Capítulo 07 - Jenny

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Eu fui direto até o bar, precisava de uma bebida urgente e tinha que ser forte

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Eu fui direto até o bar, precisava de uma bebida urgente e tinha que ser forte. Não procurei pelo Alex para saber se ele estava por ali, eu sabia que não estava. Depois do que acabou de acontecer eu tenho certeza que iríamos nos evitar ao máximo. O bartender, um garoto de cabelos cor de mel e olhos escuros que parecia ser bem novinho, se aproximou de mim. Com certeza essa deveria ser a sua primeira vez em uma festa desse porte. E antes que ele abrisse a própria boca e falasse alguma coisa eu nem deixei ele falar:

— Seguinte, querido: eu quero um shot de Vodka e sempre que você ver o copo vazio você vai encher ele de novo. Combinado? — Ordenei para o menino que saiu apressado e voltou rápido com a primeira dose. Virei de uma vez só e o encarei esperando por mais. Ele recolocou a Vodka e eu mandei para dentro em apenas um gole novamente. Não, ainda sentia o gosto do Alex na minha boca... essa seria uma longa noite!

— Epa, você tá virando esses shots como se fossem água. — Sarah me encontrou no bar quando eu estava a meio caminho da quarta dose. Seu tom de voz surpreso e ao mesmo tempo preocupado me dizia que ela deve ter visto o Alex em algum lugar e deduziu que nós dois em um espaço fechado só poderia estar fadado a dar merda. Porra, eu tinha mesmo conhecido esse cara hoje? Porque já parecia fazer uma eternidade. — Quer me contar o que tem de errado?

Me preocupei em virar mais um shot de Vodka antes de responder. Eu tinha sorte de ter uma boa resistência ao álcool, e ainda assim eu não achava que virar cinco shots seguidos de Vodka seria uma boa ideia. Felizmente esse era um problema para a Jenny do futuro. Meu cérebro repassou imagens de Alex e eu gemi afundando a testa no bar e batendo o copo vazio para que o garçom o enchesse mais uma vez. Que porra tem de errado comigo?, encarei Sarah ao meu lado que ainda esperava por uma resposta.

— Acredite em mim... Você não quer saber. — Eu disse da minha patética posição com a cara afundada no tampo do balcão. Ela arqueou a sobrancelha para mim sem se deixar intimidar.

— O que você fez agora? — E quando eu não respondi com nada além de um gemido frustrado, ela continuou — Mais amassos quentes com Alex Harris no elevador? — Eu quase engasguei com o meu novo shot, recolocado na minha frente. Estava tão óbvio assim?. A Vodka desceu tão mal que eu tossi forte tentando me recuperar, a garganta arranhando. Sarah apenas revirou os olhos para a cena ridícula a que eu estava me sujeitando.

— Ah pelo amor de deus, Jenny. Eu não sou idiota. Só haviam vocês dois lá dentro, seu cabelo está uma bagunça, sua roupa está amassada e seu batom tá meio borrado. Ou vocês transaram para caralho lá dentro ou rolou alguma festa de arromba sinistra nos últimos vinte minutos que te transformou em uma ressaca ambulante. E já que você está bebendo como se quisesse entrar em coma alcóolico eu diria que a ressaca vai vir depois.

— A gente não transou. — eu respondi automaticamente, como se meu cérebro sentisse real necessidade de reafirmar isso. Não sei dizer se ele estava feliz ou decepcionado. Havia uma pontada de arrependimento no fundo da garganta que me forçou a virar o resto do shot para espantar isso de mim. Sarah estava me dando aquele olhar de "ah, meu anjo, eu só acredito vendo". Revirei os olhos e expliquei sob dentes cerrados — A gente chegou bem perto, mas não transamos.

Alex HarrisWhere stories live. Discover now