Capítulo 40

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Pov Sina

Depois que tomamos banho e comemos a pizza, ficamos deitadas no sofá apenas existindo. Eu não podia reclamar, porque estar grudada nela é a melhor coisa desse mundo.

— Sina?

— Hm...

Ela fez um silêncio, parecia pensar.

— Você gostaria de conhecer seu avô?

Estranhei sua pergunta repentina.

— Não sei amor, acho que sim, mas também penso que não, tenho dúvidas.

Heyoon soltou um riso nasal.

— Por que o pensamento negativo?

— Acho que se ele abandonou a família, é porque não queria conviver com ela.

Heyoon se remexeu, ela tava virada pra televisão, estávamos abraçadas em conchinha. Ela se virou para mim, nossos rosto ficaram a centímetros.

— Imagine que eu e você tenhamos um filho, e chegou a um ponto que você tinha que escolher, ou o filho, ou a mim, quem você escolheria?

-— Aamm... Filhos dão trabalho, você me dá orgasmo, amor, carinho, compreensão, é uma calmaria no meio da tempestade. Não é muito difícil.

— Sina!

Eu ri e roubei um selinho dela.

— Okay amor, dependendo da situação talvez o filho.

— Talvez seu avô não tenha abandonado vocês, ele só ficou desgastado com alguma coisa.

Foquei minha atenção em um ponto qualquer, no fim a conclusão de Heyoon não era tão absurda assim, meu pai sempre foi ambicioso por aquela empresa, e minha avó nunca teve nenhum rancor do meu avô, sempre falou dele com o máximo de amor possível, era notável seu carinho com ele, mesmo que ele a tenha "abandonado" ou seja lá o que aconteceu, mas se depender do meu pai, eu nunca vou saber realmente o que aconteceu.

— Sina? – Heyoon falou e puxou meu rosto pra olhar pra ela. — Você tá com sono?

— Não.

— Vamos brincar?

— De novo? - Falei com segundas intenções, Heyoon riu, mas logo levantou do sofá e saiu correndo pro quarto.

Voltou com uma caixa e uma bolsinha.

— Que isso? – Perguntei olhando pra caixa.

— Você vai me maquiar.

— Am... Não estou afim de estragar seu rosto ou suas maquiagens.

— Vem levanta.

Fiz cara de tédio, mas levantei, ela se sentou no sofá.

— O que eu faço primeiro? – Perguntei ao abrir uma caixa e ver uma quantidade de coisas que eu não fazia a menor ideia para que servia.

— Passe corretivo e a base.

— No rosto? – Sai procurando o que diabos era corretivo. — Eu usava corretivo na escola pra apagar tinta de caneta.

— Primeiro que o nome não é corretivo e sim branquinho.

— Isso se chama variação linguística professora Jeong, formada em letras português.

Encontrei o diabo do corretivo, encostei a caixa com as coisas do lado e sentei no colo dela.

— Corretivo passa no rosto todo? Meu Deus isso é um batom. – Falei quando abri o negócio, Heyoon começou a rir.

InternatoWhere stories live. Discover now