Capítulo 29 - O início do plano

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MARINA

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MARINA

— Paulo Henrique. Já tenho a minha resposta. — Falo assim que ele atende o celular. Pelo barulho da sua respiração sei que está sorrindo, o cretino.

A ligação está no viva-voz. Dante está escutando a conversa em silêncio. Não pode nem reclamar de ter a mão trucidada. Estou tão nervosa que agarrei a mão dele e não solto mais.

Minha mãe não está aqui. Eu a expulsei, pedindo privacidade para resolver a situação com Dante. A presença dela somente nos atrapalharia. Mesmo porque ela está uma pilha de nervos, se sentindo culpada por ter entregue Gab ao "genro perfeito". Neste momento está afogando as mágoas na casa da vizinha.

— Sou todo ouvidos, querida.

— Vou passar a noite com você. — Aperto os olhos. Inspira, expira, inspira, expira.

— Sabia que tomaria a decisão certa. Nos encontramos em Angra?

— Não. As estradas estão péssimas por causa do Dia dos Pais. Não podemos nos encontrar no nosso antigo apartamento, na Barra?

— Tem razão, nada de Angra. Mas não iremos ao apartamento. Prefiro lhe surpreender, aqui no Rio mesmo. E será do jeito que fizemos naquele dia. Com cordas, amarras, submissão. Tem que me dar carta branca. É isso ou nada feito. Quero me despedir do seu corpo com tudo o que tenho direito.

Você não tem direito a nada, seu desgraçado! Tenho vontade de lhe gritar, mas me seguro. Aperto ainda mais a mão de Dadá, que a esta altura deve estar gangrenando, coitado.

— Não me importa o lugar ou o que quiser usar. Só traga o meu filho à casa da minha mãe. Assim já pode me pegar aqui. — Respondo, me controlando da melhor forma que posso para que minha voz não vacile.

Estou tremendo da cabeça aos pés. De raiva, de nojo e de medo — este último mais por Gab do que por mim.

Eu sei me virar. Ainda que tudo dê errado, sei que PH não vai me matar. Se meu filho estiver bem, depois vou ficar também.

Dante está com os olhos verdes arregalados. Ele está tão nervoso quanto eu. Droga. Eu não queria fazê-lo passar por mais este estresse, depois de tudo o que já sofreu na vida...

— Negativo. Não vou até aí como um ratinho caindo na ratoeira. Você pode ter preparado me uma emboscada. Prefiro mandar o menino com um motorista de confiança. E este mesmo motorista a buscará e a trará para mim.

— Ok. Você é quem manda. O que combinamos?

— São quase 14:00. Esteja pronta, e cheirosa, às 16:00. Não quero sentir o cheiro daquele filho da puta em você quando eu for te foder. Enquanto isso vou providenciar os acessórios para a NOSSA diversão. Porque você pode tentar negar, querida, porém tenho certeza de que sente falta de um homem de verdade. Inteiro, funcional da cabeça aos pés. Que possa te foder de todas as maneiras que merece ser fodida.

Reflexo Quebrado [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora