Coração Nobre - O Duque

Capítulo 2 - A Marquesa

Era um dia perfeito para Lady Yasmim, ela acabara de receber um pedido de casamento de Pétrick, que fazia parte de uma boa família. Ele fazia parte da comitiva real, o que fazia dele uma pessoa muito importante.

Yasmim saltava de  felicidade, não esperava a hora de contar a novidade a irmã, Diane, a marquesa, que não se encontrava  na casa.

Diane e Yasmim compartilhavam do  mesmo lar, pois Yasmim, a mais nova, gostava muito daquela casa. Ela tinha os  cabelos cacheados loiros.  Os pais de ambas não moravam lá, mas a marquesa fazia questão de deixa-los no conforto.

- Lady! Sua irmã a senhorita Diane acaba de chegar com sua dama de companhia. - anunciou uma serviçal a Yasmim.

- Ótimo! Onde ela está? - perguntou a lady para a serva.

- Ela seguiu para seu aposento. Disse que ia trocar de vestido. - respondeu a serva.

-Irei lá - assim dizendo, Yasmim saiu correndo rumo ao quarto da marquesa. Ao chegar no quarto de Diane, Yasmim viu sua irmã mais velha, uma donzela de 27 anos,  pondo um vistido azul-marinho, seus cabelos eram negros e lisos, e tinha um rosto angelical e belo.

- Bem que você poderia bater na porta antes de entrar não acha? - disse Diane.

- Desculpe! É que eu tenho uma novidade - disse Yasmim eufórica.

- Qual? - Diane estava curiosa.

- Pétrick! Pediu minha mão em casamento! - Yasmim estava ainda  mais eufórica. 

-Verdade? - Diane estava surpreendida.

- Sim. -  confirmou Yasmim. Ambas pularam de felicidade, Diane a abraçou desejando felicidades a ela.

- Mas onde Pétrick está? Ele já se foi? - perguntou Diane.

-Não. - Yasmim se aproximou da porta e chamou. - Pétrick! Pode entrar! - assim dizendo, Pétrick entrou no quarto. Ele tinha cabelos  castanhos  claros, estava bem vestido, porém estava meio tímido.

- Não precisa ficar tímido. E então? Yasmim disse que você tem uma coisa para me falar. - disse Diane lançando um olhar sorridente para a irmã.

- Bom dia. O motivo que me trouxe aqui é quê...... eu vim pedir a mão de Yasmim em casamento. - disse ainda nervoso.

Diane se mostrou um pouco pensativa e enfim disse: - Se dependesse apenas de mim, eu permitiria, aliás, eu o conheço. Mas essa decisão não cabe somente à mim. Você teria que pedir a mão dela para nossos pais também.

- Entendo - respondeu Pétrick. - Então irei até eles agora mesmo.

- Mas você não sabe o caminho. - advertiu Diane.

- Yasmim vira comigo. Não é? - perguntou para Yasmim.

- Sim! . - a lady respondeu entusiasmada.

- Está bem. Façam o quê bem entenderem. Só não me causem problemas - disse Diane.

- Tudo bem. Vou organizar as coisas. Yasmim acho melhor se arrumar o quanto antes. Quero que torna-la minha esposa o mais rápido possível. - Pétrick também estava entusiasmado.

☆

A tarde, as coisas dos futuros noivos já estávam preparadas para a viagem. Todas organizadas em uma carruagem,  e Yasmim e Pétrick iriam em outra. Enquanto Pétrick terminava de arrumar as coisas  com a ajuda dos servos, Yasmim se despedia de Diane na porta da mansão: - Espero que nossos pais não tenhão nada  contra - disse Yasmim.

- Verdade. -  concordou Diane. - Nosso pai talvez, mas acho que nossa mãe apoiaria. - disse a marquesa confiante. Diane olhou para Pétrick que estava ajeitando as coisas dentro da carruagem e gritou para ele dá porta da mansão. - PÉTRICK, ACHO BOM VOCÊ CUIDAR BEM DA MINHA IRMÃ, SE NÃO.......

- NÃO SE PREOCUPE  COM ISSO. - ele gritou de volta.

- Espero que sejam muito felizes - disse Diane a irmã

- Obrigada Diane - agradeceu Yasmim. -  Como está sendo com aquela velha horrorosa da Gertrudes e os dois filhos dela?

-Tediante - respondeu Diane.

Assim que Pétrick terminou, as irmãs se abraçaram e Yasmim se dirigiu até a carruagem do futuro casal. Yasmim deu tchau e a carruagem seguiu seu caminho pela a estrada, se distanciando cada vez mais. Diane observava tudo com uma lágrima deslizando pelo rosto. Assim quê as duas carruagens desapareceram no horizonte, Diane entrou na residência. Quando  chegou na sala de star a marquesa teve um susto ao ver um homem sentado na poltrona no meio da sala. Ele tinha  cabelos grisalhos, provavelmente era de meia-idade, suas pernas estavam  cruzadas bem relaxadas.

- Quem é você?! E o quê está fazendo dentro da minha casa? - perguntou Diane já alterada.

- Não é necessário ficar nervosa linda dama, apenas tenho um assunto político a resolver com você - disse o estranho homem - Me chamo Fausto, faço parte do Conselho Seletivo Real.

- Nunca ouvi falar - disse á marquesa com frieza

- Não me surpreende. Afinal esse conselho foi fundado recentemente pela rainha, por razões que nem mesmo os membros conhecem. - disse Fausto.

- E o quê eu tenho haver com isso - perguntou Diane já quase meia impacientes.

- Eu preciso que você realize uma tarefa -  começou a dizer - A uma  semana atrás, na região de Lêonis, o duque faleceu. Toda a sua herança foi passada para David, seu  filho, que agora é o novo duque. E em menos de 4 dias ele administrou perfeitamente aquela região. 

- Qual é o problema nisso? -perguntou a marquesa.

-Esse homem nega relutantemente a participar da seleção para o próximo rei ou rainha, na qual, você também foi selecionada. E espero que você o  convença a participar.

- Não entendo onde quer chegar com isso. - Diane estava muito confusa.

- Não espero que entenda, apenas que faça o que le disse. Porque eu tenho quase pura certeza que você não vai querer que aconteça nada com sua irmã, não é mesmo? - disse  Fausto, indiretamente.

- Está me ameaçando? - Diane não estava gostando nem um pouco do rumo da conversa.

- Entenda como quiser - ele se levantou e foi rumo a porta. Quando estava saindo ele disse por último: - David tem um forte temperamento por isso seje convincente. Passar bem. - assim dizendo fechou a porta. Diane se sentou em uma cadeira não acreditando na situação em que se encontrava. Sua irmã corria perigo e tinha que falar com David o quanto antes.