Capítulo 5 - A Fera da Noite.

7 2 0
                                    

  Diane apenas andava de um lado para o outro. Já era quase meia-noite e Diane não conseguia dormir, não conseguia parar de pensar na irmã e na decisão que David daria a ela no dia seguinte.

  Diane passou perto da janela, e pode perceber que o céu noturno estava lindo; a Lua estava encantadora, assim como as estrelas. Diane abriu a janela, e passando por ela , a marquesa ficou em cima do telhado observando o luar. Dali de cima era possível se ver toda a propriedade de David, o campo verdejante, e muito mais adiante, se via o mar. Diane sentia a brisa marítima, e era algo bem refrescante.

  De súbito, Diane viu alguém correndo pelo campo em direção a floresta, parecia mais uma figura feminina.

  - EI! VOCÊ! - Diane chamou porém não obteve nenhuma resposta, daquela pessoa. Diane foi para a extremidade do telhado, para ver se havia algo abaixo para poder amortecer o pulo que queria fazer. Parecia loucura, ainda mais pelo fato dela estar no terceiro andar, uma queda as cegas poderia mata-la.

  Diane olhou para todos os lados, e somente viu uma carroça cheia de feno e palha. Era a melhor opção. A não ser que ela preferisse cair em cima de um canteiro cheio de carrapichos ou então no próprio chão. Ela optou pela primeira opção  (carroça de feno). 

  Diane se preparou para saltar, um pouco receosa. Ela uniu toda a coragem que tinha e saltou e caiu diretamente no feno. Ainda meio atordoada e um pouco suja, Diane desceu da carroça e correu pelo mesmo caminho que a garota seguiu.

   Diane entrou na floresta querendo encontrar a garota.
  
    - Olá? Não precisa ficar com medo! Não vou te fazer nada! - Diane a chamava, mas não tinha resposta alguma. Ela se viu sozinha, as cegas. Ela começou a temer ficar perdida.
 
   Diane ficou olhando ao redor, e viu marcas nas árvores. Todas tinham formas de flechas na horizontal, todas apontavam uma única direção. Diane no mesmo instante ouviu um barulho vindo do fundo da floresta. Parecia um rugido, e parecia estar perto. Diane ficou com medo e saiu dali aligeirando os pés seguindo o caminho das setas. Ela começou a correr, pisou no vestido e acabou caindo. Ela se levantou, ergueu o vestido e voltou a correr novamente.

    Quando chegou no fim, Diane se deparou com um pequeno campo, onde se tinha um lago no bem no meio.

    Diane olhou ao redor e viu armas espalhadas pela grama: arco e flecha; adaga; alfange; sabre; e espada. Além disso, viu um homem somente de calça preta e da cintura para cima estava despido. Diane perdeu o ar ao ver aqueles músculos dos braços; abdômen e do peitoral.
   
     O homem, que estava distraído treinando com sua espada, ao move-la em direção a Diane, pode então perceber a presença da marquesa.

  - O que você está fazendo aqui? - perguntou ele. Foi então que ele caminhou até Diane, e ela pôde perceber que se tratava de David, o tão falado duque.

   - Eu é quem pergunto! - diz ela pondo as mãos na cintura.

   - Eu não te devo satisfação, mas se isso é o que vai te acalmar. Eu estava.... - David foi interrompido por um rugido ainda mais alto. Os dois olharam para o lado onde Diane tinha vindo e viram um enorme urso se aproximando. Ele rugia as alturas, além de parecer meio atordoado até ver os dois ali. Ao vê-los, ele começou a caminhar na direção deles, pronto para ataca-los para saciar sua fome. Diane arregalou os olhos ao ver, já David não parecia se importa.

  - Olha só! Temos companhia. - David ajuntou o arco e a bolsa de flechas. Ele posicionou a flecha, esticando ela já no ponto para disparar. - Se não quiser morrer, acho melhor você se abaixar. - Diane saiu do caminho deixando que David disparasse a primeira flecha que acertou diretamente no peito do animal, porém o urso continuou a caminhar em direção David.
 
   David tirou mais duas flechas de dentro da bolsa e as posicionou. Ele esticou  ainda mais e enfim disparou. As duas flechas acertaram o pescoço do urso de forma certeira. O animal parou de caminhar por um minuto. Diane e David acharam que ele iria cair morto no chão mas foram surpreendidos pelos rápidos paços do animal em direção a David. Ainda meio cambaleante, o urso estava cada vez mais perto.

   Rapidamente David pega uma adaga que estava ao seu pé no mesmo instante que o urso se joga em cima dele.

  - DAVID!!! - gritou Diane. Ela não sabia o que fazer naquele momento, apenas observava. Ela então pegou um punhal que estava no chão e caminhou para mais perto. Não havia sinal algum de vida do urso ou então de David.

Coração Nobre - O DuqueWhere stories live. Discover now