(trinta e um) Eu to sã

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Aurora

- I'm lookin' for a nigga to give some babies
A handful of Weezy, sprinkle of Dave East
Man, I ain't got no type like Jxmmi and Swae Lees
But if he can't fuck three times a night
peace!
I tried to fuck 50 for a powerful hour
But all that nigga wanna do is talk Power for hours... - Júnior começa a cantar assim que liga o carro me fazendo gargalhar com sua caras e bocas.

- Você não combina com isso. - Limpo as lágrimas que se formaram por conta das risadas.

- Me respeita eu sou quase a Nicki Minaj. Isso é inveja sua.

Paramos em frente ao um barzinho com música ao vivo, logo o garçom traz a porção junto da torre de chopp, que tomei praticamente sozinha.

- Você disse que iria beber comigo. - Faço manha.

- Eu tô dirigindo princesa .- Segura minha mão pelas pontas dos dedos e deposita um beijo.- Deixa pra próxima.

Suas palavras me fazem sentir mal, me lembram de Adam. Sinto como se eu estivesse usando ele.

Mesmo sabendo a verdade eu não quero me afastar, não sei se devo contar a verdade. Mas por outro lado, eu não tenho que dar satisfações, eu não sou nada dele, se tem alguém que deve dizer algo é o Adam. Certo ?!

E outra, meu relacionamento com o pai dele já acabou, está no passado, posso aguir como Adam fez. Fingir que nem nos conhecemos... vamos ver até onde dá.

- Eu quero uma caipirinha. - Digo ao garçom que passou recolhendo os copos vazios.

- Você não acha que já bebeu o bastante mocinha ?

- Vai ficar me controlando?

- Eu não tô te controlando só acho que você já bem alegrinha.

- Eu não tô bêbada.

- Eu não disse isso...

***

Cambaleio ao sair do carro- Espero que ele não tenha visto - Antes que eu atravesse o hall de entrada, Júnior aparece do meu lado passando o braço nos meu ombros.

- Você já tinha me dado tchau, porque voltou ? - pergunto me concentrando em cada passo para não cair. - Eu já disse que não tô bêbada.

- Seria falta de educação da minha parte, eu te busquei na porta de casa, vou te deixar lá...

Subimos o elevador em silêncio, aproveito as paredes estreitas do corredor para me apoiar, retiro a chave do bolso parando em frente à porta.

- Pronto, em casa... obrigada, hoje foi ótimo... tchau. - Ele ergue a sobrancelha e seu pé tamborila no chão.

- Tchau, boa noite. - Respondo com um sorriso amarelo, ele vira as costas e começa a caminha em direção ao elevador.

Respiro fundo e começo a missão impossível de tentar acertar o buraco da fechadura, oque começa a me irritar depois de alguns minutos. Me ajoelho no chão pra tentar enchergar melhor.

- Acho que um pouco pra direita.

- Que susto merda. Você não tinha ido embora?! - digo irritada, ele esta apoiando as mãos no joelho.

- Tinha, dai olhei pra trás e vi você xingando a porta.- Da de ombros. - Quer ajuda garota não bêbada?. - Entrego a chave em sua mão com raiva, ele a porta em menos de um minuto e me ajuda a levantar. - Vem.

Me puxa pelos cômodos até chegar ao meu quarto, me jogo na cama, ele resmunga algo e começa a retirar um dos meus tênis. Seu celular toca, ele o coloca no ombro precionando contra a orelha, e volta a atenção ao meu outro pé.

- Eu não sei que horas vou voltar... porque aconteceu algo ? - se levanta e fala com o aparelho.

Abro os botões da blusa e retiro um braço de cada vez. Tento de todas formas puxar minha calça pra baixo me irritando.

- Me ajuda a tirar a calça? - Falo frustada.

- Aurora... - Ele diz quase em uma advertência. - Pai te ligo depois ,eu tô ocupado agora.- Desliga o aparelho. Me encara com a expressão séria, faço beicinho, aparecem em seu rosto traços de um sorriso.

Vitória minha.

Ele abre o zíper que estava me impedindo de arrancar aquela peça.

- Por que você está tirando a roupa? - Seus olhos percorrem meu corpo de forma sutil fazendo seu rosto corar de imediato.

- Eu não consigo dormir de calça jeans...

- Me diz onde está seu pijama pra eu pegar. - Aponto em direção a gaveta , ele retira de lá uma blusa gigante. - Levanta os braços.

Obedeço, sinto o pano frio deslizando em mim.

- Boa noite princesa. - Beija minha testa. Antes que ele se afaste seguro em sua jaqueta o aproximando mais, seu rosto fica praticamente colado ao meu. - Aurora... - sussurra. Subo as mãos em seu pescoço o puxando, fazendo sumir os centímetros que nos separavam.

Seu beijo é calmo e lento, me faz sentir quente. O braço me jogando pra trás, ele acompanha se deitando sobre meu corpo, deixando o beijo mais intenso, ele se encaixa no meio das minhas pernas, sua mão passeia por minha coxa.

- Aurora.- Diz se afastando.

- Shhhh. - Seguro ele novamente impedindo sua fuga. Desço as mãos até encontrarem seu cinto.

Merda um cinto. Não vou conseguir.

- Me ajuda. - Peço com nossos lábios ainda colados.

- Não. - Ele retira minhas mãos do local e se levanta. - Não.

- Júniooor. - Balanço os pés no colchão fazendo pirraça.- Eu quero transar.

- Eu quero mais. - Puxa meus braços me fazendo sentar. - Mas eu quero quando você não estiver bêbada.

- Eu tô sã, eu juro.- Choramingo.

- Não esta, você sabe que não.- Ele ajeita a roupa.- Quando a gente transar eu quero que você se lembre de tudo. - Segura meu queixo, me dá um selinho. Pega o cobertor no meu armário e joga sobre o mim . - Boa noite princesa.

Desejos  proibidosDove le storie prendono vita. Scoprilo ora