Capítulo 19- Confissões

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Boa leitura❤️


-Hoje não vou para sua casa. - avisei a Lisa quando estávamos indo para saída da escola. - Minha mãe pediu.

- Talvez ela conversou com seu pai nesses dias. - confirmei com a cabeça. - Então boa sorte.

Nos despedimos e cada um foi para seu lado, eu fui para o ponto de ônibus, já que um iria para rua da minha casa.

Milhões de coisas passam na minha cabeça do que pode acontecer quando chegar em casa, a maioria é tudo negativa, acho que um porcento seria positivo.

Enquanto o ônibus faz o seu percurso de sempre, eu espero chegar ao ponto que eu desço, já estava ficando estressado com as crianças gritando e tacando bolinha de papel.

Desço do ônibus levantando a mão por ter descido do transporte do inferno. Caminho dois quarteirões da minha casa, meu coração bate tão rápido.

Eu estava sem chave, então toquei a campainha. Não demorou muito para minha mãe atender.

- Ainda não foi trabalhar? - disse ainda na porta.

- Entra filho, é sua casa. - ela abre a porta para eu passar. - Eu te chamei, porque seu pai quer falar com você.

- Eu já imaginava. - suspirei, não por desinteresse e sim de medo.

Fui até a sala caminhando lentamente, ele estava lá, suas olheiras bem visíveis, sua barba desalinhada, como se não cuidasse.

- Taehy. - ele fala me olhando. - Por favor sente-se.

Fui até o sofá sentando um pouco distante, mas ficando frente a frente, do sofá pude perceber que fazia de sua cama.

Eu não o encarava, eu fitava alguma coisa que me chamava atenção, mas não olhava nos olhos dele. Me sentia um pouco envergonhado. Minha mãe estava de pé, no batente do pilar.

- Bom, para começar eu quero te pedir desculpa. - ele disse soluçando, olhei para ele e suas lágrimas começaram a cair de seu rosto. - Desculpa não, perdão. - ele se corrige. - Eu estava pensando mais em mim do que você.

Eu estava em silêncio ouvindo o que ele falava. Eu não conseguia ver as pessoas que eu amo chorando, eu já estava derramando as minhas pelo meu rosto.

- Eu me importava com o que os outros poderia falar. - ele respira. - Mas não me importei com o que você quer. Pelo garoto que você é. Eu acabei desvalorizando você, achei que estava doente. - ele falava. - Doente é esse mundo maldoso, que impõe diferença em amores e o amor é a própria cura. As pessoas precisam se amar mais para se curar. Eu preciso te amar muito mais para me curar.

Eu não aguentei e eu fui em sua direção dando um abraço a ele, ali mesmo chorava e muito. Fiquei impressionado com a mudança que ele teve ao respeito, graças a minha mãe.

- Eu apenas quero você seja feliz, não ligue o que os outros falem. - ele me olha nos meus olhos - Siga o seu coração e quem você escolher para ser feliz, eu estarei feliz. Você é um garoto bom e só pensei coisas ruins, você sempre será ser meu filho e eu o amo.

- Eu também amo você, pai.

Novamente ele me abraça, minha mãe chorava também, tudo está resolvido. Quase tudo, eu precisava ainda falar com o Jungkook. Isso se ele quiser falar comigo.

- Você pode voltar para casa agora? - ele pede. - E só saia quando você sentir a vontade. - dou um sorriso fraco e limpo o meu rosto.

- Eu busco depois as coisas com Lisa, eu preciso falar com o Jungkook. - eu me levanto.

- Ei, filho. - ele me chama antes de eu passar pela porta. - Tem certeza que não tem nada com ele? - ele me pergunta.

- Talvez. - deixei a resposta no ar. - Isso é assunto para mais tarde.

- Pode ir com o carro, sua mãe não vai trabalhar hoje. - ele fala, sua disposição já estava melhor quando cheguei.

- Obrigado. - fui até o chaveiro e peguei a chave do carro.

Fui até o carro dei a marcha ré e sai da garagem, coloquei na primeira e acelerei fundo. Se meu pai não tivesse liberado o carro eu estaria indo de ônibus.

E com o carro é rápido, passo pelo parque e depois de alguns quarteirões entro na rua de Jungkook. Estacionei o carro na frente dele e sai do carro, acionei o alarme e fui em passos rápidos.

Espero que ele esteja em casa.

Quando fui tocar a campainha, a porta abre abruptamente me assustando, Jungkook também se assusta.

- Tae. - ele fala meu nome.

- Oi. - digo. - Ia sair? - eu não iria atrapalhar o seu dia.

- Eu ia para sua casa. - ele fala. - Entra. Só não repara na bagunça.

Passei pela porta, vi que seu pai não estava, a casa não estava tão bagunçada, apenas desorganizada. Ele subiu a escada, e eu também fui.

Entramos em seu quarto, da última vez que eu vim aqui era azul, estava em cor cinza. Era muito difícil eu vim para casa de Jungkook, já que ele vivia em casa.

Ele se sentou na cama dele, e eu sentei na cadeira da escrivaninha, o silêncio mortal estava. Como é que se conversa mesmo?

- Eu queria falar com você. - dissemos junto quebrando o silêncio.

- Fala você. - repetimos novamente.

- Tá, fala você. - falei para ele.

- Ta bom, eu sei que eu não mereço seu perdão. Eu não sabia o que fazer, eu não queria ter me afastado, porem, Jihyo propôs que eu ficasse longe de você ou contaria para você, eu iria contar depois, da certeza. Mas fui enganado pela Jihyo - ele fala olhando para janela e depois olha para mim. - Também comecei a trabalhar, dei uma entrada em meu carro e minha rotina mudou sem você, eu queria está com você.

- Assim como a minha. - disse triste. - Eu não tinha o que fazer, eu fiquei muito abalado e falar daquele jeito com você me partiu meu coração.

- Eu merecia. - ele concorda. - Eu estava me intrometendo demais na sua vida, eu só queria você para mim, assim como ainda eu quero.

- Como assim?

- Kim, eu sou apaixonado por você. - ele riu. - E você não percebe isso. Me desculpa ter feito você chorar, meus dias foi horríveis sem você, te ignorar foi a pior coisa, eu não quero deixar mais você.

- Kookie. - criei força para falar. - Eu jurava que você era só meu melhor amigo, você sempre me cativou, porém, esse sentimento estava escondido e eu vi que estava gostando de você... Até você me beijar eu tive a certeza que eu estava realmente amando você...

-Tae, eu me lembro do beijo. - ele fala sorrindo. - Você acha que eu te perguntei o que você achou por que? Eu estava super interessado. Eu senti algo diferente Tae. Me sentia mais vivo, uma eletricidade passava entre nós. - ele se lembra, sorrio por isso. - Mas acabou tendo esse episódio que eu nem quero mais viver, vamos esquecer tudo isso. - ele se levanta em minha direção e acabo levantando junto.

Ele me dá um abraço que me faz meus pés ficar suspenso, estava com saudades disso, apertava forte seu corpo grande. Ele me solta e vai até a mochila e me entrega uns papéis, mas tinha textura diferente.

- O que é isso? - disse virei e era as fotos. - O que?

- Quando eu vi isso eu perdi a cabeça, eu estava morrendo de ciúmes por dentro. Vendo outra pessoa te tocar, aliás, a maldade das pessoas que fazem isso. - ele aponta para fotos. - É por isso que eu te protejo Taetae.

- Então voltamos a ser amigos? - perguntei.

- Eu não quero ser seu amigo. - ele se próxima mais de mim. - Eu quero ser seu namorado.

Ele segura meu rosto com suas duas mãos e beija meus lábios suavemente.


☑️☑️☑️

Espero que gostem❤️

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