Luisa Yoshiaki

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Por que não me algemaram!?

     Estavam numa sala de interrogatório. A morena estava solta numa cadeira bem ao centro. Kirishima estava presente – com uma cara de raiva misturada com culpa. All Might, Gaya (a chefe da Spy), Aisawa, Nezu e Tsukauchi também estavam lá. Yara e os colegas de Yoshiaki monitoravam tudo pelas câmeras. A tensão era tanta que podia ser facilmente cortada com uma faca.

— Você não é uma criminosa. — falou o detetive, sereno.

— Sou, sim. Eu sou um monstro.

— O que te faz pensar assim? — questionou Toshinori, preocupado — O que você fez de tão ruim, my girl?

     Eijiro desejava que, pelo menos, ele houvesse perguntado aquilo bem depois e não logo de cara. Sabia a resposta da crush.

— Porte e manejo ilegal de armas; ameaças; invasão de propriedade privada e da prisão; cumplicidade de assassinatos; omissão; falsificação de identidade e documentos; uso de bebidas alcoólicas sendo de menor e hackeamento de programas do UA e do governo.

     Os mais velhos se assustaram e o ruivo deu um tapa contra a própria testa. Aquela sinceridade lhe daria uma passagem só de ida ao presídio – e tinha a "leve" impressão de que era exatamente aquilo que ela queria.

— Senhorita Kayami- ...

— Esse não é o meu nome. — cortou, irritada — É Luisa Yoshiaki.

     Agora, a tensão era tanta que você podia racha-la com um simples toque.

— ... Como você poderia ser a criança Yoshiaki? — pontuou Nezu, sério.

...

— Terminei, Zaza! — exclamou, orgulhosa — A sua pulseira ' prontinha!

— Eu também acabei a sua, Mada!

As duas menininhas deram gritinhos agudos de felicidade. A maior pulou em cima da outra em um abraço.

— NÃO ME ESMAGA, ZAZA!

— Desculpinha. — pegou o braço da amiga, colocando a pulseirinha com o próprio nome (Luisa) delicadamente — Prometo ser a sua melhor amiga para todo o sempre!

— Prometo ser a melhor amiga da história das melhores amigas para todo o sempre e sempre! — prolongou a outra, também colocando a pulseira com o seu nome (Mitsuha).

— Juro de dedinho! — falaram em uníssono, unindo seus mindinhos.

...

— Papai, canta p'ra eu dormir? Por favoooooor ...

— Claro, princesinha. — sentou-se sobre a caminha, ajeitando a coberta com estampa de universo da filha com cuidado.

Apagou a luz, deixando apenas o abajur com constelações desenhadas aceso, formando um lindo céu estrelado nas paredes anis. A atmosfera ficou misteriosa, mágica. Os olhinhos verde-grama brilhavam, curiosos e cheios de expectativa.

Lá, no pé do morro, tem ...
Uma menina, ninguém sabe quem.
Tão bonitinha!
Ela quer ser ... alguém.

...

— Chamou, mamãe? — perguntou, preocupada.

— Olha o que eu fiz p'ra você, Zaza.

     A japonesa sacou uma longa e bonita faixa branca. Os "campinhos verdes" cintilaram gratidão e felicidade.

A dor tornou-se mel (BNHA - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora