Stella - Uma Malfoy Diferente {1 Ano}

Conversas normais, sem considerar que é Com um Quadro [reescrito]

A mesa da Sonserina rompeu-se em aplausos confusos. Soltou o ar que nem havia notado que tinha prendido, ela fora selecionada para a mesma casa que seu primo afinal, não tinha com o que se preocupar, não?

Deu um sorriso cansado na direção de Linden, ele sorriu de volta, erguendo os polegares para cima. Caminhou em direção à seu primo, sentou-se ao lado dele.

- Nada mais que o esperado Stella, mas não tinha como cometerem o erro de te colocar em outra casa. - Draco falou. Stella não gostou do tom que ele havia usado, como se a possibilidade de que ela fosse selecionada para outra casa o irritasse. - Deixe-me apresentá-la, Stella: Esta é Pansy Parkinson, Crabbe e Goyle. - Ele foi apontando para cada um, a tal Pansy se sentava ao seu lado direito e os outros garotos se portavam a sua frente. A garota olhou os garotos de cima abaixo, sabendo que eram aqueles que Narcisa falara outro dia.

- Prazer, sou Stella, prima de terceiro grau de Draco. - A garota se apresentou, os outros apertaram sua mão.

Após o fim da seleção, os pratos começaram a aparecer e todos começaram a se servir.
A de olhos caramelados não estava com tanta fome, então pegou apenas um pouco de purê de batatas e frango sob o olhar repreensivo de Draco.

- Você ouviu? - Um garoto preto se virou para Pansy e Draco. Stella começou a prestar um pouco mais de atenção na conversa. - O rumor sobre Potter.

- O que tem o Cicatriz, Blaise? É verdade que eu ainda não o vi hoje... - O loiro respondeu ácido, como sempre era quando se tratava do garoto o qual falavam.

- Há vários boatos, ele não veio no trem hoje. Estão dizendo todo tipo de coisa, uma delas que ele veio sobrevoando com um carro. - Stella se segurou para não cuspir o suco de laranja que estava tomando.
Mas que diabos? Achava que Draco estava sempre exagerando sobre Potter fazer ele ser sempre o centro das atenções, mas dava a parecer que realmente o garoto fazia essas coisas!

Após um tempo, os outros voltaram a conversar, mas a outra já não escutava mais. Em sua frente se portava um bilhete.

"Saia um pouco mais cedo da mesa, quero conversar com você"

Era escrito com uma letra muito bonita e rebuscada, um pouco difícil de se entender, embaixo estava a assinatura de Dumbledore. Automaticamente Stella soube que era para conversarem sobre sua licantropia. Deu uma cutucada discreta ao loiro do seu lado.

- O que fala aí? - Draco perguntou, esticando o pescoço para ver melhor.

- É de Dumbledore. - Sussurra. - Ele quer me ver, você deve saber o porquê e tal. Não sei o escritório dele, me acompanha?

- Claro. - Ele sussurra também, mas logo aumenta a voz para se direcionar para seus amigos. - Stella não está se sentindo muito bem, vou levá-la ao salão comunal. Sabem qual a senha?

- Entendo, a senha da noite é Cerberus. - Respondeu Pansy.

Procurando ser discretos, ambos foram calmamente e com classe até saírem do salão principal, depois se olharam e correram rindo até o corredor da sala de Dumbledore.
Se Pansy estranhou o fato deles terem pego a direção contrária às masmorras eles nunca saberão, talvez se fossem na direção das masmorras eles iriam saber no que Potter estava pensando ou porquê Snape não estava no salão, mas nada importava naquele momento enquanto eles apostavam uma corrida sem sentido pelo castelo, porque eles estavam sozinhos, sem toda aquela burocracia em volta de Draco, sem todos aqueles olhares julgadores em volta de Stella e isso que importava.

- Senhores. - A voz de Minerva foi ouvida no final da escada. O menino parou bruscamente sua corrida, fechando a cara. Mas foi difícil para ele manter a compostura quando Stella bateu em suas costas.

Rapidamente, notando a situação, Stella ajeitou sua postura. Minerva sorriu, parecendo divertida.

- Senhorita Malfoy, você pode ficar esperando no escritório do diretor por enquanto. Vamos demorar um pouco, temos que resolver algumas coisas de um aluno e já voltamos para recebê-la. - A mesma fala se direcionando à Stella. - Se o senhor Malfoy quiser acompanhá-la...

A garota rapidamente se virou para o primo, antes que ele pudesse responder algo.

- Acho melhor você voltar pro grande salão, Pansy pode desconfiar mais do que provavelmente já está desconfiada, vá! - E deu leves batidinhas nas costas do mesmo para que se apressasse.

- Nos vemos depois. - Disse ele, descendo pela escada.

- Vamos, é por aqui, entre. - Ela não havia percebido quando McGonagall disse a senha para abrir a gárgula, mas entrou mesmo assim.

O escritório do diretor era lindo, se localizava numa torre e era uma sala circular com vários quadros de diretores passados. Tinha uma estante com uma coleção de livros incríveis, o escritório também tinha algumas mesas finas sobre as quais foram colocados delicados instrumentos de prata que zumbiam e emitiam pequenas nuvens de fumaça. Em um local, Stella ofegou, estava uma linda e juvenil fênix.

- Espere aqui querida, logo Dumbledore e eu iremos vir conversar com você. - Ela falou e foi-se pela gárgula.

"Droga, se eu soubesse que demoraria eu teria ficado mais tempo no Salão principal" pensara já começando a ficar entediada.

- Ora, o que temos aqui... - Se virou rapidamente, de um quadro um homem a encarava. Após tentar se recordar dos diretores que leu em Hogwarts Uma História ela lembrou.

- Você é Fineus Nigellus, um dos diretores mais odiados de Hogwarts - Exclamou.

- Sou o quadro dele, mais precisamente. Imagino o quão detestável você é para se apresentar no escritório do diretor logo na primeira noite aqui. O que você fez criança?

- Já entendi porque você era o mais odiado. - Respondeu, empinando o nariz, não tinha simpatizado nem um pouco com Fineus. - Eu não fiz nada, vou tratar de assuntos com Dumbledore, sobre um problema que tenho.

Aparentemente ser chato e rabugento é coisa dos Black e dos Malfoys.

- Ah! Esses jovens de hoje! Empinam o nariz para qualquer coisa que falemos, como criancinhas mimadas.

- Meça suas palavras quando falar comigo, eu passo longe do que o senhor considera ser uma "criança mimada". - Bateu o pé, odiava quando tinham um pre-conceito em cima de si achando que ela era algum tipo de princesa por causa do seu nome, e ele ao menos sabia de sua descendência e já a julgava como mimada assim como todos que sabem dela.

- Oras, e quem é você, afinal? - Ele perguntou com desdém.

- Meu nome é Stella Black Malfoy, me trataria com tal desrespeito se soubesse antes de meu sobrenome?

A face dele rapidamente mudou, se tornando mais pálida, porém abrindo um sorriso meio torto.

- Uma Black Malfoy? Por que não dissestes antes querida, faz-se um tempo dês que não vejo um entrando por estas portas! - Stella ficou indignada, era realmente um sujeitinho cara de pau!

- A sério?! Vai mesmo me tratar diferente por causa do meu sobrenome? Isso não é algo que se faça, mas idiotice pega em qualquer Black e Malfoy mesmo.

- Está ciente que você mesma se inclui nesse seu próprio pensamento?

- Apesar de odiá-la, nunca negarei minhas origens, Black e Malfoys são idiotas por natureza, alguns mais que outros apenas. DNA de personalidade é herdado em 40% dos pais, é apenas questão de tempo para alguns fazerem alguma merda. - Respondeu divertida e Fineus deixou escapar um sorriso.

- O que veio tratar com o diretor, afinal? - Essa garota, Stella, ela interessou Nigellus, era uma Malfoy diferente. A mesma sorriu, afinal esse quadro não era tão chato.

- Fui mordida aos quatro anos por um lobisomem, se é o que quer saber, vim tratar da minha estadia aqui nas noites de lua cheia. - Os quadros que fingiam dormir ofegaram, o que estava conversando com ela fez uma careta.

- Você não é a primeira aluna "especial" que Albus trás para o castelo. Já aconselhamos a ele, isso é um perigo para os alunos!

- Olha, temos a mesma opinião finalmente. - Stella sorriu, o quadro retribuiu e então Dumbledore entrou na sala.