Capítulo 4 - Confessando Sentimentos

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Não é o amor que sustenta o relacionamento, é o modo de se relacionar que sustenta o amor!

Maurizio De Luca 

Quando eu recebi a ligação da Martina, eu não imaginei que fosse para pedir minha ajuda longe disso. Quando eu escutei ela chorar e pedir por ajuda, não pensei em mais nada só em ir até ela e a socorrer. Estava com meu irmão em sua casa, com isso eu só sai correndo falando o nome dela e ele veio atrás, agora estou dentro da porra desse elevador que sobe como uma tartaruga até o andar que ela mora. 

-O que será que aconteceu? - meu irmão pergunta. 

-Coisa boa eu sei que não pode ser, Pepe. 

Quando as portas se abrem eu já estou com minha arma em punho assim como meu irmão, sua porta está aberta o que me deixa mais em alerta. Eu entro chamando por ela e vou olhando cada canto até chegar em seu quarto, empurro de uma só vez e vejo a pior cena da minha vida. Ela está no chão desacordada e toda ferida, eu largo minha arma e me ajoelho para pega-la no colo. 

-Temos que ir pro médico, agora. - olho pro meu irmão sentindo o ódio me consumir. 

-Quem fez isso com ela? Ela não faz mal a ninguém. - diz revoltado. 

-Eu sei quem foi e ele pode se considerar um homem morto. - digo entre os dentes. - Ele vai pagar por isso... - olho pra ela com o rosto todo machucado. 

Sem perder mais tempo eu levo ela para o hospital, não posso pensar na possibilidade de perde-la sem antes te-la pra mim de verdade. Quando chego no hospital já tinha médicos me esperando, ser quem somos tem seus privilégios. 

-Filha! - grita Elma ao ver a filha numa maca sendo levada. - O que aconteceu com ela? - pergunta em pânico. 

-Alguém bateu nela e esse alguém é o merdinha do Ramon. - falo entre os dentes. - Ele não sabe o que o aguarda.

-Ele nunca faria isso. - tenta defender o cretino. 

Olho pra ela por uns quinze segundos sem tirar meus olhos dela, ela realmente não sabe o que se passa com a filha. 

-Ele maltrata sua filha e digo que não é de hoje, precisa prestar mais atenção nela. - respondo. - Se diz que é mãe dela, precisa fazer um trabalho melhor. 

-Você não é ninguém pra me dar moral de como cuidar da minha filha. - responde irritada. - E o que estava fazendo com ela? Eu não acredito que Ramon tenha feito uma coisa dessas, ele é um menino maravilhoso. 

-Tá cega mesmo... - murmura meu irmão atrás de mim. 

-Acho melhor você abaixar seu tom comigo, não somos amiguinhos. - digo. - Eu pago uma grana alta para vocês manterem a porra da boca calada e cuidar dos meus homens. Não queira bater de frente comigo, pois você vai perder. - dou um tapinha nas costas dela. - Vamos Pepe, preciso saber noticias dela. 

Elma passa por nós apressada para ir na frente, mãe de merda! 

Já fazem duas horas e nada de noticias, Elma não apareceu mais e é melhor assim não gosto muito dela. Meu coração a muito tempo não ficava assim, não desde da morte do meu pai e não gosto da sensação. Eu queria sair daqui e ir atrás desse maldito, mas eu não sou assim de agir por impulso eu faço tudo calculado e friamente. Minha prioridade agora é saber como ela está e se está bem. 

-Será que depois de tudo isso vai continuar negando o que sente? - Pepe fala ao meu lado enquanto estamos na sala de espera. - Vai me contar pra onde levou ela mais cedo?

-Eu levei ela pra boate. - ele arregala os olhos. - Ela queria me conhecer melhor, nada melhor. - dou de ombros. - Eu sinto uma coisa acontecendo entre a gente, eu só tenho medo de machuca-la e no final acontecer com ela o que aconteceu... 

Maurizio - Juiz e Capo  - Duologia Irmãos De Luca - Livro 1Where stories live. Discover now