Prólogo

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Oito anos antes...

2010

Era um dia ensolarado em Nefarez, o reino inteiro estava se preparando para o grande dia. Todos estavam felizes porque o seu país em breve teria um novo Monarca.

Porém em um lugar de Nefarez, um jovem garoto de dezesseis anos estava de frente para o espelho, se olhando enquanto sua mãe ajeitava seus cabelos castanhos. Sorridente, pois adorava quando sua progenitora arrumava seus cabelos.

— Por que tenho que usar esse roupa? — mesmo sabendo que sua mãe havia feito aquele roupa com muito carinho, mas, a cor não era muito do seu agrado. Vermelho era uma das cores que Jimin gostava menos, mas ele não ousaria dizer isso para sua adorada mãe.

— Hoje é um dia importante. — sua mãe disse sorrindo. Jimin amava quando sua mãe sorria. — E você está lindo, querido.

— Você também está linda, mamãe. — olhou para sua mãe através do espelho. — Mas ainda não entendo porque tenho que usar esse conjunto.

— Hoje é um dia muito importante para o nosso país, Minie. — ela murmurou pacientemente. — Hoje o nosso país ganhará novos monarcas.

— Por quê?

Sempre tão curioso — Hanna pensou sorrindo enquanto se abaixou, ficando na mesma altura do seu filho.

— Para governar Nefarez, Minie. — fitou os olhos castanhos de Jimin. — Hoje haverá um casamento, onde o príncipe Jungkook se tornará rei e a sua noiva Akira, de Leandrina, a nova rainha.

— Não entendo mamãe, por que o nosso país ainda precisa de reis ou rainhas? Existem países que não precisam disso, possuem uma monarquia tão diferente da nossa. Por que não progredimos como eles?

— Por que esses outros países decidiram ter outras leis, culturas diferentes das nossas, já Nefarez preferiu continuar como antes.

Mesmo ainda sem entender Jimin aceitou a explicação de sua mãe. Porém, mesmo não entendendo tudo, o jovem sentia na pele as diferenças que existiam em seu país e questionava-se o porquê de todo povo ainda querer viver assim. Jimin sabia que em Nefarez existia a parte rica do país, onde as pessoas tinham mais qualidade de vida e possuíam muitos bens, em contrapartida, a parte desfavorecida do mesmo, as pessoas lutavam para sobreviver às más condições de moradia, miséria e a total falta de luxo – assim como o próprio Jimin e sua família viviam.

Park sentia raiva ao ver que o rei poderia fazer algo para mudar essa desigualdade, mas que preferia se fingir de cego para as necessidades do povo e continuar a bancar as várias festas luxuosas no palácio.

— Agora temos que ir, nós não podemos perder o casamento do príncipe.

Jimin não queria ir naquele casamento, ele preferia ficar em casa e ajudar sua mãe a fazer os doces. Mas ele sabia que não tinha escolha.

    (...)

Na catedral São Martini, onde aconteceria em poucos minutos o casamento do príncipe e da princesa. Jimin e os outros plebeus esperavam do lado de fora a passagem dos monarcas para dentro da igreja. Por não possuírem títulos nobres não podiam ver a cerimônia de perto, mas ainda assim, muitos pareciam conformados e alegres em apenas ver o rei e o príncipe de longe.

Jimin e os seus pais ficaram perto da ponte, a espera do grande momento e o garoto distraiu-se por alguns instantes encarou as águas cristalinas do rio, que refletiam os últimos raios de sol. Poderia ser eternizada em uma linda pintura, pensou o jovem.

Jimin olhou para a rua e viu a primeira carruagem – branca com o brasão da realeza na lateral à direita, destacado em ferro o S & C entrelaçados, de Santiago e Corcovar. Achava todo aquele espetáculo antiquado, uma baboseira. A família real poderia muito bem chegar ao seu destino em seus carros modernos, que todos sabem que eles têm.

Park conseguia ver a princesa Akira passar por ele, acenando de leve para todos com um sorriso no rosto, como mandava a etiqueta monarca, e ao seu lado um homem bem mais velho, seu pai, o rei Yan. Logo atrás vinha a segunda carruagem também branca com o brasão da realeza na lateral à direita, destacado em ferro o N & P, de Nefaz e Pares.

Park Jimin paralisou ao avistar o príncipe Jeon, de cabelos negros e pele clara, ele talvez não pegasse sol, pois o tom de sua pele era assustadoramente branca.

Belíssimo — pensou o garoto sorridente.

O semblante do príncipe era sério, ele só olhava para as pessoas e acenava, mas não sorria como a princesa, quando seu olhar de repente parou em alguém na multidão. Jungkook fixou os seus olhos no menino de conjunto de roupa vermelha.

A princípio ele franziu as sobrancelhas ao perceber que o jovem não deveria passar de um metro e sessenta e tantos, mas pelo garoto estar com o rosto virado para uma mulher, que deveria ser sua mãe, o príncipe só conseguia vê-lo de perfil, mas aquilo não o impediu de admirar.

Ele desejou como nunca contemplar aquele rosto angelical completamente.
Jimin virou-se mais uma vez para carruagem e encontrando os olhos negros encantadores do príncipe nele. Naquele momento, mesmo tendo pouca idade, Jimin soube que nada seria como antes, só não imaginava o que a esperava no futuro.

Mudanças virão para sempre.



Vendido Para o Rei - Versão JikookWhere stories live. Discover now