Capítulo 30

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Falar essas palavras pra Maite, foi como tirar um peso dos meus ombros. Eu precisava disso, eu preciso dela.
- Uhum...
– Levantei a cabeça e dei de cara com lindos olhos cor de jabuticaba  me olhando.
- Oi... – Ela disse com a vozinha fraca. - Oi, minha princesa. – Sorri.
- Por que está chorando?
– Me perguntou confusa.
- Porque tenho você na minha vida. Recebi um sorriso fraco, mas verdadeiro.
- Senti sua falta!
– Ela me disse com seu jeito encantador.
- Eu sempre estive aqui. – Acariciei seus lábios. – Quer alguma coisa?
- Sim.
- O que?
- Ser castigada. – Disse sorrindo.
- O castigo teremos que esperar até você receber alta, sua safadinha. – Ri. Maite foi rir comigo, e reclamou de dor. Soltei sua mão pra chamar uma enfermeira, mas fui impedido com seu pedido.
- Não, fica comigo! Por favor? Vai passar.
- Maite , eu preciso chamar um médico.
– Segurei sua mão novamente.
– Você acabou de ser transferida.
- Por favor... Não me deixa! Eu sabia que o certo a fazer, seria chamar um médico. Mas, eu não podia negar um pedido da minha princesa.Me aproximei e lhe dei um beijo casto nos lábios.
- Ok, mas quero que descanse.
– Beijei seu nariz. – Agora durma, quando você acordar vou estar aqui. – Maite me olhou em dúvida.
– Prometo, não vou sair do seu lado.
– Minha princesa concordou sorrindo e fechou os olhos, pegando no sono novamente. Sentei na cadeira ao lado da cama, e fiquei segurando suas mãos. Depois do susto e da dor de quase perdê-la, eu tinha duas opções. Ficar com Maite e acabar destruindo sua vida com meus segredos, ou deixa-la evitando que ela se machuque de novo.

Dor... Muita dor, e William  correndo desesperado em minha direção são as últimas coisas que me lembro antes de bater com minha cabeça no chão e desmaiar. Agora sinto minhas pálpebras pesadas, uma pontada leve na cabeça e minha garganta seca, como se eu não bebesse água há dias. Tentei abrir meus olhos, mas desisti no instante em que a claridade me atingiu com tudo. Ouvi uma vozinha e logo reconheci como a de Mari.
- Olha, mamãe! Como Maite ficou bonita com esse batom rosa.
- Mariana... Pelo amor de Deus! É só eu virar as costas e você apronta.
– Ouvi minha mãe reclamando.
- Não estou aprontando. A Mai ficou mais linda assim, né príncipe?
– Ouvi uma risada cansada e rouca, com certeza era do meu amor.
- Sim. Mais linda ainda.
– De repente, meu coração se encheu de alegria por saber que ele estava ali como havia prometido, junto com minha família. Senti as lágrimas quentes em minhas bochechas.
- Ih... A Mai está chorando. Por quê?
– Perguntou minha pequena. Fiz força e lentamente abri meus olhos. Minha mãe chorava com um lencinho na mão. Era uma das coisas que ela fazia quando estava preocupada.
– Oi, Mai! – Mari me recebeu com um lindo sorriso.
- Oi, rainha Elsa! O batom ficou bonito em mim?
– Perguntei emocionada por ver o seu rostinho.
- Muito! Fui eu que escolhi.
– Pegou minha mão e levou até o seu rostinho. - Então, com certeza estou parecida com uma princesa da Disney.
– Mari me deu um sorriso como resposta.
- Ah... Minha bonequinha! Que susto que você nos deu.
– Meu pai disse, beijando minha testa. – Não faça mais isso, porque juro que se você fizer, lhe darei a primeira surra da sua vida.
– Disse limpando as lágrimas.
- Serei uma boa menina daqui pra frente, Sr. Francisco.
– Sorri. - Mentirosa!
– Foi a vez da minha atriz. – Você nunca foi boa em cumprir promessas. Não faça mais isso, tem noção dos anos que eu envelheci?
– Sorriu limpando as lágrimas. Se aproximou de mim, esfregou o nariz no meu e beijou minha testa.
– Mamãe, te ama demais!
- Eu te amo muito mais! – Eu disse. Procurei por William e ele estava próximo a janela observando a cena familiar, apesar de estar com um sorriso no rosto, seu olhar era triste. Sua barba estava por fazer e seu cabelo mais bagunçado que o normal. Achei que fosse coisa da minha cabeça, mas agora olhando pra ele, o que eu pensei que tivesse sido um sonho foi real. William  estava vestido do mesmo jeito quando eu abri meus olhos e pedi que ele ficasse. Calça jeans e blusa de manga comprida cinza. Lembro dos seus carinhos, sua preocupação, suas lágrimas e de... De William dizendo que me ama. Lembrar dessas palavras tão especiais ditas por ele, me fez chorar de soluçar. William  rapidamente se afastou da janela e veio praticamente correndo em minha direção. Me estudou com o olhar e franziu as sobrancelhas, entendendo que eu queria falar algo, mas não na frente da minha família. Passou o dedo de leve na minha bochecha, me fazendo fechar os olhos e sentir seu toque em minha pele. Carinhos esses que eu tive muito medo de perder e não sentir mais. Meu pai deu uma tosse fingida, e chamou Mari pra tomar um sorvete.
- A Maite pode tomar um, pai?
- Não sei, minha bonequinha. Podemos perguntar ao médico.
– Olhou pra mim e deu uma piscadinha.
– Vamos, minha flor?! - Claro.
– Minha mãe sorriu ainda emocionada.
– Quer alguma coisa, filha? Mamãe trás.
- Uma cerveja. – Sorri com sua cara de susto.
– Calma, mãe! Estou brincando. Só estou com um pouquinho de fome.
- Vou te contar... Você não tem jeito.
– Falou aborrecida. – Vou ver o que eu posso fazer.
– Olhou pra William  e sorriu.
– Cuide dela, meu filho.
- É uma das coisas que mais amo fazer. – William  respondeu sem desviar os olhos dos meus, e minha mãe suspirou com um sorriso e nos deixou a sós. Sem nada dizer, levantei meus braços indicando o que eu queria e deixei o choro tomar conta de mim. Senti muito, muito medo de perder tudo queeu tenho, principalmente as pessoas que eu amo. Mas, o maior deles foi perder um amor que eu estava começando a viver. Eu não sei como, mas William  se tornou parte de mim, parte de quem eu sou e do que me tornei quando ele entrou na minha vida. Eu o quero pra mim, com meu coração.
- Hey, minha princesa! Não chora.
– Limpou as lágrimas que caiam sem permissão.
- Fiquei com medo de não poder mais te ver. De não ter oportunidade de olhar nos seus olhos e dizer o quanto você é importante pra mim, William . – Achei que era o momento de dizer tudo o que meu coração estava sentindo. As vezes é necessário a vida nos dar um susto, pra tomarmos coragem e dizer o que sentimos. Puxei, William  para mais perto e senti o cheiro gostoso que emanava do seu corpo.
– Você foi a melhor coisa que me aconteceu. Nunca pensei em ter um homem tão louco, possessivo, controlador, dominador, perturbado e tão, mais tão maravilhoso assim como você. No começo eu sentia raiva de mim por estar sendo fraca ao ponto de deixar você roubar tudo de mim. Você me mudou, e posso dizer que pra melhor. Se eu tivesse que viver tudo desde o início, mesmo sabendo que eu passaria por esse susto só pra te ter em minha vida, eu viveria tudo sem pensar duas vezes. Sabe por quê? – Olhei em seus olhos. William  chorava, enquanto ouvia cada palavra que eu dizia. Seu olhar era um misto de alegria e tristeza. Minha voz estava baixa e rouca. Ao mesmo tempo em que meu coração gritava de alegria por estar aqui com ele, eu estava com medo. Era como se tudo isso, não fosse nada perto do que poderia acontecer. Espantei esses pensamentos e falei sem medo.
– Eu te amo. Te amo como nunca amei ninguém, estou completamente apaixonada por você.
- Minha princesa... – Não deixei que ele terminasse.- Faz amor comigo?
– William  me olhou assustado, e quando viu que eu não estava brincando, me presenteou com um lindo sorriso.
- O que eu faço com você, sua safadinha?
- Amor. – Sorri.
- É, tudo que eu mais quero. Mas, você ainda está se recuperando e eu não quero machuca-la, muito menos tirar seu batom de princesa.
– Brincou comigo beijando meu nariz. - Só irmos com calma.
– Devolvi o beijo e William fechou os olhos gemendo baixinho.
– Posso ficar sexy com a boca borrada, o que acha? William  me olhou mais uma vez, e se afastou de mim. Por um momento, entrei em desespero.
– Eu sei que eu não podia fazer esforço, mas podíamos ir bem devagar. Eu estava morrendo de saudade dele. – Ele foi até a porta e trancou, me fazendo sorrir como uma boba.Meu corpo tremeu em expectativa, quando vi seu olhar cheio de amor e desejo. Caminhou lentamente em minha direção, parou ao meu lado e acariciou meus lábios aproximando a boca da minha. Antes de me beijar olhou bem nos meus olhos, me provocando uma ansiedade fora do normal, sorriu e mordeu meu lábio inferior. Tirou o lençol que cobria meu corpo e colocou de lado, passando a mão nos meus braços, barriga, até chegar na barra da camisola de hospital que eu vestia e levantar acima dos meus seios. Beijou minhas coxas, minha barriga, mordeu de leve minha mão esquerda que agora acariciava seu cabelo, até chegar aos meus seios. William beijou, lambeu e chupou cada um deles com toda a calma que conseguia. Arqueie minhas costas pelo prazer e pela saudade de sentir sua dedicação ao meu corpo. William  me abandonou, me deixando com a respiração ofegante e querendo mais. Minha dançarina estava ansiosa pra sentir seu caminho da perdição. Eu sentia fisgadas gostosas, fazendo com que eu pressionasse uma perna na outra. William  abriu a calça e quando eu vi seu pau maravilhoso completamente pronto pra mim, lambi os lábios lembrando do seu gosto em minha boca. Meu amor sorriu curtindo minha reação. Abri minhas pernas, dando espaço pra que William pudesse entrar no meio, mas antes, ele passou o dedo no meu clitóris arrancando um gemido alto de mim.
- Shiii... Não tire de mim o controle que estou lutando pra manter.
– Falou beijando minha boca e cheirando meu pescoço.
– Agora vou entrar em você bem devagar, minha princesa. Quero sentir cada espaço da sua bocetinha quente e gostosa. William  se ajeitou e entrou em mim de um jeito lento e torturante. Abracei seus ombros largos, e me agarrei a ele como se fosse minha salvação. Aos poucos começamos a nos mexer, até que o prazer nos consumiu por completo. Agora eu estava com minhas pernas presas em volta da sua cintura, com ele se movimentando um pouco mais rápido, segurando meu rosto entre as mãos enquanto me beijava com amor e paixão.
- William ... Eu estou perto, muito perto!
– Falei me agarrando com força a ele. - Eu também, minha princesa! Seus movimentos foram mais intensos, tocando uma parte muito sensível dentro de mim. Busquei sua boca, e gozei falando seu nome baixinho.
- Goza pra mim, meu amor! – Pedi mordendo sua orelha. - Ah... Maite! Fala pra mim?
– William  me pediu e por um segundo eu fiquei perdida até entender o que ele queria dizer. O abracei com mais força e disse:
- Eu te amo! – Falei olhando em seus olhos.
- De novo... – Senti que ele estava perto, muito perto. - Eu te amo...
– Foi o que William precisava. Meu amor gozou olhando nos meus olhos, e escondeu o rosto eu meu pescoço. Ficamos abraçados por um tempo, até que eu senti seu corpo tremer.
– William , o que foi?
– Ele não respondeu. – Fala comigo, por favor. William  me olhou, e eu pude ver pela primeira vez o meu Sr. Perdição frágil e indefeso.
- Eu estou bem. – Sorri.
- Não quero mais passar pelo o que passei, Maite . A sensação de tê-la em meus braços sem vida foi a pior que pude sentir em toda minha vida.
– Agora eu chorava com ele.
- Eu vou cuidar de você, vou fazer o que é certo.
- Como assim?
– Meu coração apertou.
- Eu te amo, nunca duvide disso.
– Me beijou como nunca havia beijado.
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Continua......

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