Parecia uma semente com raízes saindo dela, de cor cinza sem muito brilho ou qualquer coisa que chame a atenção a uma primeira olhada, mas era algo valioso e promissor, a raiz cinzenta, era assim que começaram a chamar esse estranho amontoado de matéria orgânica feita de silício. Todos os departamentos da BioLabs estavam em furor pela descoberta que poderia dar uma esperança para a humanidade que vivia naquele mundo confinado.
— Por quanto tempo vai ficar olhando para isso, Diana?
— Ah, eu não consigo deixar de ficar empolgada por essa descoberta, sinto muito Dra. Mandisa.
A Dra. continuou olhando para ela até que sentou em seu lugar e começou a olhar as tela holográficas. Diana enrolou o dedo no cabelo crespo castanho e pegou sua xícara com café pela metade, estava frio, fez uma careta.
— Doutora, nós vamos mesmo deixar a raiz cinzenta por conta da outra equipe? — Voltou seus olhos escuros para a sua superior. — Esse comunicado está falando isso, mas não era o planejado.
— Fomos alocadas para outra função, encontraram mais uma coisa interessante no subterrâneo. Como somos umas das poucas com formação em em engenharia cibernética, robótica e virtual, requisitaram que façamos parte dessa nova descoberta.
— Mas é algo assim tão incrível quanto essa matéria desconhecida? — Diana apontou para a raiz cinzenta dentro de um aquário em forma de cilindro no centro da sala, estava rodeado de plugs e maquinário de ponta.
— Talvez não se a descoberta se aprovar apenas um monte de sucata sem valor — ficou em pé, — me acompanhe.
As portas da sala se abriram quando elas passaram e seguiram pelo corredor, várias outros cientistas perambulavam por ali conversando e carregando telas holográficas, haviam muitas discussões a respeito do potencial da nova descoberta e o que exatamente o governo iria querer com ela. Diana suspeitava que tinha alguma relação com os silicantes, mas até mapearem todo o genoma da raiz cinzenta não poderiam afirmar nada. Entraram no elevador e desceram um andar. Andaram por mais um corredor até chegarem a sala da equipe de robótica. Ela nunca tinha ido ali, pois quando entrou na BioLabs foi imediatamente enviada à seção de engenharia artificial.
Um pessoal mal humorado andava de um lado para o outro e nem se importaram em retribuir o cumprimento dela. Achou esse pessoal muito arrogante. Seguiu a doutora até o canto da sala e ali viu um esquife de vidro. Dentro dele o que parecia ser uma garota nua. Franziu o cenho. O que essa gente estaria aprontando? Era aquilo ali a nova descoberta?
— Olhe isso — disse a Dra. Mandisa ligando uma tela holográfica.
Diana apertou os olhos e em seguida os arregalou.
— Como assim isso tem idade desconhecida?
— Suspeito que seja de antes da catástrofe ambiental.
Diana colocou as duas mãos no vidro e olhou atentamente para a garota, parecia tão real, se não fosse por aquela análise poderia dizer que era humana, mas era uma máquina.
— Então quer dizer que essa androide tem informações que podem nos ajudar a saber o que tem naquele pilar no centro de Bienenstock?
— Provavelmente.
— Então o que estão esperando, por que não ligam ela?
— O pessoal irritado ao seu redor está assim porque não sabem como fazer.
A doutora abriu o esquife e tocou entre os seios da androide, ali uma cavidade se abriu e revelou um cubo que parecia conter um mini sol dentro dele.
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Serpente do Vazio - Irregular (Completo)
Science FictionHá duzentos anos quando a catástrofe ambiental assolou o mundo, a humanidade construiu muralhas para se manter segura do que o mundo havia se tornado, não sendo o bastante, uma cúpula foi criada cobrindo toda uma cidade, o ultimo refugio dos seres h...