Uma Adolescente Suicida {Concluído}

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Uma semana antes...

No meio de milhares de alunos, no ginásio, lá estava eu, em mais um dos anúncios que o diretor queria dar

—Bom dia alunos — Ele bate a mão algumas vezes no microfone, até um barulho ensurdecedor invadir nossos tímpanos — Queria dar-lhes um breve aviso. O colégio estará fechado durante toda a próxima semana, o motivo é a manutenção que daremos em toda a estrutura do colégio. Tenham um ótimo dia — Ele diz se afastando do microfone e se dirigindo para fora do ginásio

Todos os alunos comemoravam, dando gritos, assobios, e eu? Só revirava os olhos mesmo

—Nossa, que bom que ficaremos esse tempo sem aula — Diz Austin

—Sim — Digo e lhe mostro um breve sorriso —Vamos? — Perguntando indicando a saída com a cabeça
Ele assente

Ele segura minha mão e entrelaça nossos dedos

—E se a gente fosse em uma lanchonete? Estou com fome — Austin sugere e eu concordo balançando a cabeça — Perfeito! — Ele me puxa, correndo entre o mar de pessoas aglomeradas na porta do colégio

—Você corre muito — Digo ofegante, enquanto paro para respirar, com as mãos nos joelhos e as costas curvadas

Ele sorri

—Eu te amo — Diz ele repentinamente e eu o encaro confusa

—Como assim, garoto?

—Só senti a necessidade de te dizer isso agora, de qualquer maneira, é uma verdade que precisa ser dita todos os dias — Eu sorrio, o olhando com ternura

—Eu também te amo — Digo passando a mão em seu rosto — Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida — Levo minha mão até sua nuca, deposito um beijo suave em seus lábios

Seu estômago ronca alto, estragando qualquer clima que houve ali

—Acho melhor nós entrarmos — Ele diz rindo e eu o acompanho

...

Em casa, faço algumas atividades pendentes, tomo um banho rápido e como uma tigela de cereal

Ouço meu celular vibrando
Número desconhecido

—Alô?

—Olá meu bem — Essa voz me paralisa, me congela — Como você está? — Depois de tantos anos...— Me responda, sua vadia! — Ele grita

—E-eu estou bem

—Boa garota, assim mesmo que eu gosto. Continua obediente — Eu estremeço — Quando vamos nos encontrar?

—Espero que nunca — Digo com puro desgosto na voz

—Mas se depender de mim, será agora mesmo — A porta é aberta lentamente, revelando a pessoa mais assustadora que já conheci na vida — Aqui é bem pior do que a descrição que sua mãe me deu

Eu não acredito que ela foi tão cruel a esse ponto

Ele guarda o telefone no bolso
Com um sorriso diabólico no rosto, ele vem até mim

Seus passos são lentos, mas, pesados
Eu vou me afastando conforme ele vai se aproximando

Em pânico, tento correr até o quarto, mas ele me agarra pela cintura

—Antes de te matar, vou me divertir um pouquinho — Um sorriso surge em seus lábios —Você está muito mais gostosa desde aquela época — Ele diz tirando minha blusa, tento me debater, em vão — Que delícia — Abocanha meu seio, mordendo fortemente

Grito de dor

—CALADA — Ele grita e em seguida, ri — Brava como naquela época...algumas coisas nunca mudam — Penetra dois dedos em minha vagina
Me contorço pela dor causada

Passaram-se 5, 15, 30 minutos e nada dele parar

Cansada disso, reúno todas as minhas forças e o empurro
Talvez tenha sido pela adrenalina, ou porque Deus teve misericórdia de mim, mas eu consegui derrubá-lo e sair do quarto de hotel

Nua estava
Corri, como se não houvesse amanhã
E talvez...não houvesse mesmo