His slave - Hurt

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- Filhote? Eu trouxe o jantar...


A sala escura recebeu um flash de luz através da porta, faziam apenas duas horas que o esverdeado fora trancado e o mesmo já se sentia sufocado naquela escuridão tremenda, a coleira em seu pescoço o prendendo na cama não ajudou em nada, mas ver o ...

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A sala escura recebeu um flash de luz através da porta, faziam apenas duas horas que o esverdeado fora trancado e o mesmo já se sentia sufocado naquela escuridão tremenda, a coleira em seu pescoço o prendendo na cama não ajudou em nada, mas ver o bicolor entrar no quarto com comida e uma lanterna fez o menor se acalmar um pouco. Todoroki ligou a lanterna em seu mínimo e entregou a comida ao pequeno, esperando pacientemente que o garotinho terminasse antes de lhe dar uma taça com um saquê fraco, o pequeno olhou a taça por algum tempo sem entender até que o bicolor lhe desse a ordem de beber o que estava na taça, o gatinho já estava com medo de seu mestre então uma ordem do maior foi o sulficiente para fazê-lo virar a taça de uma vez e engolir todo o conteúdo que desceu queimando em sua garganta, nunca havia bebido álcool antes e a sensação lhe fez tossir.


- Hey, eu sei que lhe dei uma ordem, mas não precisava beber tudo de uma vez... - O bicolor afirmou com uma risada, retirando a taça delicada das mãos do gatinho que já soluçava e tinha seu rosto corado por conta do álcool - Estava bom é?


- Nu-huh... - O menor respondeu já sem conseguir controlar as lágrimas que corriam por suas bochechas rosadas - ... P-Por quê?... P-Por quê e-está fazendo i-isso?...


 - Por quê?... - O maior parecia pensar por um momento antes de se inclinar um pouco sobre o pequeno, passando a ponta dos dedos gelados  com todo o cuidado sobre as pequenas sardas espalhadas pelas bochechas do gatinho - ... Não precisa chorar filhotinho, isso é para sua segurança, logo vai passar... Aguente firme, se sobreviver a isso logo ficará tudo bem...



 Todoroki passou suas mãos com cuidado pelo corpo do pequeno, a pele branca sem nenhuma marca lhe dava arrepios e o maior não pode evitar de dar um pequeno beliscão na pele do pequenino, o que fez o pobre gatinho miar incomodado e tentar se afastar, porém, com o maior  em cima de si aquilo era no mínimo complicado e estar bêbado não ajudava em nada o pequeno híbrido. Aquela situação estava incomodando o bicolor, normalmente já teria deixado alguma bela cicatriz na pele clara do pequeno, mas estava tentando ser responsável dessa vez já que gastara tanto dinheiro no esverdeado e não queria que o gatinho morresse tão cedo. Novamente Todoroki pegou a taça na bandeja e a encheu pela metade com saquê outra vez, forçando o pequeno a beber aos poucos, queria ter certeza que o esverdeado não se lembraria daquilo no dia seguinte, quem sabe conseguisse até mesmo convence-lo que havia dado permissão ao bicolor para marca-lo daquela forma?

 Nunca iria contar aquilo a ninguém mas as mãos do bicolor tremiam sempre que tocava no pequeno esverdeado e isso o fazia recorrer a se lembrar dos momentos de "treinamento" que seu pai o obrigava a passar, ele odiava aquele homem com todas as suas forças, mas fazia a mesma coisa todas as vezes com cada um de seus brinquedos, tantas vezes que não havia espaço para mais corpos no último andar do porão, a maioria morria na primeira semana e o bicolor não podia evitar aquilo, sentia-se quase obrigado a cometer aquela atrocidade de novo e de novo como se a sensação fosse viciante demais para ignorar. Izuku não tinha como resistir enquanto o maior se aproximava para beijá-lo, não queria aquilo, ou queria? O álcool não o permitia pensar claramente e o ar parecia rarefeito no quarto o que complicava ainda mais as suas tentativas de pensar.

 A lanterna foi desligada fazendo o quarto ficar totalmente escuro novamente e logo Izuku sentiu os lábios do bicolor nos seus em um selinho calmo, ele simplesmente não conseguia entender o que seu mestre fazia consigo, mas entre a presença dele ali era bem melhor que estar sozinho no escuro, morria de medo do escuro... Mesmo sem entender o que seu mestre fazia com sigo o gatinho se abraçou ao corpo do maior, não queria estar ali, não sabia o que fazer e não conseguia pensar, mas a sensação de ter alguém ali não era ruim, pelo contrário, se tinha algo confortável naquele quarto era a presença do bicolor, mesmo que nesse momento o mesmo estivesse o machucando e marcando sua pele com mordidas e chupões a presença do bicolor ali ajudava, estava com medo, não queria ficar no escuro outra vez...


 - Filhotinho... - O bicolor chamou baixo perto de seu ouvido, nunca se acostumaria com aquilo - ... Está tarde, mas fique acordado sim? Quero marcar você.


 A menção de "marcar" fez o gatinho se arrepiar, entendia melhor o que estava acontecendo, mas ainda estava confuso e muito perdido por causa do álcool, nunca mais iria beber, o pequeno afirmou para si mesmo, mesmo sabendo que não teria escolha se seu mestre mandasse que o fizesse. As mãos frias do bicolor rasgam o tecido do moletom que cobria o corpo do pequeno, porém, antes que Todoroki pudesse continuar o que estava fazendo a porta foi aberta, o que fez o bicolor instantaneamente jogar o cobertor por cima do pequeno híbrido para escondê-lo. Os olhos do Todoroki mais velho correram pela cena em que encontrara seu herdeiro e o mesmo imediatamente se arrependeu de ter entrado mesmo com os avisos da empregada, sabia que seu filho odiava ser interrompido em momentos como esse, e sabia também que seu "herdeiro precioso" virava o próprio demônio sempre que era pego em situações em que se sentia vulnerável, porém, para a surpresa de Enji seu filho simplesmente se levantou da cama secando o canto da boca e olhou seu pai de cima a baixo com um olhar gelado, puta que pariu. A última coisa que Enji esperava era um Shouto totalmente civilizado e sem nenhum traço de violência, o Todoroki mais velho quase chegou a duvidar que aquele era mesmo seu herdeiro, bem, ao menos até o bicolor puxar a sua pistola e aponta-la para a testa do pai sem nem mesmo sair do quarto, aquilo sim parecia seu herdeiro, principalmente com a cara de raiva explícita.


 - Qual seu motivo, velho? - O tom calmo e ameaçador fez até mesmo o gatinho escondido debaixo das cobertas se arrepiar - É bom ser um bom motivo.

 - Calma, calma - A risada nervosa do mais velho e os gestos vagarosos revelavam o medo que o fazia suar gelado - ... Sua mãe quer muito, muito vê-lo filho.

 - É isso? A mamãe quer me ver?

 - É, é sim.

 - Só não te mato por quê você é meu pai SEU FILHO DA PUTA, SAI DA MINHA CASA!

 - TÁ BOM, TÁ BOM! Calma, cacete! - Enji suspira, vendo seu filho abaixar a arma, mesmo que ainda esteja segurando a arma firmemente - Ela não tem tempo, ou você vai agora ou você não vai ver ela mais.

 - Ah... Segura.


 Shouto entrega a arma a seu pai sem dizer mais nenhuma palavra e volta até o gatinho preso a sua cama apenas para sussurrar um "Volto logo filhotinho" para o pequeno e entregar a lanterna a ele como forma de mantê-lo confortável enquanto o bicolor não voltasse. Não foi surpresa para Enji ver que era um garoto na cama de seu filho, o bicolor já havia deixado claro suas preferências e o mais velho sentia-se um tanto culpado por isso já que a idéia que ele passou ao filho de como era ter uma mulher talvez tenha o traumatizado mais do que esperava, porém, o mais velho realmente se surpreendeu em ver que o garoto com quem seu filho estava dessa vez tinha orelhas e o quarto não cheirava a suor como deveria mas sim tinha uma mistura estranha de morango e menta, com certeza o cheiro do menor, misturado com o perfume especial que seu filho inventara e que sempre usava, aquela mistura sim era estranha a ponto de causar náuseas ao mais velho, o "namorado" de seu filho era um híbrido, ele não era idiota a ponto de não saber o que era, mas não esperava que seu filho gostasse de bizarrices como aquela. O bicolor voltou, empurrando o pai para fora do quarto e fechando a porta atrás de si, o olhar gélido mais cheio de preocupações que o normal.


 - Vamos, eu quero ter tempo com ela, velho.

Slave ~ Tododeku ~ Uma aventura pelo submundoWhere stories live. Discover now