All These Years.

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Assim que entrou novamente no próprio quarto, Natasha deu de cara com o capitão sentado em sua cama envolto em sorvetes, chocolates e um Dodger extremamente animado. Ela revirou os olhos e caminhou até o guarda roupa, vestindo um longo hobby preto por cima do babydoll da mesma cor que usava.


- O que está fazendo aqui, Rogers? São quase uma da manhã.


- Vim tomar o nosso sorvete. - Respondeu como se fosse óbvio. - Trouxe de morango pra você, lembro que me disse que era seu favorito.


Como é que ele ainda se lembra disso? Foi há tanto tempo!, mais uma vez sua mente parecia ter vida própria. Ela arqueou uma das sobrancelhas mas pareceu voltar a realidade com um latido de Dodger.


- Shiu, está tarde.Vão ouvir você. - Falou como se o cachorro realmente pudesse entendê-la. - Você pelo menos trouxe o sorvete dele?


- Ehr... Não, mas eu divido o meu com ele.


- Não! Está maluco? É gorduroso demais, vai fazer mal. - Pegou o filhote, sentando na cama com ele em seu colo. - Eu já dei hoje, talvez tenha sido bom você não trazer. Mas só pra você saber, os favoritos e saudáveis para ele são os picolés de limão.


Steve prendeu um sorriso.


[...]


A agente havia desligado a televisão há cerca de quarenta minutos e agora encontrava-se tentando respirar após uma crise de risos por conta de mais umas histórias do soldado. Rogers agora lhe dava um feedback do primeiro encontro que ela havia arranjado para ele.


- É sério, você não tem ideia. Eu estava sem jeito e ela ficava me agarrando e dizendo que eu tinha que beijá-la de qualquer jeito, - Raspou o fundo do enorme pote de sorvete de chocolate. - Onde você a conheceu?


- Não conheci, eu só fui atrás de possíveis pretendentes no seu prédio. E até parece que você não a beijou. - Sorriu de lado, levantando para levar os potes de sorvete até a cômoda. - Sem jeito, Steve? Conta outra.


- Não beijei. - Sorriu vitorioso mas ela não viu, já que estava de costas. - Você sabe que eu ainda não entendo direito das coisas desse tempo.


Natasha parou por breves segundos, apoiando as mãos na cômoda e pensando se deveria ou não fazer o comentário que lhe veio à mente. Por fim, decidiu que sim mas ainda não tinha coragem de encará-lo.


- Estava sem jeito aquele dia? Você sabe, há qu...


- Há quatro anos. - Ele completou, respirando fundo. - É diferente. - Falou simplesmente.


- Nós mudamos de lá pra cá, não é? - Mordeu o lábio, finalmente se aproximando da cama novamente.


- Bastante, eu só não decidi ainda se foram mudanças positivas ou negativas.


EasyWhere stories live. Discover now