Egocentric [CONCLUÍDO]

21 capítulo

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Narração Cloe

Havia várias pessoas fumando, tanto maconha quanto cigarro. Também havia alguns garotos de pé em frente de garotas que faziam um movimento de vai e vem. E também algumas pessoas transando no salão sem a mínima preocupação.
E por fim, algumas pessoas estavam dançando, mas realmente eram poucas.

Me aproximei do bar e pedi uma tequila, o barman apenas assentiu. Ele era bem mais rápido que o outro, e em segundos e bebida já estava na minha mão.

- Obrigada gatão!- Murmurei encarando seus olhos azuis.

Assim que me virei, dei de cara com um garoto relativamente bonito. Ele era moreno dos olhos castanhos. Ele também tinha os seus 1,90 de altura. Ele estava com uma jaqueta igual a minha, uma calça jeans escura e um sapato que não consegui enxergar muito bem por conta da minha visão turva.

- Você é muito alto!- Soltei observando o seu sorriso com aparelho. A cor da sua borrachinha era azul. E estava bonito!

- Vou fazer disso um elogio, ok?- Ele disse e se sentou ao meu lado, e em seguida retirou um baseado do bolso.- Quer provar?- Ele perguntou e eu assenti.

Eu estava afim de experimentar coisas novas.

Ele acendeu e estendeu na minha direção. Eu mal sabia como segurar aquilo.

Ele me ajudou e eu traguei. Um gosto péssimo predominou na minha boca e eu rapidamente devolvi o baseado para ele.

Pedi outra caipirinha para tirar o gosto da boca e o barman logo me entregou uma que já estava preparada no balcão.

- Que rápido!- Soltei átona, pois o mesmo já tinha se virado para fazer outra bebida.

Uma música começou a tocar, e assim que ouvi os primeiros acordes, já saí do banco e comecei a pular.

A música era I wanna know. Essa música foi a minha preferida por meses, até eu enjoar dela.

Fui até o meio da pista e comecei a cantar com o meu copo de caipirinha na mão.

I've been hit by stars, a beauty you are, a beauty you are
Day turns into night, you light up my dark, you light up my dark.

Me aproximei de uma mesa e deixei o copo lá. E voltei para a pista de dança saltitando.

You're the one that I see waking up next to me
And I hope it's the same for you
But you play with my mind when you send me these signs
And I see other guys get 'em too.

Arrumei meus cabelos que caíram sobre o meu rosto, fiz uma espécie de coque todo embolado, e continuei apreciando o som.
E assim que o refrão começou, me preparei para o show.

Comecei a pular e cantar ao mesmo tempo no meio do salão. Eu não estava ligando para o que as pessoas estavam pensando. Aliás, eu estava bêbada e as pessoas estavam muito ocupadas transando no meio do salão.

I wanna know, I wanna know
Hey-ey-ey, hey-ey-ey
Where do we go, where do we go
From hey-ey-ey, hey-ey-ey
Why are you keeping me on hold
Don't wanna leave this place alone
Is it a yes or is it no (ahwoo)
I wanna know, I wanna know
Hey-ey-ey, hey-ey-ey.

E repeti.

I wanna know, I wanna know
Hey-ey-ey, hey-ey-ey
Where do we go, where do we go
From hey-ey-ey, hey-ey-ey
Why are you keeping me on hold
Don't wanna leave this place alone
Is it a yes or is it no (ahwoo)
I wanna know, I wanna know
Hey-ey-ey, hey-ey-ey.

A música continuou e eu parei de saltitar e gritar tentando recuperar o fôlego.

Fechei meus olhos e enxerguei várias estrelas, elas tinham cores diferentes, e logo em seguida, observei o rosto bonito do garoto que estava na minha frente.

Era Peter!

Ele estava tão lindo. Sem camisa e apenas com sua sunga azul escura.

Ele estendeu sua mão para mim e eu peguei sem exitar. E assim, caminhamos até o mar.

Abri os meus olhos com uma sensação boa no peito, não sabia o que estava sentindo, mas era bom. Eu me sentia livre. Livre, calma e confiante.

Eu tinha voltado a ser a Cloe? Mas como? Eu não tinha me resolvido com o Peter!
Eu não tinha me resolvido com o meu passado.
Por que eu tinha voltado ao normal?

Enquanto eu mesma respondia esse monte de perguntas, um par de braços cheio de veias e com tatuagens me rodeou.

Eu fechei meus olhos e encostei minha cabeça contra o seu peito. Eu não sabia quem era, eu só queria imaginar que o garoto que estava atrás de mim, era o Peter.

Queria sentir suas mãos tocando o meu corpo.
Queria provar o seu gosto.

Eu o queria.

Assim que abri meus olhos, o garoto que estava atrás de mim, estava me arrastando para algum lugar. E assim que levantei meu olhar, tomei um susto.

Comecei a me debater contra o corpo de Adam. E ele, com um movimento rápido colocou a mão sobre a minha boca. Me impedindo de gritar por socorro. Ele me arrastou rapidamente para uma porta e assim que abriu, o mesmo me arremessou lá dentro.

Eu estava completamente bêbada, então assim que ele me empurrou, me desequilibrei e cai com tudo sobre o chão duro e gelado.

Ele veio até a mim, um dos seus olhos estava com um curativo enorme e o outro estava completamente aberto. Sua pupila estava mais que dilatada, e isso demonstrava ódio.

Ele arremessou a sua mão fechada contra a minha bochecha esquerda. Virei meu rosto com o impacto e no mesmo segundo senti o gosto de sangue predominar na minha boca.

- Eu estou cego, vadia! CEGO!- Ele gritou me assustando e arremessou um tapa contra a minha bochecha esquerda. - Tudo culpa sua e daquele seu namoradinho de merda!- Ele falou com ódio, se referindo a Peter. - Agora você me deve uma!- Ele disse com um sorriso melancólico e logo colocou sua mão direita no meio das minhas pernas.

- SOCORRO!- Usei as unicas forças que me restavam para gritar. E ele bateu a minha cabeça contra a parede atrás de mim. Eu me senti tonta no mesmo segundo, mas logo passou. Eu precisava ser forte, precisava ser forte para sair dessa.

- Cala a merda da sua boca!- Ele disse e rasgou a minha camiseta branca.- Você não sabe o quanto eu esperei por isso.- Falou e logo em seguida colocou sua mão sobre o meu seio direito e levou a sua boca até o meu pescoço.

- ME SOLTA! SOCORRO!- Gritei chorando lembrando de todas as vezes que passei por isso.

Eu estava lembrando de tudo! Suas mãos asquerosas e frias passeando pelo meu corpo. Sua boca contra o meu pescoço. Sua boca abrindo diversas vezes pedindo para que eu parasse de gritar e mexer. De todas as vezes que eu pedia por socorro e ele arremessava uma lâmpada contra o meu rosto.

- Me solta!- Sussurrei no ouvido de Adam. Eu já estava esgotada, aquelas malditas memórias acabavam comigo de uma forma inexplicável.

- Não!- Ele sussurrou de volta.

Suas mãos foram diretamente para os meus seios, ele abaixou a alça do lado direito, e assim que tocou, a porta foi aberta de maneira brusca.

Minha visão estava embasada por conta do choro, da bebida, e da pancada na minha cabeça. Mas eu consegui enxergar perfeitamente 3 homens altos. Mas apenas 2 foram para cima de Adam, e não demorou nem 10 segundos para Adam ficar desacordados com tantos socos e chutes que estava levando.

Eles socavam muito, ele já estava desacordado e seu rosto já estava ensanguentado, mas os garotos não paravam.

E por fim, o outro garoto que não
encostou um dedo no Adam, me pegou no colo deixando minha bunda empinada para cima e meu rosto na suas costas. E mesmo não estando perto do seu pescoço, eu consegui indentificar aquela maldita essência.

Peter!