Chapter 03 - Don't Talk to Strangers

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 O som irritante do esfregão contra o para-brisas estressava Dylan ainda mais

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O som irritante do esfregão contra o para-brisas estressava Dylan ainda mais. O garoto já tinha sido levado aos nervos desde que acordou de madrugada num chamado de Avery e descobriu que seu trailer tinha sido vandalizado. Agora, com o esfregão emprestado da sala de limpeza do posto de gasolina, ele usava de sua força para esfregar para longe a consistência vermelha do vidro do veículo, livrando-o da carinha sorridente e, estranhamente, assustadora — após uma análise minuciosa de Avery, foi constatado que a imagem tinha sido desenhada com batom vermelho, não que fizesse qualquer diferença.

Dylan continuou com a carranca furiosa, a água recém-jogada já secando após o tempo embaixo do sol. Continuavam no posto, com o grupo espalhado enquanto esperava que a tarefa fosse finalizada, sem que ninguém além de Avery tivesse se voluntariado para ajudar. Mas Dylan não se irritava com isso, não era como se aquela fosse uma missão para mais de duas pessoas. O que o estressava era simplesmente o fato de alguém ter tido a audácia de fazer aquilo. Por sorte, não manchou o vidro, do contrário seu tio o mataria quando descobrisse.

— Eu não sei, ela só apareceu ali — explicava Avery, relatando os acontecimentos da noite passada. — Pareceu surgir do meio do nada. E era a mesma garota, eu tenho certeza.

— Aquela que trombou com você? — questionou Maeve, que estava a alguns passos de distância, com Nolan ao lado, claramente incomodada com o assunto. — Tem certeza?

— Tenho — respondeu Avery, calma. — Era a mesma garota.

Dando uma olhada ao redor, Nolan procurou pela caminhonete relatada pela amiga, o estranho automóvel que ele nem havia notado durante sua estadia do dia anterior. Como o esperado e já sabido, ela não estava mais lá, tendo desaparecido por completo. Se os responsáveis por aquilo foram mesmo os estranhos ditos por Avery, eles claramente haviam se mandado após o problema. Para ele, não parecia um caso para se dar tanta atenção.

— E o que ela disse mesmo? — perguntou Dylan, abaixando o esfregão.

— Perguntou de uma tal de Tamara... — Avery balançou a cabeça, encanada. — Vocês conhecem alguém com esse nome? A garota repetiu a pergunta duas vezes.

— Talvez tenha se enganado — pontuou Nolan, dando de ombros. — Talvez te confundiu com outra pessoa na lojinha. Lembra como ela te encarou?

— É, e depois veio perguntar dessa Tamara — completou Maeve.

Avery balançou a cabeça. O sol forte novamente cobria tudo, mas por sorte, naquela área próxima da floresta, uma brisa refrescante cruzava o ar. Em contrapartida ao clima agradável, vinha o fato de que estavam ali a mais tempo do que o esperado. A bebedeira da última noite não ajudou em nada e o grupo acabou por acordar somente ao meio-dia, quando o posto já havia aberto, e com a limpeza do para-brisas, se atrasaram ainda mais. Agora, o relógio marcava 16:12 e Dylan realmente se arrependia de não ter feito a limpeza durante a madrugada, quando foi acordado por Avery.

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