Capítulo 76 - Destino

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 Beatrice

- Então você é a tal da Beatrice? - questiona me olhando de cima abaixo.

- É o que dizem. - retruco.

- Me diga o que você veio fazer aqui?

- Porquê não pergunta ao seu namorado? Foi ele quem me trouxe. - digo passando a toalha em meus cabelos.

- Que desaforada! - diz com fúria nos olhos.

- É verdade, e olha que não convivi nem dois minutos com você e já estou venenosa feito tal. - afirmo. Estou com sangue nos olhos.

- Olha querida, eu não vim aqui pra ficar discutindo com uma adolescente. Só quero te dar um pequeno recado. - diz se aproximando.

- Prossiga.

- Eu quero que você pegue esse seu filho bastardo e suma desta casa, suma da vida do Tyler e nos deixe em paz! - a fúria toma conta de seus olhos.

- E porque eu faria isso?

- Pra eu continuar fazendo com ele, o que fazemos de melhor juntos. - Diz com malícia.

- Ah, não se incomode e nem se menospreze com a minha presença! Por ser uma mulher mais velha e experiente, não posso acreditar que você está se intimidando com a presença de uma adolescente, não é mesmo? - digo e ela fica paralisada de ódio. - Agora se me der licença...

- Me der licença? Quem vai me dar licença é você, sua desclassificada! - grita.

- Querida, eu não vou ficar aqui pra sempre. Eu tenho família! Estou aqui porque Tyler me trouxe e não porque quero. - digo e bebo água em seguida. Ela me olha furiosa. - Já terminou? - questiono colocando a mão na cintura.

- O recado está dado.

- Pois bem. A porta da rua, é a serventia da casa. - digo apontando para a porta de saída.

Ela sobe as escadas, furiosa, pisando forte e acordando Justin que agora está assustado.

Eu o pego no colo e olho em seus olhos, ele parece feliz em ver a mamãe.

Fico conversando com ele, enchendo-o de amor e decido amamenta-lo.

Torço para que meu leite não tenha secado, foram dias muito estressantes.    Enquanto eu estive em cativeiro toda vez que eu os sentia cheios demais, eu os apertava, para sair uma quantidade de leite e ele não secar, mas fui ficando cada vez mais fraca e não consegui fazer mais isso.

  Por sorte consigo amamenta-lo e fico muito feliz por isso.

Depois eu decido me organizar pra irmos embora.

Eu prefiro ficar ao lado dos meus pais e parentes do que ficar aqui e ver Lisa e Tyler juntos mais uma vez, agindo como se fossem o casal do ano.

Gargalho ao lembrar do dia em que os vi no shopping, penso na forma como ele olha pra ela, como se ela fosse um suculento pedaço de carne, ah se ela soubesse que o jeito que ele me olhava, com ternura e paixão, era muito além do jeito que ele a olha...

Visto um vestido cor de rosa que estava numa caixa.

Nesta caixa há coisas minhas.

Há um livro de cartas, um livro que não me lembro de ter deixado aqui, já que eu o fiz para minha mãe.

Pego o livro e começo a folhear as páginas.

Averiguando as datas, não acredito no que vejo, como é possível que este seja aquele diário que eu perdi em Veneza?

Irmãos TrevorOnde histórias criam vida. Descubra agora