Nesses dias eu vou te ajudar a entender que não é sobre quão rigoroso o inverno tem sido, mas sobre o início da primavera. Te ajudar a entender que é hora do plantio de novas sementes, de cultivar, cuidar e esperar para por fim, fazer a colheita. Em qualquer das estações eu estarei com você.
Martina Greco
Três da manhã eu acordo com um grito alto vindo do quarto do Pepe, Maurizio levanta num pulo com a arma na mão e sai em disparada para o quarto do irmão e eu o sigo. Quando chego no quarto vejo Pepe sentado na cama com as mãos na cabeça, ele está todo suado como se tivesse corrido um maratona.
-O que sonhou? - pergunta Maurizo ao irmão.
-Nada, esquece. - responde. - Desculpa por tudo... - olho dele pra mim. - To no quarto de vocês, atrapalhando vocês... Perdão! - fala e sinto sinceridade nele.
-Está tudo bem, vocês são irmãos quando um precisa do outro, vocês tem que se apoiar. - digo me aproximando mais deles. - Está tudo bem, pode continuar a dormir ai. - sorriu pra ele.
-Você é dez cunhadinha. - fala com bom humor.
-Eu sei. - pisco pra ele rindo.
Eu deixo os dois conversando e desço para tomar um copo de água e um remédio para enjoou, estou me sentido mal desde quando vi a Mia, pensei que passaria mas até agora nada. Eu abro o armário na cozinha aonde ficam os remédios e pego um para enjoou. Me assusto quando algo na lavanderia aqui quebra, o corredor que dá para lá está escuro e quando penso em acender a luz a porta dos fundos bate com força e vou até lá a passos rápidos.
A porta está aberta e copo no chão está quebrado, eu não penso e vou pra fora e de longe vejo uma pessoa correndo todo de preto.
-Ei! - grito.
Eu corro atrás da pessoa e vejo que os seguranças não estão aqui como deviriam, a pessoa corre livremente. Está chovendo muito, mas mesmo assim tento o alcançar.
-Maurizio... - grito alto enquanto corro, mas paro assim que a pessoa sai correndo pelo portão grande, não tem ninguém aqui como isso é possível?
Essa casa tem mais seguranças que a casa branca.
Eu corro pra dentro de volta e vejo Pepe e Maurizio descendo as escadas armados.
-Tinha um homem aqui, eu corri atrás dele mas o mesmo saiu portão a fora. - falo ofegante. - Não tem nenhum segurança nessa casa Maurizio onde eles estão? - pergunto achando tudo aquilo muito estranho.
-Merda! - os dois praguejam.
-Liga para Mattia. - pede Pepe. - Eu vou dar uma olhada...
Ele sai correndo e meu noivo tenta ligar para Mattia, mas o mesmo não atende depois ele tenta Arturo e acontece o mesmo, os dois em quem ele mais confia não estão disponíveis. Algo estava muito errado, isso nunca aconteceu antes e sinto que tem dedo desse maldito que quer a cabeça do meu noivo.
-Não tem ninguém aqui irmão, todos foram embora. - seu tom de voz é incrédulo.
-Onde esse homem estava Martina? - pergunta Maurizio.
-Na lavanderia, mas ele pode ter andado pela casa toda... - respondo. - O que tá acontecendo? - olho para os dois preocupada.
-Você fica aqui onde você está, não se mova. - ordena Maurizio. - Eu e Pepe vamos dar uma olhada no meu escritório. - eu concordo com ele e o fico em pé aflita enquanto eles vão para seu escritório.
Me assusto quando Maurizio surge correndo junto com Pepe, ele passa por mim me puxando pelo braço.
-Corre! - fala agarrado a mim e corro sem perguntar por quer ou o que.
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Maurizio - Juiz e Capo - Duologia Irmãos De Luca - Livro 1
RomanceMaurizio De Luca é a personificação da arrogância, não é de falar muito e muito menos de dar liberdade para que se metam em sua vida. Hoje é um juiz respeitado e temido por todos os criminosos de toda a Itália, mais também adorado por muitos deles c...