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- Vou fazer pipoca para nós. - Brunna falou, enquanto levantava do sofá da sala, onde agora estávamos todas espalhadas, assistindo um filme incrivelmente ruim de ação. Fitei minha namorada levantar do sofá, e em seguida sair da sala, me deixando sozinha com o casal.

- Garotas...- Vero e Lucy me fitaram, quase que na mesma sintonia. - De verdade... me desculpem. Eu só... tive receio, quando chegaram. Eu juro que não faço mais aquilo e..

- Esta tudo bem, Ludmilla Você é uma boa pessoa.

- E eu entendo seus ciúmes. - Veronica começou a falar. - Eu e Lucy somos duas pessoas gostosas, é claro que tem de se alarmar. - Sorri. Elas eram legais. Fiquei em pé e Lucy me fitou.

- O que vai fazer? - Perguntou.

- Eu vou ajudar a Brunna. - As duas sorriram.

- Ela está bem puta com você. - Veronica quem falou dessa vez. Assenti e comecei a caminhar em direção a cozinha. Brunna estava perto do microondas, com o mesmo ligado, e assim que me viu, suspirou e revirou os olhos, não dizendo exatamente nada.

Comecei a recolher os copos no balcão e em seguida fui até a geladeira, tirando o litro de refrigerante.

- Bae... podemos conversar? - Perguntei, largando tudo sobre a bancada, ao lado dela. Brunna não respondeu, então escorei minhas costas no mármore, como ela fazia, e a fitei.

- Você agiu de uma forma completamente desnecessária, Ludmilla. - Brunna me falou.

- E você me tratou diferente na frente delas, amor.

- Eu te tratei porque estou brava com você. Por que tanta infantilidade?! Não é porque estamos namorando que eu não posso conversar com outras pessoas, ainda mais Vero e Lucy, que são minhas melhores amigas desde sempre!

- Eu sei, pedi desculpas para elas agora... me desculpa, tudo bem? Eu não sei o que houve, eu só fiquei possessiva.

- Ludmilla achei desnecessário quando você já chegou gritando que não tinha cinquenta reais. Achei desnecessária toda aquela birra. Você é minha namorada, e eu te respeito, Vero e Lucy são minhas melhores amigas e eu não queria deixá-las magoadas por sua causa...- Falou, gesticulando rapidamente com as mãos. Segurei as mesmas e fiquei na frente dela, a abraçando em seguida.

- Eu sei... eu sei, fui uma babaca. Mas não faço mais. Me perdoa, meu amor?

- Sim... sim, claro que sim. Me desculpa se eu te tratei diferente também, eu estava com raiva...

- Eu mereci aquilo. - Comecei a acariciar os cabelos dela e Brunna suspirou.

- Te amo, Bae.

- Também te amo, boo. - Falou. 

- Não se preocupe com suas amigas. Vou tratar elas maravilhosamente bem. Elas são legais...- Brunna riu. Segurou minhas bochechas, e então juntou nossos lábios, me dando um longo selinho.

[...]

Estávamos todos na sala. E com todos, eu dizia Renatinho e Cacau, que haviam recém chegado também. No fim todos se deram bem. Lucy adorou Renatinho, Vero fez farofa com Cacau, e Brunna se quer soltou minha mão, o que era extremamente fofo. Ela virou, e como estava entre minhas pernas, acabou por cima de mim, me fazendo deitar melhor no sofá. Ela sorriu e juntou nossos lábios, me roubando um longo selinho, enquanto eu deixava minhas mãos na cintura dela. Ela deitou a cabeça no meu ombro, e passei minhas mãos para baixo da blusa dela, começando uma massagem nas suas costas enquanto Brunna deixava o corpo cair sobre o meu, me arrepiando.

- Oh lá as namoradinha que todo mundo shippa. - Cacau falou, arrancando risadas fracas. - Queria a Lari...

- Por que não trouxe ela? - Minha namorada perguntou.

- Eu convidei, mas ela não pôde vir... Renatinho, vem, vamos nos beijar já que estamos sobrando.

- Hey, Ca? - Minha melhor amiga encarou Brunna. - Não tenho preconceito, tenho até amigos... mas na minha casa não. - E então todos gargalharam.

- Que isso, Cacau, eu sou gayzão, para com o assédio. - Renatinho disse, fazendo uma voz mais grave.

- Okay, crianças. Vamos parar com heterofobia que é feio, temos que aceitar as pessoas. - Comentei, ouvindo novamente as risadas.

- VIAAAAAAAADAS, O GEORGE ME CONVIDOU PRA IR NA CASA DELE. - Renatinho gritou, assustando praticamente todo mundo. O viado ficou em pé e só então reparei o celular nas mãos dele.

- O que tem, amado? - Cacau perguntou.

- A piroca dele é quase do tamanho do da Ludmilla, o moço parece até um híbrido de cavalo. - Arregalei meus olhos e fitei Lucy e Veronica, que apenas sorriam. - É HOJE QUE EU DOU O CU, NEM QUE TENHA AREIA NA MINHA BUNDA. AI, GOSTO. - Ele disse, começando a calçar os tênis em seguida. 

- É assim? Vai trocar suas amigas por um pau grande? - Perguntei indignada.

- Claro que sim, vocês não valem o orgasmo que eu vou provavelmente ter.

- Passivinha. - Cacau cruzou os braços e fez bico, me fazendo rir.

- Sou mesmo, e ressaltando que hoje vou ser de novo. Orgulho do que tenho entre as pernas e orgulho de ser quem eu sou, meu amor! - E então Renatinho saiu da casa, fazendo o barulho da porta fechando ecoar. Caímos na gargalhada.

- Ele é sempre assim? - Lucy perguntou.

- Não, só quando vai dar. - Respondi. Toquei o braço Cacau, já que agora ela estava mais perto de mim e de Brunna. - Leva a pomadinha de assadura para a escola amanhã, ele vai ficar enchendo o saco. - Minha melhor amiga riu.

- Eu não sei se tenho pomada para assadura.

- Eu empresto a minha. - Brunna falou. Cacau riu alto.

- Vercy...- Chamei. As duas estavam em altos pegas, então logo nos encararam. Sorri maliciosa ao que Lucy tirava a mão da bunda de Vero, que agora estava em cima dela.

- Que? - Vero perguntou, bufando em seguida. Acabei rindo, percebendo que ela estava irritada.

- Mais duas com fogo.

- Daqui a pouco vamos ter que abrir mais vagas para o quarteto fantástico. - Cacau exclamou. - E Ludmilla não vai ser a única a ter o poder do fogo.

- Você tem um coração de pedra. - Falei.

- Brunna tem o poder da elasticidade, porque...- Cacau falou, enquanto Brunna apenas sorria.

- Renatinho é o homem invisível?

- Claro que sim. Ele é figurante, quase não aparece. - E eu explodi numa gargalhada.

- Quem é a Ariana? - Perguntei.

- A Peppa. - Minha namorada exclamou. Outra vez eu soltava uma alta risada.

- Não, ela é aquelas cientistas... que sempre aparecem nos filmes de super heróis.

- Ela é veterinária, esse grupo precisa de alguém que lide com a raça para ser cuidado. - Todas da sala riram com as minhas falas.

- Eu quero ter poderes de aranha! -  Lucy falou. Vero sorriu maliciosa.

- Tira as calças que eu faço a primeira batalha de aranhas acontecer. - Cacau riu.

- Vero é tão ogra, adorei ela. - Eu falei rindo. - Lucy, o que acha de falarmos com Cacau agora, sobre aquele plano de vocês....? - Lucy levantou as sobrancelhas sugestivamente.

- Acho maravilhoso..

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WISHES- BRUMILLA (Intersexual)Where stories live. Discover now