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Freitas 💸

Tive que confiar e me arriscar em deixar ela em casa sozinha por dois minutos pra ir no banheiro, mas quando eu voltei, vi que ele já tinha picado o pé e o que eu esperava, levado meu celular que tava na bancada.

Freitas: Inteligente, mas não ao meu nível.- Sorri abrindo a gaveta e pegando o meu celular verdadeiro.

Me sentei no sofá e observei uma mensagem que dizia: "estou saindo do trabalho agora, muito cansada! Tem como você ir pra minha casa hoje, amor? "

Olhei pro meu corpo que tava todo marcado e neguei, tinha nem condições. Se Paula descobria essa porra, o surto não ia ser pequeno, imagina duas malucas brigando?

Mas falar, Paula não chegava nem aos pés de surtada da Barbie, aquela mina tinha problema na cabeça que ninguém nem conseguia explicar.

Paula ligou, insistiu pra caralho e eu nem fui mais cuzão com ela, tive paciência inventando altas paradas mas quem disse? Quando escutei ela dizendo que tava saindo de casa pra vim me ver, bagulho ficou doido.

Tive que limpar altos bagulhos na correria, maconha, as roupas, toma um banho e colocar uma blusa de manga e uma calça moletom, porque o tanto que filha da puta me arranhou, tem nem condições.

Até o no lençol do sofá tinha porra, tive que trocar e acabei parecendo que ela tinha levado as algemas, neguei com a cabeça, aquela mulher era maluca, sem condições nenhuma.

Paula: Por que a porta está trancada? - Falou batendo na porta e eu respirei fundo.

Procurei rápido pra ver se ainda tinha algo fora do lugar e respirei fundo, abrindo a porta.

Freitas: É uma coisa que qualquer ser humano normal faz.- Sorri falso e ela me encarou.- Você vai dormir aqui?

Paula: Não posso dormir com o meu namorado? - Fiz careta sem ela perceber e virei pra ela, após fechar a porta.

Freitas: O que você quiser, só não tô no pique pra nada! - Falei passando por ela.

Paula: O que você fez a noite pra está cansado? Porque pelo que eu saiba, hoje você nem foi pro trabalho.

Freitas: Só pelo fato de tu ainda continuar com esse bagulho de ficar perguntando os dias que eu vou trabalhar ou não, já me deixa puto com você. Então vamo nem render muito pra não dá complicação.

Paula: Ótimo, continua me escondendo as coisas que veremos o fim disso.- Eu sorri.

Freitas: Continua tentando me controlar que eu te mostro como termina um relacionamento fácil, tu sabe que não tô brincando. Deveria ter acabado com isso faz muito tempo, mas tu sabe porque eu ainda tô aqui contigo, não fode mais.- Ela ficou sem graça, sentando no sofá.

Paula: Então, mudando de assunto... Eu consegui um estágio pra concluir a faculdade, o único problema é que é em um morro.- Fez cara de nojo.

Freitas: Qual? - Falei antes de ir pro meu quarto.

Paula: Complexo do Lins.- Olhei pra ela prendendo o riso e gargalhei entrando no quarto.

Ela veio atrás sem entender o porquê da risada mas eu fiquei calado, porra. Do jeito que a Paula é, ela não precisa nem saber o caso com a Barbie, pra dar uma confusão daquelas e eu tinha certeza que uma hora as duas iam se bater.

Mas era complicado largar a Paula, pra mim eu tinha uma obrigação de cuidar dela e enquanto eu achar isso e der pra aturar, vou continuar ao lado dela.

A LibertinaOnde histórias criam vida. Descubra agora