• cuidados •

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- Ei, olha pra mim. Já chegamos amor. Vem, desce. - com o corpo todo dolorido, me forço a sair do carro da Uber, segurando a mão de Katsuki.

- Meus documentos estão com você? - pergunto sentindo minha garganta arranhar e minha voz quase não sair de tão rouca que eu tava.

- Tão dentro do moletom. - ele me abraça de lado, caminhando comigo até a entrada do hospital.

Hoje é segunda. Desde sexta-feira eu tô mal. Não mal do tipo que só basta um remedinho pra tu melhorar. Mal do tipo que parece que um caminhão passou por cima de você e tu não consegue levantar mais.

Eu tô gripada. Extrema e fodidamente gripada. Meu corpo dói, eu não consigo nem abrir a minha boca que minha garganta já arde, tô com febre, meu nariz tá entupido e eu não tenho pique pra nada, nem mesmo pra comer. A única coisa que eu tenho feito é beber água e suco. Só. Não tô me alimentando direito por conta da falta de apetite, e isso acabou preocupando meu namorado superprotetor.

- Você devia ter vindo aqui sexta ô anta. Se já sabia que tava mal, porque não veio antes? - pergunta quando já estávamos há alguns minutos sentados nos bancos nada confortáveis da recepção, esperando sermos atendidos.

- Porque eu não tava conseguindo nem levantar da cama. E outra, minha mãe tá viajando. - explico sem dar muita bola.

- E os seus irmãos?

- Matt tá trancado no quarto desde o término com o namorado dele e Yuri tá numa casa de praia com alguns amigos. - deito minha cabeça em seu ombro, sentindo tudo girar.

- Tsc. Devia ter me ligado então. Ficou esses dias tudo sozinha meu! Cê é muito idiota mesmo. - resmunga emburrado.

- Obrigada pela parte que me toca. - respondo sarcástica. Ele me olha de rabo de olho.

- Eu só tô preocupado. Quando eu medi a tua temperatura tava quase 40°!

- Eu sei amor, mas não precisa ser tão grosso também né? - vira o rosto para o outro lado, olhando sério para o pessoal da recepção. Até que chamam o nosso número. Faço menção de levantar, mas ele me impede.

- Fica aí. Deixa que eu resolvo. - assinto sem resistir, afinal eu não tava conseguindo nem levantar um braço direito, quem dirá ter disposição de andar.

Após uns minutos resolvendo o que era preciso, Katsuki volta, mas infelizmente uma moça sentou no lugar que anteriormente ele ocupava. Ele me olhou com uma carranca desgostosa, mas como eu não sou besta nem nada, resolvo me aproveitar da situação. Me levanto, chamando sua atenção.

- Senta. - peço, e ele o faz, ainda me encarando desconfiado. - Separa um pouco as pernas. - novamente faz o que digo, e sem vergonha ou pudor algum, me sento em seu colo. - Como eu pensei. Mais confortável que as cadeiras duras desse hospital. - ele solta uma risadinha, me prendendo em um abraço firme e quentinho.

- Abusada. As pessoas tão encarando sabia?
- comenta baixo em meu ouvido.

- E desde quando você liga? - retruco de olhos fechados, me deitando em seu peito, me encolhendo com o frio que eu sentia em seus braços. Ele apenas me apertou mais ainda.

- Nunca liguei. Só achei que você ligasse. - não respondo, dando um fim aquela conversa.

Katsuki começou a me balançar suavemente, como se estivesse me ninando, me deixando cada vez mais sonolenta. Suspirei baixinho quando sua cabeça encostou na minha e ele começou a distribuir beijinhos nela, acariciando meus braços vez ou outra quando eu tremia levemente.

Demorou cerca de quarenta minutos para sermos chamados pelo médico, e durante esse tempo todo eu cochilei. Só acordei porque Katsuki fez isso.

Andei até o consultório do médico agarrada ao seu tronco, me apoiando para que caso eu tropeçasse eu não levesse um tombo feio. Eu tava tribêbada de sono e cansaço. Pra isso acontecer não levaria dois tempo.

𝐁𝐀𝐊𝐔𝐆𝐎 𝐊𝐀𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Where stories live. Discover now