Coração Nobre - O Duque

Capítulo 6 - Sob a Luz do Luar.

Não tinha nenhum sinal de vida dos dois. O corpo do urso estava imóvel, além do fato do volume corporal do animal era muito maior do que a de David. Diane ainda estava meia trêmula, foi então que de repente o corpo do urso se moveu. Diane temeu que o urso se levantasse e a atacasse, então ergueu o punhal.

  O corpo começou a se mover ainda mais como se quisesse se levantar. Quando Diane estava prestes a apunhalar o animal, David empurra o corpo sem vida do urso de cima de se.

  - Mas um pouco e eu morreria sem ar! - disse David, ainda ofegante.

  - Ah, seu idiota! - grita Diane para ele.

  - O que foi? Queria que eu estivesse morto? - perguntou David sem entender e se levantando meio cambaleante.

  - Não é isso! É só que.... Pensei que estivesse morto.

  - Você se preocupa? - David perguntou descrente.

- Claro que sim! - respondeu ela.

  - Está bem, agora me responda uma coisa mocinha, posso saber o que você está fazendo aqui fora a essa hora da noite? - David estava bem perto de Diane, que era o que afetava ela. Ela não conseguia se manter calma perto daquele abdômen sarado. 

  - Ah... Eu, eu... Estava na janela quando vi uma garota correndo no meio do campo. Ela veio nesta direção - disse Diane olhando ao redor.

  - Bom, não sei o que você pensou ter visto, mas não veio nenhuma garota para cá.

  - Pera aí, está me chamando de louca?!

  - Eu não disse isso. E não precisa gritar. Tenho dois ouvidos que escutam muito bem. - Diane pareceu se acalmar um pouco. David retirou a adaga que havia perfurado o urso e passou por Diane. - Agora se me der licença. - David falou indo em direção ao lago.

  - O que você vai fazer?

  - A menos que goste de ver homens nús, eu sugiro que tape os olhos.

  - O que?! - disse Diane, que de imediato colocou as mãos sob os olhos. - Já entrou na água?!

  David olhava para Diane rindo dela. Ele não estava nu e nem queria com ela ali. - Espere só mais um pouco! - disse ele se distanciando. David se jogou ainda de calças para dentro do lago. Diane abriu uma brechinha entre os dedos para se certificar de que David já tinha entrado no lago.

  - Já pode abrir agora! - gritou ele de longe.

  David ficou alguns minutos nadando de um lado para o outro, se deleitando após aquela agitação.

  - E então?  Vai demorar muito aí? - disse Diane se aproximando do lago.

  - Pode ir se quiser. Eu fico aqui. Ou então se preferir, pode vir comigo também. Vamos lá! A água está ótima.

  - Nunca! Já passou pela sua cabeça que deveríamos estar dormindo agora?!

  - Está bem. Pode ir então.

  - Eu que não vou entrar nesta floresta.

  - Nossa, como você é dramática, eim! - David saía da água, se aproximando de Diane  deixando ela cada vez mais nervosa. - Dá pra me explicar, por que toda vez que eu me aproximo, você fica desse jeito?

  - Como assim? - perguntou Diane meio sem jeito.

  - Ora. Você para de olhar pra mim; olha pra baixo; começa a gaguejar.

  - Você está vendo coisas. - Diane falou tentando permanecer o olhar em David.

  - Deixa pra lá. - David começou a pegar as armas espalhadas no chão e as guardando dentro de um saco. Diane olhou para cima e voltou a reparar no céu.