Bate a bad [COMPLETO]

Notas finais e agradecimentos ♥

É engraçado como, quando terminei de publicar Antes da Tempestade, meu primeiro livro, logo depois de terminar de escrevê-lo, eu tinha tantas palavras guardadas no peito pra dizer que só vazaram em ondas de empolgação, satisfação e felicidade. Eu não sei de verdade o que estou sentindo agora.

Quando comecei a escrever "Cores", eu não sabia que ele seria o final da jornada desse livro. Mas assim que o terminei, em março de 2019, eu pensei que ele finalizava tão bem tudo que Bate a Bad representa e tudo o que eu passei. Eu fiquei feliz, mas foi uma felicidade tão diferente. Foi uma felicidade mais contida, muito satisfeita, um tanto quanto plena. Eu tenho tido dificuldade de nomear minhas emoções quando elas não são intensas. Mas foi bom. Eu acho que, no fim das contas, o fim da jornada do Bate a Bad é justamente isso: o fim da jornada do Bate a Bad, mas não da minha. Ela vai continuar eterna até o dia que eu morrer, cheia de tons roxos, azuis, laranjas e muitos mais.

Do mesmo jeito, quando eu escrevi os primeiros poemas de Bate a Bad, eu também não sabia que eles seriam o ínicio. O ínicio e fim dele são no mínimos interessantes, começaram sem saber o que se tornariam. O que é ínicio e o que o fim afinal se não o que a gente defini? As coisas são tão fluidas e não certas. Eu não sei onde quero chegar com isso, eu tô literalmente só brisando e escrevendo, sem um rumo certo como fiz com esse livro e tô fazendo com a minha vida. Será que alguém sabe o que tá fazendo de verdade? Eu me sinto tão à deriva na vastidão do universo. 

Além do sentimento de quando terminei "Cores", tem o de agora. Eu demorei muito pra terminar de publicar o livro mesmo depois de terminado, às vezes porque eu esquecia, às vezes porque me sentia ansiosa com algum poema. Essas três partes finais, então, as duas versões de "Cores" e o "Deselance" me deixaram particularmente ansiosa. Por um lado, tinham as questões da versão alternativa e da quote final, por outro, tinha toda aquela sensação que era isso: o final.

Foi uma jornada díficil, seja pelos sentimentos que senti nas bads tão profundos ou não senti, no caso da apatia, e expressei nos poemas, seja quando minha ansiedade e procastinação impediram que eu continuasse a publicar, mas esse livro foi tão tão importante pra mim. Comecei a chorar agora. Vou me despedir dele por enquanto. Por enquanto porque tenho planos de revisitá-lo para publicá-lo com muitas ilustrações. Eu espero que acontença. Que eu consiga desenhar mesmo. Que eu publique na Amazon ou encontre uma editora. Que eu divulge muito. Vou no meu tempo. Enfim, ele me ajudou tanto. Eu espero que ele possa ajudar outras pessoas nem que um pouquinho, que mostre pra elas que não estão sozinhas, que as ajude um pouquinho a processar sentimentos turbulentos. Sentimentos podem ser muito difíceis. Às vezes, de entender. Às vezes, de literalmente sentir. Às vezes, de não sentir. Eu também espero que ele dê mais visilibilade para questões de saúde mental. Saúde não deveria ser nunca um tabu.

Eu queria agradecer a esses lindes que me acompanharam por tanto tempo com suas estrelinhas, que me fizeram abrir sorrisos quando eu descobria que ainda estavam por lá lendo: Guiosa, Eduarda_53, PaloBarros. Também a outres lindes que pararam no comecinho ou não chegaram a me acompanhar com seus votos, mas me aqueceram o coração com seus comentários ou mensagens: Yuuki-Kelly, IsraellDavi, _BrendaGuedes, AnaLuiza01. Eu também queria agradecer a pessoas maravilhosas que me apoiaram muito e me ajudaram a passar pela bad: Guiosa, BBilhete, LordMGAlbo, IsraellDavi, Pan3tony, e outras pessoas que não tem perfil no wattpad, como a minha mãe, minha terapeuta e migues muito importantes pra mim, que são meus outres irmães ou minhas outras famílias.

Se você estiver se sentindo engolide por seus sentimentos, ou talvez seque deles, se você não estiver bem, se tiver doendo, por favor, procure ajuda.

Talvez você já tenha ouvido isso muito. Talvez você não saiba como fazer isso. Infelizmente, eu também não sei te dizer como fazer isso, eu queria que pudesse ser simples como seguir um tutorial (okay, alguns tutorias do WikiHow são muito difíceis de seguir; na real, eu tenho dificuldade com muitos tutorias). Mas eu vou contar um pouco de como foi pra mim, acho que compartilhar experiências ajuda. As trajetórias são diferentes, mas talvez isso te ajude, te dê um norte.

Algo que me ajudou muito foi primeiro contar pra uma pessoa (no caso, a minha mãe) que eu não estava bem e pedir pra ela me ajudar a procurar ajuda (no caso, profissional). Talvez isso de começar com quem você se sentir mais à vontade possa te ajudar também, seja ume familiar, ume migue, virtual ou não, alguém do CVV (Centro de Valorização da Vida), no chat ou ligando 188, um profissional do posto de saúde, e vai indo, no seu tempo. O meu pv tá aberto também se quiser conversar, eu não mordo ♥ Infelizmente, saúde mental é um tabu e talvez não funcione na primeira vez, e eu sinto muito por isso. Eu sei que tentar de novo, procurar outra pessoa, pode ser muito difícil, mas eu sei também que você consegue. Você tá enfrentando algo muito difícil e sobrevivendo dia após dia, só por isso você já é muito forte e eu queria que você soubesse disso. Algo que também me ajudou foi tentar recarregar um pouco de vez em quando e me distrair do mundo, da minha mente, tentar fazer coisas pelas quais eu sentia prazer ou que me deixavam um pouquinho melhor, sendo isso um episódio de She-Ra ou Avatar: A lenda de Korra ou sei lá.

O ideal é não parar por aí. Se essas pessoas que você contatou não sugerirem, tente recolher coragem pra pedir a elas pra te ajudarem a procurar tratamento profissional, já que pode ser muito difícil sozinho e tudo bem. Foi difícil pra mim, pelo menos. Se você ainda assim não conseguir, não tem problema, não se culpe por isso. E, se você for uma dessas pessoas, incentive o tratamento, escute, não dimínua sentimentos, cuide e pesquise muito, mas lembre-se de também cuidar de você mesme. Há lugares que oferecem sessões de terapia gratuitas e/ou mais acessíveis e/ou virtuais. Eu conheço duas listas com esses locais e vou compartilhá-las lá no inicío do livro, para deixar esse processo o menos difícil possível, mas que infelizmente cobrem juntas apenas cidades com centros universitários públicos, principalmente a cidade de São Paulo. A ideia é expandi-la com o tempo, por favor, comentem ou mandem pv se conhecerem mais ;) E eu posso ligar e marcar consulta pra você, é sério. Além disso, o SUS oferece atendimento gratuito pra saúde mental, vou deixar uma matéria com mais informações sobre isso no external link.

E lembra: se você ainda não conseguir, não se culpe por isso. As trajetórias são diferentes. Mesmo assim, eu espero de coração que compartilhar um pouco disso possa te ajudar.

Acho que essa é outra coisa que espero desse livro também: que ele possa te motivar a procurar ajuda ou te incentivar a incentivar pessoas que precisam de ajuda a procurarem ajuda (Jesus, o que eu fiz aqui rs), afinal de contas, mesmo a bad não sendo good, tá tudo bem não tar bem ♥

Acho que é isso, não sei a da quantidade de vezes que li e reescrevi essa parte. Eu devia postar logo, né?

Até mais e, se você quiser usar esse espaço pra expressar suas opiniões ou sentimentos sobre esse livrito, com certeza não vou achar ruim, obrigada por me acompanharem o/