Capítulo 1

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O conselho estava reunido. Era logo de manhã quando um corvo chegou de Porto Real. Jon Arryn estava morto.

Rhaella chegou a conhecer Jon Arryn, ele sempre fora gentil com ela, em seu décimo sexto dia veio para a pequena comemoração, um dos únicos que não vieram por puro interesse. Lord Arryn lhe deu uma simples tiara feita de ouro branco com lindos diamantes, simples, porém linda, acabou sendo a sua favorita e era sempre vista com ela.

Jon Arryn sempre achou injusto o modo com o Baratheon me tratava, sempre me dizia que eu não tinha nenhuma culpa do que meus antepassados fizeram, que era apenas uma criança com sonho de ser princesa de seu próprio reino

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Jon Arryn sempre achou injusto o modo com o Baratheon me tratava, sempre me dizia que eu não tinha nenhuma culpa do que meus antepassados fizeram, que era apenas uma criança com sonho de ser princesa de seu próprio reino. Sua última lembrança sobre ele era fazendo perguntas que seriam bastante suspeitas aos ouvidos de outros, perguntas sobre legitimidade e casamentos entre irmãos. Coisas que não deveriam ser ditas.

O conselho era formado por Doreah, Governanta do castelo.

Grande Meistre Mellán, um dos únicos Meistres de todo Westeros há possuir um elo de aço valiriano.

Auberon Haylock, comandante da frota de navios e do porto, por sua reputação é conhecido como a justiça da ilha.

Ramon Eymor, Senhor Comandante da Guarda, o mais novo do conselho. Assumiu os passos de seu pai, Oberon.

Hakim Hanifah, mestre da moeda. A pedido de minha mãe veio para Bloodshot quando meu pai faleceu.

Uriah Snow, mestre dos sussurros.

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Fui acordada com batidas na porta, sabia que era uma das muitas empregadas no castelo. Olhando pela janela percebi que estava bem cedo, algo havia acontecido.

Levantei e fui em direção a umas das portas que levava ao agregado de meu quarto, onde havia uma banheira com água, pelo vapor que subia presumi que estava quente. Bom, nunca consegui sentir realmente quente, sempre estava morno para mim, mesmo as empregadas não conseguindo nem colocar a mão na água.

Ao sair do banho, me deparei com a cama já arrumada e um dos meus muitos vestidos, preto com detalhe em pedras ao redor do pescoço com um pequeno decote. Assim que terminei de me vestir escutei baterem na porta.

— My lady, me perdoe por acorda-la tão cedo – Disse Jesse, uma das empregadas – Porém a senhora Dorothea pediu e também disse que lhe espera na sala do conselho junto com vosso dejejum.

— Está tudo bem Jesse - digo sorrindo – Já estou indo para lá, irei apenas terminar de me arrumar.

Jesse apenas abaixou a cabeça como despedida e saiu fechando a porta. Me olhei em frente ao espelho, refletindo estava uma jovem com longos cabelos brancos, rosto pálido e chamando toda atenção, olhos vermelhos como sangue.

A caminho da sala do conselho, observando os corredores com suas longas janelas com vista e a brisa do mar, me pego pensando como seria a sensação de voar, a sensação de liberdade e de não carregar um peso nas costas.

— Divagando novamente, minha princesa?

Encostado em uma pilastra estava Auberon com os braços cruzados e um sorriso no rosto.

— Já lhe disse para não me chamar de princesa tio Auberon, se lhe escutarem podem pensar que estou planejando algo contra o rei

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— Já lhe disse para não me chamar de princesa tio Auberon, se lhe escutarem podem pensar que estou planejando algo contra o rei. – Digo indo em sua direção.

— Minha querida albina, isso é o que todos fora dessa ilha já pensam – comentou enquanto colocava meu braço ao redor do seu – E não me chame de tio, soa como se fosse mais velho do que realmente sou.

Enquanto ria com Auberon o fiquei observando, possuía lindos olhos verdes e um cabelo castanho claro cheio de cachos. Tio Auberon está aqui desde que me lembro, minha mãe contou uma vez que ele era um mercenário até meu pai salvar sua vida e ele lhe jurar lealdade enquanto viver. Sempre fora gentil e protetor comigo e minha mãe, e, mesmo após meu pai falecer continuou em seu posto, me treinando para ser como meu pai ele dizia.

Adentrando na sala do conselho, vejo Dorothea sentada conversando com Meistre Méllan, Ramon em frente aos mesmos comendo uma maça, Hakim no canto da mesa envolto de pergaminhos e Uriah em pé em uma das pilastras olhando pela janela.

Ao barulho da porta todos pararam de conversar e assumiram seus lugares, me sentei numa das pontas da mesa onde possuía um prato com algumas frutas e mais comida a frente.

— Me digam, o que aconteceu? Para me acordarem assim com o raiar do sol, só podem ser más notícias – comentei enquanto colocava água em meu cálice.

— Chegou um corvo de Porto Real – disse Meistre Mellan - Jon Arryn está morto minha criança.

Enquanto todos me observavam, esperando uma reação, tentei manter meu rosto neutro e continuei comendo algumas frutas.

— Vocês têm certeza dessa notícia? Uriah você confirmou isso com seus meninos?

— Sim my lady, na verdade recebi um corvo ontem mesmo, tarde da noite, um dos meus meninos me mandou um recado, com o mesmo conteúdo do corvo dessa manhã. – Uriah disse com cautela – Esperei amanhecer pois se fosse mesmo verdade logo iriamos ficar sabendo.

Os meninos de Uriah era como chamávamos seus espiões, pequenos bastardos que tinham seu apoio, eram tratados como irmãos pelo mesmo.

— Então já sabemos o que irá se suceder, Robert Baratheon irá para o norte o mais rápido possível – lhes disse me levantando.

— Como tem certeza que ele irá fazer isso minha menina? – Dorothea me perguntou

— Simples, pensem comigo. Robert Baratheon venceu os Targaryen com a ajuda de ninguém menos do que Eddard Stark, eles foram companheiros de luta, mas além disso, Robert o considera como melhor amigo por assim dizer. É mais que obvio que irá até o Norte para pedir que ele seja a nova Mão do Rei.

— E o que pretende fazer sobre isso Rhaella? – Ramon perguntou – Consigo ver sua mente trabalhando my lady, sei que tem um plano.

— Meu caro Ramon, nós iremos para o Norte também.


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Me digam o que estão achando *-*

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