder mas desisto.

Saio de casa e vou caminhando até o local já que é próximo e gosto de respirar ao ar livre de vez em quando. Sinto frio no corpo de repente, me lembro da minha blusa sobre minha cama esperando para ser levada, eu devia ter a levado. Meu celular toca quebrando qualquer silêncio encontrado, Frank Iero não se contenta em ficar apenas em meus pensamentos. Suspiro pensando se devo atender e como um instinto eu rejeito a chamada e silêncio o celular a fim de não acabar atendendo se ele ligar novamente.

Finalmente encontro Oliver ao lado de fora do local marcado, ele veste roupas escuras como qualquer outro rockeiro de nossa idade. Sorri ao me ver chegando e me abraça rapidamente, seu perfume forte adentra minhas narinas de imediato e se vira pra mim:

— Consegue ser mais bonito ainda quando se arruma. — Ele diz e rio ruborizando de leve.

— Olha quem fala, você já deve acordar arrumado. — Brinco.

— Vamos? — Ele pergunta e assinto animado.

(...)

Bebo mais um copo aproveitando que o bartender não pediu minha identificação ainda. As bandas underground são realmente boas, o som é gratificante para meus ouvidos, me sinto um pouco bêbado.

— Essa é realmente muito boa. — Oliver me tira dos meus pensamentos.

— Sim. — Sorrio um pouco tonto.

Oliver me fita por alguns segundos me deixando envergonhado, quando fico prestes a perguntar o porquê de sua atitude, Oliver segura meu rosto com gentileza e gruda nossos lábios prestes a começar um beijo, mas afasto meu rosto. Ele esboça um semblante de arrependimento e volta a encarar as bandas, mudando completamente sua expressão de antes:

— Oli, desculpe. — Peço e ele se vira pra mim.

— Tá tudo bem. — Ele diz e dá de ombros.

— Gosto de você, mas não é desse jeito. — Explico esperançoso e então ele sorri fraco.

— Talvez eu tenha sido apressado com isso, eu que peço desculpa. — Oliver diz e sorrio.

— Não importa, vamos pra mais perto do palco? — Sugiro querendo gastar minha embriaguez dançando e cantando com as bandas.

— Sim. — Ele aceita.

Não pensei que Oliver me enxergava desse jeito, confesso que eu me surpreendi quando ele tentou me beijar. Momentaneamente me lembro de Frank, de como estou com saudade de seu beijo e seu calor. Me amaldiçoo mil vezes por ser tão cabeça dura as vezes, todos tem seus dias ruins, afinal ele está prestes a depor se defendendo de ter matado a mãe.

Fica bastante tarde e decido com Oliver ir embora, eu realmente me diverti. Ele me convence a aceitar sua carona até minha casa, por estar bêbado não penso muito em recusar. Ao chegarmos tiro o cinto e fito minha casa:

Youngblood - FrerardWhere stories live. Discover now