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- Tem certeza que você está bem, amor? - Perguntei, enquanto mexia na bolsa da minha mãe pra roubar chiclete. O telefone estava apoiado no meu ouvido por meu ombro, então eu tinha as duas mãos livres ao que falava com minha namorada.

- Sim, é só uma dorzinha do caralho que PUTA QUE ME PARIU EU VOU ME DAR UM SOCO. Estou bem. - Sorri.

- Será que não era bom eu ir aí dormir na sua casa hoje? - Brunna suspirou.

- Já está tarde, amor. Tem certeza que pode vir?

- Eu faria um ótimo favor para minha mãe. E Cauã. - Ela gargalhou.

- Certo. Pode vir.

- Amor...- Achei um chiclete de menta, então sorri vitoriosa e coloquei o mesmo na boca, em seguida fui até a chave do carro da minha mãe, afinal ela tinha a carona de Cauã se precisasse sair. - Será que você não está entrando em trabalho de parto?

- Assim? Do nada? Acho que não Ludmilla, afinal, nem completou nove meses e a obstetra disse que-

- Sim, eu sei... mas ela também disse que as vezes acontece.. antes... afinal, são oito meses já. - Brunna suspirou.

- É, você tem razão. - Franzi o cenho. - LUDMILLA CORRE QUE A BOLSA ESTOUROU.

- AAAaaAAAAaaAAAaaAAAAAA! - Sai correndo de casa e me joguei dentro do carro, passando dificuldades para me ajeitar, mas logo conseguindo tomar postura. - TU NÃO TÁ ZOANDO COM A MINHA CARA, NÉ? - Brunna rugiu.

- NÃO! CORRE! - Liguei o carro e quase explodi a porta da garagem pela pressa.

- AMOR, RESPIRAÇÃO DE GRÁVIDA, RESPIRAÇÃO DE GRÁVIDA.

- EU TO TIPO A RIHANNA NO CALA A BOCA E DIRIJA, ANDA LUDMILLA!

- TÁ. - Pisei no acelerador do carro assim que cheguei na rua, em seguida o carro já fazia 160 km/h enquanto eu brincava de velozes e furiosos... enfim.

PUTA QUE ME PARIU, NELSON TA VINDO.

AaaaAAAAaaaAAAAaaaaaAAAA

Cheguei rapidão na casa da Brunna, a encontrei no meio do caminho, sendo carregada por Jorge e Mia logo atrás, tendo a felicidade que meu choque não me permitia ter. 

EU VOU SER PAI, MEU DEUS O MEU BEBÊ TÁ VINDO!

Meus Deus o meu bebê tá vindo.

O que eu faço?!

AS ROUPINHAS, AS ROUPINHAS!!

Corri pra o quarto de Brunna e encontrei a malinha cinza e bonitinha que havíamos comprado, dentro, roupinhas simples e bem dizer "unissex", de diversas cores fofinhas. Tinha mais algumas coisinhas lá dentro, bem dizer, o básico, então apenas peguei, e em seguida corri até o carro onde Jorge terminava de colocar a Brunna.

AAAaaaAaaaAAAAAAaaAaaAaaaA

- AMOR, VOCÊ TÁ BEM? - Perguntei, me aproximando dela ao sentar do seu lado no banco do carro de Jorge. Brunna me encarou com fogo nos olhos.

- Tô. Tô bem boa. Por que não aproveita que estou em trabalho de parto e ME COMPRA UMA SALSICHA, LUDMILLA? - Engoli em seco.

- Tá. - Ajeitei minha postura. Levantei minha mão para lhe oferecer mas no segundo seguinte me arrependi, pois Brunna pegou, assim, apertou com toda a força que tinha. - VAI QUEBRAR, VAI QUEBRAR, ACELERA TIO JORGE! - Gritei. Minha mão estava doendo mesmo.

MEU DEUS O BUCHO DELA ESTOUROU AAAAaaAaAaaaAAAAAAAA

[...]

DADO ENTRADA NO HOSPITAL, ALGUMAS ENFERMEIRAS VIERAM BUSCAR BRUNNA E SIM, EU ESTOU GRITANDO.

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⏰ Última atualização: May 15, 2020 ⏰

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WISHES- BRUMILLA (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora