Put your gun down!

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— Levi —

Fiquei na varanda até dar o horário de me arrumar. Pensei nas mesmas coisas que vinha pensando: por que Kenny a acolheu? O que ela tem de especial?

Não vi quando o tempo passou e estava atrasado dois minutos para tomar banho. Fui para a minha suíte e lá eu tomei um banho quente e pus o uniforme de policial.

Assim que sai do quarto fui direto para a cozinha preparar um café da manhã decente. Já estava quase na hora de ir quando eu lembrei da existência da garota.

Fui até o seu quarto e bati na porta. Ela não respondeu.

Bati uma segunda vez. E de novo, silêncio.

Girei a maçaneta lentamente e abri a porta. Ela estava lá, toda jogada na cama, com cabelo no rosto.

A vontade que tive foi de jogar um balde d'água na cara dela. Porém molharia o chão inteiro (mesmo que fosse ela quem iria limpar).

A outra vontade que tive foi de deixá-la dormindo. Mas Erwin me mataria.

Aproximei-me da cama e a observei. Olhando assim nem parecia o cão que ela era quando acordada.

- Oe! Garota, acorda.

Nada. Nem mesmo se mexeu. Maldita...

Fui até a cozinha e peguei uma panela e uma concha de inox. Voltei ao quatro e comecei a bater. Tsc, esse barulho era terrível. Felizmente ela acordou.

- Oi?! To acordada!

Quando viu o que eu estava fazendo, mudou a expressão de assustada para irritada.

- Seu arrombado de merda! Caralho me deixa dormi!

- Adoraria não ter a sua presença pelo o resto do dia, mas ordens são ordens. E a onde eu for, você é obrigada a ir.

-Maldito seja.

Quebra de tempo...

Chegamos na delegacia em questão de quinze minutos. Todo esse momento ela ficou calada e segurando na parte de trás da moto. Chegou um momento que eu até tinha esquecido que ela estava na garupa. Teve outro momento que eu achei que ela tivesse pulado da moto, infelizmente não foi o caso.

Logo que entramos vi Erwin na recepção conversando com Eren e Armin. Aproximei-me do Comandante de maneira sútil para que o mesmo percebesse que eu já havia chegando mas que eu não iria atrapalhar a conversa.

- Bom dia, moça! Posso ajudá-la em algo?

Ouvi a voz de taquara do Jaeger e olhei para a direção que ele olhava. Foi quando notei que o garoto falava com Milla.

- Na verdade... não. Estou apenas acompanhando o Cabo.

- Compreendo... caso precise de algo, sou Eren Jaeger. Qualquer coisa, é só gritar por mim.

Milla ficou calada, entretanto, ela lhe sorriu. Um sorriso grande até.

Logo depois ela me seguiu até a minha sala. Entramos na mesma e ela sentou-se no sofá que lá havia.

Comecei a terminar de escrever um relatório. Ainda tinha dois para fazer. Seria uma maravilha se esse traste ficasse no canto da sala e de boca fechada. Mas não... ela tinha que fazer algo.

- Tá fazendo o quê?

Fiquei calado.

- Ei, eu to falando contigo, cara.

- Você pode por gentileza, calar a merda da tua boca?

- Grosso.

Inocente sou eu que pensava que depois disso ela se aquietaria. Ela levantou-se e começou a rodar pela minha sala. Olhou a estante cheia de livros, os armários onde eu guardava os relatórios.

Ela veio andando até min, ficou atrás e do nada, simplesmente do nada, começou a me fazer uma massagem nas costas.

- Que merda você está fazendo?

- Isso se chama massagem.

- Tsc. Disso eu sei, sua anta. Mas por que diabos está fazendo isso?

- Porque eu quero? Quer que eu pare é?

- Meu sonho.

- Ok. Seu pedido é uma ordem.

Logo ela saiu de trás de mim e voltou para o sofá que estava antes.

Novamente achei que teria o meu momento de paz, porém Erwin entrou na sala rapidamente.

- Levi! Precisamos que vo... (Erwin parou de falar assim que notou que Milla estava na sala) Precisamos que você, Mikasa, Hange e Eren se infiltrem em uma festa.

- Por que nós quatro e que festa?

- Na verdade, são cinco... (Mais uma vez ele olhou Milla, logo em seguida continuou) Seis. Como é uma festa de alta classe, estaremos em pares. Eu e Hange, Mikasa e você, Eren e Milla.

Não... ele não estava pensando em levar esse pedaço de merda inútil.

- Tenho fontes confiáveis que disseram que alguns contrabandistas estariam lá para pegar... quero dizer, roubar, um quadro que vale mais de setecentos mil dólares.

- Não é uma missão grande, mas também não é pequena. Por que diabos quer levar essa garota para a missão, Erwin?

Ele tinha que estar brincando. Falharíamos miseravelmente se ela estivesse conosco.

- Acho melhor eu ficar naquela cela imunda enquanto o estressado aí está fora.

- Acontece, senhorita Ackerman, que o Levi é Cabo e eu sou Comandante. Logo, não só sou o seu superior, como o dele também. E exijo a sua presença nessa missão.

O quê..? Algo estava muito errado. Erwin não era de abusar do poder dele de uma forma tão... ignorante. Quem eram os contrabandistas? Quem eram essas fontes? Ele nunca falou que as tinha. O que ele sabia e não queria falar? O que ele esperava que acontecesse lá?

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OIIIIIIIEEE! Voltei! Desculpa a demora. Eu não havia preparado outros capítulos com antecedência. E tava sem criatividade para fazer esse.

Enfim... está aí! Espero que tenham gostado!!!

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