Rebelde - 4ª Temporada

episódio 108

“Ser rebelde é mais do que uma simples doença de adolescente, porque o verdadeiro rebelde sabe o valor que tem ser o dono do seu destino.” – Miguel Arango

Mia lentamente abre os olhos, tentava entender o que estava acontecendo, e pouco a pouco então começa a se dar conta de tudo que havia acontecido mais cedo.
Se sentia fraca e um tanto mal por causa dos remédios sedativos, mas conseguia se mexer.
Então devagar, ela levanta o lençol que a cobria, e vê um pequeno curativo na barriga, ela põe a mão por cima, e respira fundo.

A enfermeira entra no quarto e se depara com ela acordada.

Enfermeira: oi, bom dia. Já acordou. Eu.. eu vou avisar seu parentes, tudo bem?

Mia: onde.. onde está a minha filha?

Enfermeira: ela não está aqui. Você dormiu por um dia inteiro depois da cirurgia, e acordou hoje. Sua filha e o seu namorado vieram te visitar ontem. Os dois estão bem.

Mia: o Miguel, ele.. ele levou um tiro e...

Enfermeira: ele está ótimo. O tiro foi na perna, ele não correu perigo, já você... Foi um milagre.

Mia fica aliviada.

Enfermeira: vou avisar que você acordou. Já volto.

Mia: tá bem.

Marina entra rapidamente, com os olhos cheios de lagrima.

Marina: meu amor! Eu fiquei tão preocupada.

Ela vai até Mia e abraça ela.

Marina: eu te amo minha filha, muito. Meu Deus que susto tivemos.. como se sente?

Mia: sinto um pouco de dor, estou enjoada, meio tonta.

Marina: são os remédios, você dormiu ontem o dia todo. São remédios muito fortes.

Mia: é.. acho que sim. A Mel está bem?

Marina: sim, ela.. ficou chorando um pouco, dengosa, mas ela está bem. O Miguel está cuidando muito bem dela. e.. quanto à ele.. ele fez muito pra te salvar. Ele te trouxe ao hospital com a moto, deu muito trabalho.

Mia: eu achei que ele ia morrer...

Marina: você também salvou ele, mas quase perdeu sua vida, filha.

Mia: eu sei... - ela vira o rosto e escorre uma lágrima.

Marina: ele chorou muito quando te viu aqui... Foi difícil tirar ele quando te viu deitada, mas agora está tudo bem, vocês todos estão fora de perigo.

Mia: e meu pai? como... Como ele reagiu? Ele ficou bem? Ele.. ele tem aquele problema no coração e..

Marina: Mia.. seu pai, ele... Ele teve um ataque. Ele não pode saber que você está aqui e que tomou um tiro ainda. Ele foi operado, quase morreu.

Mia: MEU DEUS... MEU PAI.. ELE.. EU QUERO VER ELE!

Marina: Mia, se acalma. Fica calma! Você não pode ficar agitada.

Mia põe a mão sobre o rosto já chorando.

Marina: ele já está a salvo. Mas ele não pode ter fortes emoções, isso pose fazer o quadro clínico dele mudar. Vocês todos estão bem agora.

Mia: como bem? Olha como eu estou. eu quase morri. O Miguel quase morreu, a minha filha correu perigo, quase foi levada de mim, e meu pai que também quase morreu, e eu vi.. eu vi o meu ex marido morrer na minha frente.

Marina respira fundo.

Marina: eu sei, isso tudo foi trágico, mas agora estão a salvo. Menos o Antônio, mas foi ele quem causou tudo isso.