| Chapter 2

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SIENNA POV

29 de Novembro de 2014

 

Caminhei a passos largos pela extensão de areia e quando estava a uma distância segura do helicóptero parei. A porta do mesmo abriu-se e um rapaz loiro saiu. Atrás dele saiu um dos seguranças dos meus pais, que carregava algumas malas.

Segurança: Olá Sienna. – disse quando os seus olhos pousaram em mim.

Revirei os olhos e virei-lhe a cara. O segurança pousou as malas perto de mim e entrou no helicóptero fechando a porta atrás de si.

Eu: Nem penses que vais deixá-lo aqui. – gritei

Não tardou muito a o rapaz caminhar até às malas, agarrar nelas e andar em direcção a minha casa. O helicóptero levantou voo e num abriu e fechar de olhos desapareceu do meu campo de visão.

Se os meus pais pensam que este cretino de meia lata vai viver na mesma casa que eu, podem ter a certeza que eu vou-me passar em breve. Virei-me para trás e encarei o rapaz a subir a escadaria que dava ao hall de entrada.

Eu: Se eu fosse a ti não dava nem mais um passo. – gritei

Caminhei, outra vez, a passos largos até ao hall e pus-me em frente dele. Ele olhou para mim confuso e eu dei-lhe um sorriso torto. Ri-me e virei-lhe costas.

***: Sou o Niall.

Eu: Não te perguntei o novo. – respondi de forma rude

***: Mas também não estou a responder a nada.

Entrei dentro de casa e fechei a porta de vido que me separava daquele ser loiro. Acenei-lhe com a mão e virei costas começando a andar pelo corredor até à cozinha. Antes de entrar na mesma ainda o ouvi gritar:

Niall: Deixa-me entrar!

Ignorei a sua voz e continuei a fazer a minha vida normalmente.

Os meus pais são malucos. É que só pode. Se eles pensam que vou dividir a minha casa com alguém estão bem enganados. Nunca na minha vida irei fazer isso. Se aquele rapaz querer lugar para viver desenrasque-se porque esta casa é minha e apenas minha.

Eu vim para aqui para fugir das pessoas. Parece estúpido mas eu tenho um ódio enorme a todos os humanos que me rodearam a vida toda. Por causa de todos eles eu sofri a minha vida toda. No entanto eu sempre fui uma pessoa que sofria em silêncio. Nunca tive interesse em falar com os outros sobre os meus problemas. Sofrer em silêncio. Gostam do meu lema? Dantes eu gostava, mas chegou o dia em que tudo o que eu tinha guardado para mim saiu como correntes de ar pela minha garganta fora. No dia em que explodi foi o dia em que tomei a decisão de vir viver para aqui.

Esta ilha não é completamente deserta porque existe uma pequena aldeia do outro lado onde eu costumo ir comprar comida e é através dele que tenho acesso a electricidade e a água potável. Mas para mim serve porque tenho todo este lado só para mim contudo agora não estarei sozinha. Eu apenas quero viver uma vida em paz, será pedir muito?

***

O sol lá fora começa a ser escasso, por isso o pôr-do-sol aproximasse. Caminho até ao cabide da entrada da casa e agarro num dos meus casacos. Passo-o pelos meus braços e puxo o fecho até metade. Abro a porta de vidro e caminhei até às escadas. Fecho os olhos e deixo que o que resta do sol bata na minha cara e a aqueça. O vento já se sente e os meus cabelos dançam em conjunto com ele.

***: Já posso entrar?

Eu: Não me chateeis.

Abro de novo os olhos e descalço-me. Desço as escadas e deixo os meus pés apreciarem a sensação quente que a areia transmite. Lentamente vou caminhando pela longa extensão de areia até perto da borda da água. Sentei-me na areia com as pernas dobradas e joelhos contra o meu peito e fechei os olhos a ouvir o som das ondas a embater nas rochas. Esta é a melodia da minha vida!

The Island | N.H.Onde histórias criam vida. Descubra agora