Capítulo 4

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" Tenha um bom dia Milles"

Uma mensagem e pronto não consigo me concentrar em mais nada, isso é um péssimo sinal, mas eu não estou disposta a ficar imaginando como vai ser as coisas. Respondo a mensagem desejando um ótimo dia e decido evitar meu celular. 

Não sei se o que está rolando, mas esta aproximação do Dylan é algo que eu não estava preparada. Ele é doce e gentil e isso é tudo o que eu sei dele, mas mesmo assim não é o bastante. 

Volto atrás da minha decisão e pego o meu celular e sem pensar muito digito uma mensagem para ele.

" Estava pensando em você e cheguei a conclusão que não te conheço o bastante, quero mudar isso."

Se eu estou batendo bem da cabeça? Provavelmente não mas se tem uma coisa que aprendi com meus pais é que nunca devemos ficar no escuro. E eu não pretendo ficar no escuro por ninguém. 

A mensagem foi enviada mas sem nenhuma resposta e talvez seja melhor assim. Mas a quem eu quero enganar? Eu vou morrer de curiosidade e ficarei ansiosa por uma resposta seja ela positiva ou negativa, mas uma resposta cairia bem.

"...

Em casa depois de um longo dia me pergunto que merda que eu fiz? Não foi nada demais não é mesmo? Ou foi? Droga! 

Ligo a televisão em uma série aleatória apenas para me distrair, não está funcionando mas é melhor do que nada. 

- Ei Mils, to indo pra casa da Emma. - Eu nem me dou o trabalho de responder verbalmente apenas levanto o braço e faço um joinha e logo depois ouço a porta bater. 

"...

*Estou andando em uma fazenda enorme, consigo avistar cavalos correndo livremente, um enorme lago tão lindo, tiro os sapatos para sentir a grama gostosa assim como o sol que bronzeia minha pele. Os pássaros cantando em uma sintonia incrível, mas tem um canto diferente ao longe mas que vai ganhando força e ficando cada vez mais alto, e eu posso jurar que é o mesmo som da minha campainha. Droga!*

Praticamente pulo do sofá e levo uns segundos até minha alma voltar para o corpo, meu sonho estava tão bom, cheio de paz. Levanto meio cambaleando e vejo no relógio da sala que são 19h35 e eu penso que estava tão cansada que dormi profundamente. 

Duvido que William tenha esquecido a chave, deve ser algum vizinho pedindo algo emprestado. 
Engano meu, ali na minha frente estava ele com uma bermuda leve, um tênis esportivo branco e uma camiseta lisa também na cor branca. 

- Droga você estava dormindo, desculpa por te acordar. - Ele parece envergonhado e tenho certeza que as bochechas rosadas dele não são assim naturalmente.

- Eu estava assistindo uma série, está cedo pra dormir. - Mentirosa? Jamais, afinal eu estava mesmo vendo série e é cedo para dormir. 

- Tem certeza? Estou te atrapalhando? - Por algum motivo que eu desconheço ele parece nervoso e diria até que sem jeito. 

- Não, você não está, quer entrar? - Abro passagem e ele exita por um momento mas logo passa por mim indo para sala. - Sente- se. - Ele senta e eu pulo um acento antes de sentar ao seu lado. 

- Desculpa aparecer assim, sei que é a segunda vez que faço isso mas é que eu não sei o que ta acontecendo entre a gente e depois da sua mensagem eu acho que entendi. - Ele fica em silêncio e eu também, e esses segundos foram uma completa tortura. 

- E o que você entendeu ? - Tento não demonstrar meu nervosismo que só piora já que ele não diz nada. Ele não diz nada mas quando seus olhos encontram o meu ele me prende ali naquele momento. 

- Eu vou te beijar e eu espero muito que você não me afaste. - Eu não tive tempo de raciocinar.

Seus lábios estavam sobre os meus de maneira firme, logo o encostar de lábios não foi o bastante e ele passou a língua de maneira lenta sobre meus lábios que não tiveram outra reação se não abrir espaço. O beijo era lento, nossas línguas estavam entrando em sintonia, assim como nossos corpos.

O beijo que foi ficando mais urgente assim como nossas mãos, seu corpo me deitando cada vez mais no sofá. Podia sentir o peso do seu corpo e minhas mãos explorava suas costas definidas por cima da camiseta. 

Logo precisamos de folego, mas os beijos ganharam outra rota, ele beijava meu pescoço e eu podia sentir sua barba que estava despontando arranhando minha pele e isso é muito bom.

- Me pede pra parar. - Ele falando com a voz rouca em meio a uma respiração ofegante e eu fingi não ouvir, não quero que pare. - Milles, por favor se não for o que quer, me pede para parar. 

Eu não queria parar, depois de anos em "Celibato" a última coisa que eu quero é parar, mas droga eu sei que não devo, pelo menos não assim. 

- Por Deus Milles, diz algo porque se eu avançar mais um pouco eu vou perder o controle e antes que me pergunte eu não quero parar. - Ele fixa os olhos em mim e eu quase jogo tudo pelo os ares. 

- É melhor pararmos por aqui. - Ele toma folego e antes de levantar me beija de forma voraz dessa vez e eu consigo sentir sua ereção enquanto seu corpo está colado ao meu, mas logo ele levanta e senta na poltrona do outro lado. Me olhando sedento, posso ver o desejo em seu olhar e tenho certeza que o meu está do mesmo jeito. 

- E agora que você me diz que eu preciso ir? - Ele brinca e lá esta seu sorriso doce. 

- Por mim você não iria. - Certo Harper, da onde tu tirou essa cara de pau? 

- Milles, não joga assim comigo eu tenho experiência com fogo esqueceu? - Ele pisca e caralho eu tenho certeza que minha calcinha já era, não tem mais salvação.

- É bom ter um bombeiro aqui, acho que minha cama está perto de começar um incêndio. - É oficial eu enlouqueci, eu estou mesmo flertando na cara dura. 

- Então eu acho que deveríamos checar isso, tenho certeza que posso dar conta. - É sério que eu tive a cara de pau de falar para parar e agora estou flertando descaradamente e pronta para levá-lo para o meu quarto? Sim.

- Eu te mostro o caminho. - Quando levanto para ir para o segundo andar a porta se abre e lá está William, Donovan, Emma e mais uma garota que eu não conheço. Olho rápido para Dylan e eu o vejo cruzar as pernas enquanto segura uma almofada discretamente sobre o seu colo. 

- Ah que prazer te rever Dylan! Pessoal este é o Dylan amigo da minha irmã Milles que parece está bem corada com a nossa presença. - Eu vou socar o meu irmão que ri e se joga no sofá e seus amigos seguem o exemplo e é como um balde água fria no meus planos. 

- Desculpa a saída repentina mas fui chamado para uma emergência no quartel. - Dylan pula do sofá e da um aceno para o restante enquanto eu o sigo até a porta. 

- Desculpa por isso, espero que não seja nada muito grande. - Falo sobre a emergência e ele olha para dentro da casa antes de me beijar com desejo.

- Minha emergência é uma cama que está pegando fogo, mas infelizmente hoje não poderei averiguar, mas eu te vejo de manhã Milles. - Ele me beija e sai correndo e eu fico ali fora apenas para me recompor e tenho certeza que hoje só com banho gelado. 

Te vejo de manhãWhere stories live. Discover now