Submission ღ kth + jjk

Capítulo II

Jeon Jungkook 

Depois do acontecido Taehyung e Jungkook voltaram para suas respectivas mansões sem se encontrarem novamente, o alfa havia partido e Soohyun decidiu levar seu filho para casa também, pois ele se sentia “indisposto”. O que não era ao todo uma mentira, ele realmente se sentia estranho, não entendia que sensações eram aquelas, se parecia com um cio menos torturante, ele se sentia quente e suava muito, seu lobo estava inquieto e era como se estivesse em uma sauna. Seu coração palpitava de maneira irregular e uma inquietação incessante que não o deixava ficar parado, precisava de algo, mas o que? Era como se estivesse em abstinência, por isso seu pai o levou para casa, pois além do comportamento estranho, todos viram o quão próximo Jungkook estava de Taehyung, o que claramente iria render diversos rumores.

Quando chegaram na mansão, Jungkook foi direto para o banho, ele mesmo preparou a água e a banheira para se banhar, pois estava com um calor intenso e o suor molhava sua pele, precisava de água fria e se deixasse, iriam preparar a ele um banho quente. Deixou suas roupas de lado e adentrou a banheira com água fria, pois ele sequer poderia cogitar um banho quente na situação que se encontrava, sentiu um alívio tomar seu corpo e agradeceu mentalmente pela água não estar aquecida ou ele desmaiaria. Quando deitou sua cabeça na borda da banheira, as sensações pareceram mais vívidas, ainda sentia o cheiro de café na ponta de seu nariz e aquilo o deixava embriagado, além que o arrepio correr por todo seu corpo ao lembrar-se da sensação das mãos do alfa em sua cintura e cabelos.

Se banhou lentamente, para tentar se livrar daquela sensação que queimava sua pele, uma latente sensação de vazio, como se faltasse alguma coisa, parecia que precisava de algo para completá-lo, ou alguém para livrá-lo daquele calor. Quando terminou seu banho vestiu roupas mais confortáveis e calçou seus sapatos, ainda com os cabelos molhados após afundar-se na banheira, ele desceu até o primeiro andar, precisava conversar com seu pai, precisava perguntar o que era aquilo e como parar. Mesmo ao usar roupas leves, com tecidos suaves que não eram nenhum pouco desconfortáveis, suava como se fizesse o pior dos verões, sua pele estava quente e pegajosa por conta do suor, por conta disso, sua roupa, que antes era confortável, passou a lhe incomodar. Mas teria que aguentar, pois de fato, não havia mais nada que pudesse fazer.

Ao caminhar por alguns minutos por aquela mansão imensa, encontrou seu pai sentado no sofá já vestido com suas roupas casuais e mais confortáveis, ele lia um livro enquanto descansava os pés sobre a mesa de centro, resolveu beber um copo de água gelado antes de falar com ele, pois a sensação que mais o agonizava, era de que seu sangue fervia nas veias. Foi até a cozinha e encheu o copo com água, bebeu o líquido em longos goles, sentiu seu corpo se acalmar aos poucos e suspirou aliviado, apesar de não ter passado completamente o calor, reduziu seu sofrimento grandemente, por isso voltou para a sala e sentou-se ao lado de seu pai. O alfa já havia notado que havia algo de errado com ele, quando viu seu reflexo notou como estava corado e mesmo após o banho podia ver o suor se acumular em sua testa, qualquer um pensaria que estava enfermo.

— Como está se sentindo meu bem? — Seu pai tocou com as costas da mão em seu rosto e franziu o cenho logo em seguida. — Está febril, sente-se mal?

— Não me sinto doente, só… Estou com muito calor — suspirou e se inclinou para o toque de seu pai, que estava com as mãos frias. Ao notar a atitude do filho, Soohyun largou o livro e levou as palmas até às bochechas de Jungkook, que suspirou aliviado.

— Quer me contar o que houve entre você e Taehyung no baile? E o por que vocês saíram daquela maneira? — Perguntou atento às suas expressões.

— Eu não sei pai, eu realmente não sei — segurou em suas mãos e as levou até o colo, onde as manteve juntas. — Estávamos apenas conversando quando ele se aproximou e eu não consegui me afastar, eu parecia em transe e não conseguia pensar em nada a não ser em seu cheiro tão próximo ao meu nariz.