Capítulo 2

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Logo após a reunião do conselho fui andando calmamente em direção ao pátio, detalhes deveriam ser arranjados o mais rápido possível.

— Minha menina – Dorothea me chamou – Tem certeza do que irá fazer? Sabemos muito bem que a família real não gosta de nós.

— Sim Dothe, tenho certeza. Já está mais do que na hora de pararmos de fugir. Não devo ficar de cabeça baixa para alguém que não tenho medo. Está na hora de ressurgimos das cinzas.

— Seu pai teria orgulho da vontade de honrar sua casa, mas pense bem. Não confunda coragem com burrice. Pense nas consequências. – Se aproximou colocando suas mãos em meu rosto – Já perdi vossa mãe, não quero perder você também.

— E você não irá. É uma promessa. – Disse olhando em seus olhos – Mas a morte de Lord Arryn apenas serviu para me acordar, está mais do que na hora de termos nosso lugar, não somos escoria para sermos tratados como tal. Somos grandes como qualquer outra grande casa dos Westeros.

— O rei pode discordar dessa ideia, nos trata tanto como escoria desde que jogou para nós a responsabilidade da muralha assim que sentou sua grande bunda naquele trono.

— E esse foi seu maior erro. Os grandes lordes e até mesmo o rei tratam os bastardos como se fossem insignificantes, mas não param de faze-los. Por essa indiferença eles são fortes e vamos usar isso a nosso favor. Vamos mostrar que devem confiar em nós ao invés do veado gordo sentado no trono.

— Pretende fazer isso indo para o Norte.

— Sim, preciso de olhos no Norte, temos que ter certeza de tudo que acontece lá. Essa é apenas a oportunidade perfeita. Temos muito o que planejar para pouco tempo.

— Então vou lhe deixar com seus pensamentos, qualquer coisa sabe onde me encontrar. – Disse me dando um beijo e seguindo pelo corredor.

Me virei para as grandes janelas, observando Dragonstone ao longe. Se conseguisse ir até lá poderia planejar uma rota melhor graças a grande mesa com o formato de Westereos.

Enquanto o castelo de Dragonstone era negro como a noite, o de Bloodshot era branco como as próprias nuvens. Parecia que foi esculpido em sal de tão branco, ficando no ponto mais alto da ilha, logo abaixo tendo o pequeno vilarejo que se espelhava. As pessoas que viviam lá não lhes faltavam nada, sempre que precisavam de alguma coisa vinham até Rhaella, que fazia de tudo para seu povo, como sua mãe lhe ensinara. Não possuíam pessoas mendigando ou com fome, todos possuíam empregos, casa e comida para suas famílias.

— O que tanto pensa White?

— Porque continua me chamando assim? – Perguntei rindo me virando para Uriah que estava caminhando em minha direção – E como consegue ser tão silencioso?

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— Porque continua me chamando assim? – Perguntei rindo me virando para Uriah que estava caminhando em minha direção – E como consegue ser tão silencioso?

— Quando se cresce envolto de neve acaba aprendendo que o silencio é seu melhor aliado – sussurrou chegando mais perto – Lhe chamo de White pois é a única de sua família com cabelos brancos.

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