Capítulo 19 - Antes De Amanhecer

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Nesses dias eu vou te ajudar a entender que não é sobre quão rigoroso o inverno tem sido, mas sobre o início da primavera. Te ajudar a entender que é hora do plantio de novas sementes, de cultivar, cuidar e esperar para por fim, fazer a colheita. Em qualquer das estações eu estarei com você.

Martina Greco 

Três da manhã eu acordo com um grito alto vindo do quarto do Pepe, Maurizio levanta num pulo com a arma na mão e sai em disparada para o quarto do irmão e eu o sigo. Quando chego no quarto vejo Pepe sentado na cama com as mãos na cabeça, ele está todo suado como se tivesse corrido um maratona. 

-O que sonhou? - pergunta Maurizo ao irmão. 

-Nada, esquece. - responde. - Desculpa por tudo... - olho dele pra mim. - To no quarto de vocês, atrapalhando vocês... Perdão! - fala e sinto sinceridade nele. 

-Está tudo bem, vocês são irmãos quando um precisa do outro, vocês tem que se apoiar. - digo me aproximando mais deles. - Está tudo bem, pode continuar a dormir ai. - sorriu pra ele. 

-Você é dez cunhadinha. - fala com bom humor. 

-Eu sei. - pisco pra ele rindo. 

Eu deixo os dois conversando e desço para tomar um copo de água e um remédio para enjoou, estou me sentido mal desde quando vi a Mia, pensei que passaria mas até agora nada. Eu abro o armário na cozinha aonde ficam os remédios e pego um para enjoou. Me assusto quando algo na lavanderia aqui quebra, o corredor que dá para lá está escuro e quando penso em acender a luz a porta dos fundos bate com força e vou até lá a passos rápidos. 

A porta está aberta e copo no chão está quebrado, eu não penso e vou pra fora e de longe vejo uma pessoa correndo todo de preto. 

-Ei! - grito. 

Eu corro atrás da pessoa e vejo que os seguranças não estão aqui como deviriam, a pessoa corre livremente. Está chovendo muito, mas mesmo assim tento o alcançar. 

-Maurizio... - grito alto enquanto corro, mas paro assim que a pessoa sai correndo pelo portão grande, não tem ninguém aqui como isso é possível? 

Essa casa tem mais seguranças que a casa branca.

Eu corro pra dentro de volta e vejo Pepe e Maurizio descendo as escadas armados. 

-Tinha um homem aqui, eu corri atrás dele mas o mesmo saiu portão a fora. - falo ofegante. - Não tem nenhum segurança nessa casa Maurizio onde eles estão?  - pergunto achando tudo aquilo muito estranho. 

-Merda! - os dois praguejam.

-Liga para Mattia. - pede Pepe. - Eu vou dar uma olhada... 

Ele sai correndo e meu noivo tenta ligar para Mattia, mas o mesmo não atende depois ele tenta Arturo e acontece o mesmo, os dois em quem ele mais confia não estão disponíveis. Algo estava muito errado, isso nunca aconteceu antes e sinto que tem dedo desse maldito que quer a cabeça do meu noivo. 

-Não tem ninguém aqui irmão, todos foram embora. - seu tom de voz é incrédulo. 

-Onde esse homem estava Martina? - pergunta Maurizio. 

-Na lavanderia, mas ele pode ter andado pela casa toda... - respondo. - O que tá acontecendo? - olho para os dois preocupada. 

-Você fica aqui onde você está, não se mova. - ordena Maurizio. - Eu e Pepe vamos dar uma olhada no meu escritório. - eu concordo com ele e o fico em pé aflita enquanto eles vão para seu escritório. 

Me assusto quando Maurizio surge correndo junto com Pepe, ele passa por mim me puxando pelo braço. 

-Corre! - fala agarrado a mim e corro sem perguntar por quer ou o que. 

Maurizio - Juiz e Capo  - Duologia Irmãos De Luca - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora