CAPÍTULO 41

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BELINHA

NÃO REVISADO

No dia seguinte

Depois de um exame de sangue foi realmente confirmado que eu estava grávida, Maria quase pulou de felicidade por saber que tinha sido confirmado que iria ser tia, diferente de me que quase caí durinha para trás por saber que a minha última esperança do teste está errado tinha sido descartada assim que a médica falou a seguinte frase:"parabéns você está grávida ".

Até considerei me enrolar em uma bola e chorar sentada no chão do consultório mesmo quando ouvi as palavras pronunciadas pela médica, não tinha mais volta eu tinha que contar toda a verdade para os meus pais e ainda tenho que falar com Patrick sobre o assunto. Mas se era para contar a verdade então começaria com os meus pais.

Disquei o número da minha antiga reincidência e o telefone chamou e chamou até cair na caixa postal, deixei um recado dizendo que queria conversar com eles e depois desliguei.

Suspirei fundo, agora era hora de falar com Patrick já que minha primeira ligação não tinha dado certo, mas pensando bem o certo seria ligar para Patrick primeiro já que estávamos nessa juntos.

Mas o quanto ruim ele poderia reagir quando eu contasse para ele que meu exame de sangue deu positivo e que eu estava gravidez? Ele sempre era amoroso com os sobrinhos, mas quem poderia me garantir que ele também seria um bom pai? Ou se ele queria ser pai?.

Era tantas perguntas que estava em minha cabeça e elas só seriam respondidas pela pessoa que eu estava tremendo muito mais do que meus pais.

- Oi, precisamos conversar, você está podendo?.-digito a mensagem com as mãos trêmulas e envio para o seu número.

Ele sempre estava online então não demoraria a me responder. Assim depois de alguns minutos que eu tinha enviado a mensagem veio sua resposta.

- Oi pequena, como você está? É claro, sempre tenho tempo para você, vou ligar para conversarmos melhor. Estou morrendo de saudade.-Patrick.

Sorrio com sua resposta tão animada,apesar que ainda estava ferida por ele ter pego Tereza mais mal o celular na minha mão tocou e eu logo entendi, ansiosa e com medo.

- Oi pequena.-sua voz era rouca do jeito que ele sempre falava comigo mais e um jeitinho suave.

- Oi.-sussurro em um suspiro trêmulo.

Sem um pingo de coragem para falar para ele sobre o bebê.

- Você está bem? Aconteceu alguma coisa?.-pergunta quando fico em silêncio tempo demais.

Limpo a garganta e me preparo psicologicamente para lhe dar a notícia da gravidez.

- Você promete que não vai me odiar?.-pergunto sentindo lágrimas se formando em meus olhos.

Não sei nem por que eu perguntei isso, já que ele não tinha o direito de me odiar por que a culpa era dele e consequentemente minha.

- E tão grave assim?.-seu tom agora estava sério mais sem deixar aquela suavidade que ele sempre usava comigo.

- Bom...-limpo de novo a garganta piscando algumas lágrimas teimosas.

- Eu estava meio doente, sabe? Quer...dizer , eu não estava exatamente doente...se for pensar no que eu tinha, e aí eu fui ao médico...-eu estava enrolando mais só Deus poderia saber o tamanho do meu desespero.

Para novamente agora fazendo uma pausa maior do que a anterior.

- Vamos pequena continue, você está me deixando preocupado! .-ele pede em tom aparentemente calmo, mas eu sabia que era só aparência mesmo.

- E no médico você sabe como funciona e uma fila enorme para ser atendida...que dizer agora não mais...já que foi em um hospital particular e tal é....fiz um exame...E a médica disse que estou grávida.-soltei de uma vez e fechei os olhos esperando Patrick dizer alguma coisa.

Mas ele não disse nada por um momento, eu podia escutar sua respiração forte do outro lado do telefone como se estivesse tentando recuperar o fôlego.

- Patrick?.-chamo já com medo do homem ter morrido do outro lado da linha.

- Merda,merda como caralho você conseguiu engravidar?-ele esbravejou pelo telefone me fazendo afastar o celular da minha orelha quando escutei barulhos de alguma coisa sendo quebrada.

- Você sabe muito bem como!-digo de volta ainda em tom baixo.

- Porra Isabel, sempre usávamos camisinha por que caralho devo acreditar que esse filho e meu?.-aquilo me ofendeu como ele poderia pensar que eu estava mentindo sobre ele ser o pai?.

- Porque você foi o único que esteve em minha cama em DOIS ANOS seu idiota.-minha voz sai mas forte dessa vez pois eu não seria ofendida desse jeito e ficar me fazendo de maça.

Como ele podia dizer uma coisa dessas?.

- E quem me garante que esse filho não é um tiquinho de um e de outro? Você pode muito bem está tendendo me empurrar um filho que nem pode ser meu, talvez pode até ser de Gabriel ou daquele seu amiguinho da faculdade.

- Seu desgraçado, como você pode me acusar disso? Você sabe que foi o segundo que pisou na minha cama.-eu já estava gritando estética com ele pelo telefone sem me importar com o quanto eu estava falando alto.

- Isso é o que você está dizendo, você pensa que foi a única a dizer que estava esperando um filho meu?.-levei minha mão até meu ventre acariciando uma barriga que ainda não tinha formato.

- Me responda Isabel! Você acha que é a única?.

- Vai se fude, eu não preciso de você na vida do MEU FILHO, eu posso cuidar dele sozinha, vocês homens são todos iguais sempre fugindo das responsabilidades.-gritei a última parte raivosa.

- Não estou fugindo de nenhuma responsabilidade já que não sei se realmente essa criança é minha.

- Claro que você está fugindo, mas pode ficar sossegado pois diferente das outras eu não vou insistir que você é o pai, até porque a partir de hoje você morreu para mim e consequentemente meu filho é órfão de pai.-não espero sua resposta e desligo a chamada.

É foi aí que acabei chorando com vontade, chorei pelo futuro do meu filho que não seria criado por um pai, por está nessa sozinha e por ser burra o suficiente e não ter me precavido contra uma gravidez antes.

Mas eu faria de tudo por essa criança, porque apesar de não ter sido planejada como algumas pessoas fazem, ela ou ele teria todo o meu amor e carinho.

PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora