Capítulo- 008

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  MIA

  Saí correndo, e comecei a bater na porta do meu apartamento, até que consegui abri-la, olhei para o meu braço e vi a marca que  aquela criatura tinha deixado, um A, ou um símbolo de sangue tomou conta do meu pulso, o mesmo símbolo que havia do lado da mulher de branco que morreu na minha outra casa. Eu estava simplesmente aterrorizada. Eu peguei um gaze e enrolei no braço, de noite mal conseguia fechar os olhos, aquela imagem sempre vinha a minha cabeça.

  De manhã eu estava passando a mão esquerda em cima do gaze, e resolvi tira aquela marca havia sumido, não havia mais nada no meu braço. Depois desse acontecido resolvi chamar o investigador do caso.

  - Obrigado.- o investigador agradece quando coloco a xícara de chá na mesa de centro.

  - Muito obrigada por vir.- O agradeci também.

  - Tudo bem!- Ele disse.- Fiquei surpreso por ter me ligado.

  - Eu disse que eu não queria mais saber. Mas eu quero acabar com tudo isso logo.- Eu disse.- São muitas perguntas sem respostas.

  - Eu entendo. Eu trouxe o que tenho do caso Higgims. O investigador disse.- Essa aqui é Annabelle, afilha dos Higgims, é claro que você não viu ela desse jeito quando ela estava morta em sua casa.

  - Não, de jeito nenhum.

  - Essa foto foi tirada antes dela se envolver com a seita.

  Havia duas fotos e lá estavam, aquela menina que me assombrou e entrou pela janela, e a adulta, que me atacou depois que empurrou a porta, na verdade não dava para acreditar que ela era daquele jeito, feliz, não dava, mas agora ela é apenas um espirito que está me seguindo, o espirito de Annabelle.

  - Essa seita  de onde ela estava, o senhor investigou mais a fundo?- Eu perguntei.

  - O que exatamente?

  -Não sei deve ter havido algum motivo .

  -Eles eram um bando de drogados!- O investigador disse. - Mia, estamos  falando de delinquentes. Sob efeito sabe Deus o que, isso fez com que se alucinassem e fizessem coisas terríveis!

  - Esse símbolo significa alguma coisa para você?- A foto estava com o mesmo símbolo que o demônio tinha deixado em mim.

  - Já ouviu a expressão “às vezes um cigarro é apenas um cigarro”?- Ele perguntou.

  - Então não vai se importar se eu ficar com essa foto.- Continuei.- Mais uma coisa... o culto tinha nome?

  - Eles se auto intitularam “Os discípulos do carneiro”.- Ele respondeu.

  Na verdade eu não podia dizer nada a respeito do que estava acontecendo comigo, ele não iria acreditar, e até mesmo me chamar de louca. Eu decidi então procurar alguma enciclopédia na biblioteca da Evelyn.

  Eu estava andando pelos corredores. Até que ela me avista e vem falar comigo.

  - Olá outra vez!- Ela disse.- Precisa de ajuda? 

  - Oh não, não estou só olhando!- Respondi.

  - Acabei de descobrir uma coisa: você mente muito mal.- Ela estava falando com uma voz calma.- O que procura?

  - Eu volto depois.- Eu disse.

  - Mia, eu sou velha poucas coisas me surpreende. E mesmo que surpreendam estou cansada de demonstrar.- Ela continuou.- Vai me contar ou...?

  - Acho que minha família esta sendo assombrada por um fantasma!- Eu disse.

  Ela parou e ficou me olhando e depois de alguns segundos ela disse.

  - Ala 4, siga-me.

  Eu a segui até o local e disse.

  - Sei que parece maluquice essa historia de fantasma da menina... mas...

  - Você não é louca.- Ela me cortou.- Aqueles que não acreditam são loucos.

  - Você acredita nessas coisas?- eu perguntei.

  - Vamos dizer que eu tive algumas experiências do tipo, que me fizeram manter a mente aberta.

  Evelyn me levou até uma mesa e começou a folear o livro. E abriu o livro na pagina que eu deveria pesquisar.

  - Eu não acho que o que tem acontecido está relacionado a garota.

  - Porque não?- eu perguntei.

   - Um fantasma assombra lugares específicos, onde coisas ruins aconteceram, como a sua antiga casa.- Ela respondeu.

  - Nós mudamos, mas continua acontecendo.

  - É por isso que eu não acho que seja fantasma. Mas esse culto você disse que eles estavam invocando alguma coisa? Pelo que eu já li, essas seitas não invocam espíritos. Eles invocam espíritos inumanos. Algo que nunca existiu no mundo físico, algo que nunca existiu na carne.

  - Demônios!- Afirmei.- O que que eles querem?

  - Uma alma.- Evelyn respondeu.- E não vão parar até conseguirem.

  - O que que eu faço?- Pergunto à ela.

  - espero que as respostas estejam nesses livros.

  Ela disse e virou sua mão, dava para ver o pulso dela e tinha uma cicatriz. Eu olhei e ela percebeu e então disfarcei, e ela colocou sua outra mão em cima da cicatriz. Ela me mostrou uma um pingente que continha a foto dela e de outra pessoa e ai ela disse:

  - Essa é minha filha, Ruby. Ela morreu quando tinha sua idade.

  - Lamentou.- Eu disse.

  - Sem ela, parece que eu não tenho mais objetivos para viver. Mas enquanto eu esperava pela morte eu ouvi a voz dela dizendo que não era minha hora, que Deus tinha um  proposito para mim. E você também tem um proposito, Mia. Proteger  sua família. Por isso na pense que esta louca por fazer isso. Faca o que achar que esta certo. Faça o que tem que fazer.

Annabelle.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora