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O túnel era bem longo e parecia ficar estreito conforme íamos caminhando. Neville comentara que aquele caminho havia sido construído na revolução dos Duendes, justificando a pergunta sobre um tal de "Mapa do Maroto".

Eu não conversei durante todo o caminho, pois estava tensa de mais para emitir qualquer som. Quando Neville parou e avisou que havíamos chegado, meu coração bateu uma vez com força no peito e então pareceu parar. O garoto empurrou uma passagem, dando visão para uma grande sala repleta de adolescentes feridos e com aparecia de extremo cansaço.

Ao verem o jovem Harry, grandes sorrisos se espalharam pelos rostos de cada um. Um amontoado de jovens se reuniu ao redor de nós, nos recebendo com uma motivação que pareciam estar precisando.

—Harry Potter! — Todos o cumprimentaram com extrema alegria. Quando todos se afastaram, ficaram nos encarando com curiosidade.

Eu não sabia onde estávamos. Era gigantesca e se parecia com uma casa na árvore, e grandes redes pendiam do teto. Vi o Leão da Grifinória sobre um fundo vermelho, o Texugo da Lufa-Lufa sobre um fundo amarelo e a Águia bronze da Corvinal sobre um fundo azul. A Cobra e o verde da Sonserina estava ausente. Havia estantes superlotadas, algumas vassouras e em um canto havia um rádio sobre uma caixa de madeira.

—Onde estamos? — Perguntei.

—Na Sala Precisa. — Neville respondeu. — Devem ter comentado com você sobre a Armada de Dumbledore e sobre a sala que usavamos.

—Sim, Fred comentou.

—Ela foi incrível desta vez. — Neville falou empolgado.

—Mas contem o que vocês andam fazendo. — Pediu um garoto próximo que eu não conhecia. — São muitos os boatos que correm. Estamos tentando nos manter informados através do Observatório Potter. — Ele apontou para o rádio. — Arrombaram mesmo o Gringotes?

—Arrombaram! — Neville falou, ainda mais empolgado. — E o dragão também é verdade!

Ouvimos uma grande onda de aplausos e assobios.

—Que estavam procurando?

Harry de repente me pareceu muito abatido e se curvou com a mão na cicatriz. Devia ser uma das ondas de dor que Dumbledore havia me alertado que ele sofria quando Voldemort se aproximava.

—Harry, está tudo bem? — Neville perguntou se aproximando. — Quer se sentar?

O garoto olhou para Rony, Hermione e para mim. Rapidamente compreendi que precisavam se adiantar, pois Voldemort logo descobriria que estavam ali.

—Precisamos ir. — Falou Harry.

—Que vamos fazer então, Harry? — Perguntou outro garoto. — Qual é o plano?

—Plano? — Harry e eu perguntamos ao mesmo tempo. — Bem, tem algo que nós, Rony, Hermione, Zoe e eu precisamos pegar e depois sair daqui.

Ninguém mais ria. Parecia que toda a felicidade havia se esvaido do local.

—Como assim "sair daqui"?

—Não viemos para ficar. — Falei, notando que Harry talvez não estivesse se sentindo muito bem para continuar essa discussão. — Viemos fazer uma coisa importante...

—Que é então? — Neville parecia que não ia desistir fácil.

—Eu... Eu não posso te contar. — Foi Harry quem o respondeu.

—E por que não? Tem relação com a luta contra Você-Sabe-Quem, não é?

—É, mas...

—Então vamos ajudar!

EM MEUS SONHOS  • Fred Weasley Onde histórias criam vida. Descubra agora