4 - Inocência...

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[23 de dezembro de 2019]

O baladeiro começou a se preocupar quando viu que seu melhor amigo estava brincando com seu telefone celular, com quem ele estava falando, de quem, Park Jimin. Sabendo bem, o rosa não gosta de estar em um relacionamento não correspondido, mas ele o deixa em paz porque acredita que é hora de Kim Taehyung ter sua primeira decepção amorosa.

Vamos cara? Estou cansado e minha garganta está muito seca. — Hoseok reclamou olhando pela janela onde os flocos de neve estavam caindo. O loiro lhe encarou e concordou, já que passaram a noite toda na casa de Jimin e só podiam sair às seis, para que dormissem até quase no final da tarde.

Eles foram para o outro restaurante, na mesma avenida onde Hoseok deu a ideia. Eles ficaram enjoados  do hotel, então sentaram-se ao lado do vidro, ainda tinham uma vista do estúdio de tatuagem e Taehyung insistiu porque ele não podia estar curioso sobre o segredo que o ruivo estava escondendo.

Após da pergunta, o medo atravessou o rosto do Jung Hoseok. 

— Já falei que você está maluco? — Ele não gritou, no entanto, uma veia saltou para fora do seu pescoço e as veias aparecem em sua testa. O loiro abriu a boca para responder que estava sentindo uma clima estranha entre Yoongi, mas os pedidos chegaram e Hoseok cortou o assunto completamente, então eles partiram para outro.

Após o lanche da tarde, o engraçado recebeu uma ligação e deixou seu melhor amigo sozinho no restaurante, então aproveitou a oportunidade para continuar falando através da mensagem para Park Jimin, que estava iluminando seu coração.

Taehyung procurou em suas redes sociais e se sentiu estranho quando viu que a maioria das fotos estava com o idiota chamado Jeon Jeongguk. Seus olhos lacrimejam rapidamente, mas ele ignora quando Hoseok voltou.

— Foi Yoon, ele disse que Jeon nos chamou para passar o Natal em sua casa.— Ele sorriu como se fossem boas notícias. O Taehyung ficou com sorriso torcido, não entendendo. — Vamos comprar as bebidas e depois vamos ao shopping comprar presentes para todos. — Loiro arregalou os olhos. Coitada da vó falecida; ele pensou. 

Ele quase perdeu a paciência com Hoseok, que já havia levado quase três horas para escolher apenas uma bebida. O dono do mercado estava desconfiado, andando por aí atento. 

Se apresse! Quão difícil é escolher a bebida? — Ele apertou os lábios, chamando a atenção de seu melhor amigo. 

— Vinho! — O corrigiu e Taehyung revirou os olhos.  — Eu não conheço vinhos muito bem!— Eu Reclamou já ficando desesperado. — O Jeon que pediu! Porra, ele sabe que eu odeio vinhos. — Mais uma vez, ele deixou Taehyung para trás e começou a resmungar olhando para a estante cheia de vinhos.

O loiro bufou, lutando com o sono que insistia em fechar os olhos e começou a se distrair um pouco então ele andou pelo mercado, conhecendo o mercado e parou em uma prateleira que lhe interessava. Ingredientes para fazer um bolo. Ele não sabe cozinhar como Kim Seokjin, mas aprendeu um pouco com ele, então um bolo bom e não elegante já é suficiente.

O Kim Seokjin é um amigo da família, ele era como um irmão mais velho. Quando a família trabalhou e não teve tempo de criar, liguei para o Sr. Seokjin para cuidar e, desde hoje, Kim o admira muito. Agora, a propósito, o loiro estava com saudades de casa, então ele enviou uma mensagem desejando ao professor universitário um feliz Natal com antecedência.

— Interessado em fazer um bolo para o Natal ou para o seu aniversário? — A voz mansa e angelical surgiu do nada e Taehyung despertou de seus pensamentos. E ele ficou chocado ao ver quem era e o rubor apareceu em seu rosto.

Jimin! — Sua boca se curvou num sorriso e os olhos brilhavam. — Respondendo a sua pergunta, para o Natal. O que você acha? — Ele se virou para a prateleira, Jimin abaixa os ombros e cruzou os braços, fingindo estar pensativo, o que fez o loiro rir.

— Isso parece legal. Bem, então .... não tradicional. —  Jimin gargalhou tão alto pela própria fala, jogando seu cabelo rosa para trás e Taehyung conteve sua risada para não envergonhar as pessoas ao seu redor. — Eu enjoei do peru assado então faça. — Ele enxugou as lágrimas, ofegante, e depois se acalmou piscando um olho.

Nessa hora o Hoseok apareceu e deu maior graças a Deus quando viu o Park Jimin ali. 

—Amém, você pode ser mais útil do que o funcionário do mercado. — O homem rosado ergueu as sobrancelhas e olhou para o loiro que revirou os olhos com a birra do seu melhor amigo.

— Ele está desesperado para escolher um vinho que John pediu. — Ele fez uma pronúncia errada, sussurrou no ouvido, mas Jimin riu aceitando ajudar Hoseok.

Enquanto os observava na prateleira de vinhos e lembrando do "John". Da onde ele errou ao pronunciar seu nome? e, em sua mente, ele se perguntou por que Jeongguk é tão próximo, a ponto de dar um selinho pro amigos e era nojento.

Pelo menos ele pensava que não era preconceituoso, já que ele é gay "não assumido" apenas por seu melhor amigo, mas ele foi ensinado por pais rigorosos que os amigos não deveriam se beijar. E não deveria estar normalizando algo assim, mas com Hoseok ele quer mudar de ideia.

[Seul, 14 de maio de 2008]

Kim Taehyung não entendeu porque seus pais estavam gritando na sala de estar. O pobre tinha apenas sete anos.

O garoto loiro desabou entre lágrimas, seu coração estava acelerado, seu corpo tremia de medo, de terror e seus braços seguravam um urso velho que sua avó dera quando ele comemorava seus três anos. No momento, ele queria o abraço caloroso da vovó, mas seus pais disseram que ele estava na outra cidade para que ele não pudesse correr para lá.

— SEU DESGRAÇADO! VOCÊ GASTOU UM MIL...— Não aguentava e os seus ouvidos já doíam então abriu a porta branca do seu quarto azulado e correu até na sala de estar. 

— PAREM DE GRITAR! — As lágrimas continuavam descendo os degraus e ele soltou o urso. O Sr. Kim estava no sofá, com as mãos no rosto, e a Sra. Kim estava apontando um dedo para o marido. Quando viram o pequeno, pararam e subiram correndo as escadas. Eles o puxaram para um abraço em família. Com essa reação, ele ficou tão confuso.

— Vou ligar para Hobi para brincar com você, ok? — A Kim sorriu, limpando a sujeira que seu rímel fazia no rosto e o Heeji sacudiu os fios loiros entre dedos e depois foi ao banheiro.O pequeno quase fez uma careta quando percebeu que seu pai tinha um cheiro desagradável

Depois de trinta minutos, o Hoseok de cabelo preto chegou de pijama rosa e abraçou Taehyung no sofá assistindo a um desenho animado. E então ele beijou o rosto dele e finalmente fez Tae rir.

Infelizmente, naquele momento, Kim Chin-Sun voltou para a sala com uma tigela de pipoca e ficou surpresa ao ver os dois dessa maneira. E a sua feição tornou feia. 

— O que é isso, minha gente?! — Ela franziu a testa e os meninos olharam e eles não estavam entendendo nada. — Oh meus queridos, se Heeji vir isso, ele vai me matar! — Ele riu, aliviando o clima, mas os meninos continuam com as sobrancelhas levantadas. — Então não podem fazer isso, tá? — Orientou os meninos. 

— Mas por que? — O Taehyung mostrou o beicinho. 

— Porque vocês são dois homenzinhos e não podem beijar assim. — Ela se levantou do sofá e deixou a tigela na mesa central.

Quando a Chin-Sun saiu da sala, o Hoseok cutucou o loiro para puder encarar o seu rosto. 

—Minha mãe diz o contrário, então ela não se importa. — Ele piscou um olho e sorriu sapeca. Naquela época, eles sabiam que eram como irmãos e prometeram que manteriam essa amizade para sempre.

friends don't lie - taekook - jjk+kthWhere stories live. Discover now