Pov Sina
Depois que tomamos banho e comemos a pizza, ficamos deitadas no sofá apenas existindo. Eu não podia reclamar, porque estar grudada nela é a melhor coisa desse mundo.
— Sina?
— Hm...
Ela fez um silêncio, parecia pensar.
— Você gostaria de conhecer seu avô?
Estranhei sua pergunta repentina.
— Não sei amor, acho que sim, mas também penso que não, tenho dúvidas.
Heyoon soltou um riso nasal.
— Por que o pensamento negativo?
— Acho que se ele abandonou a família, é porque não queria conviver com ela.
Heyoon se remexeu, ela tava virada pra televisão, estávamos abraçadas em conchinha. Ela se virou para mim, nossos rosto ficaram a centímetros.
— Imagine que eu e você tenhamos um filho, e chegou a um ponto que você tinha que escolher, ou o filho, ou a mim, quem você escolheria?
-— Aamm... Filhos dão trabalho, você me dá orgasmo, amor, carinho, compreensão, é uma calmaria no meio da tempestade. Não é muito difícil.
— Sina!
Eu ri e roubei um selinho dela.
— Okay amor, dependendo da situação talvez o filho.
— Talvez seu avô não tenha abandonado vocês, ele só ficou desgastado com alguma coisa.
Foquei minha atenção em um ponto qualquer, no fim a conclusão de Heyoon não era tão absurda assim, meu pai sempre foi ambicioso por aquela empresa, e minha avó nunca teve nenhum rancor do meu avô, sempre falou dele com o máximo de amor possível, era notável seu carinho com ele, mesmo que ele a tenha "abandonado" ou seja lá o que aconteceu, mas se depender do meu pai, eu nunca vou saber realmente o que aconteceu.
— Sina? – Heyoon falou e puxou meu rosto pra olhar pra ela. — Você tá com sono?
— Não.
— Vamos brincar?
— De novo? - Falei com segundas intenções, Heyoon riu, mas logo levantou do sofá e saiu correndo pro quarto.
Voltou com uma caixa e uma bolsinha.
— Que isso? – Perguntei olhando pra caixa.
— Você vai me maquiar.
— Am... Não estou afim de estragar seu rosto ou suas maquiagens.
— Vem levanta.
Fiz cara de tédio, mas levantei, ela se sentou no sofá.
— O que eu faço primeiro? – Perguntei ao abrir uma caixa e ver uma quantidade de coisas que eu não fazia a menor ideia para que servia.
— Passe corretivo e a base.
— No rosto? – Sai procurando o que diabos era corretivo. — Eu usava corretivo na escola pra apagar tinta de caneta.
— Primeiro que o nome não é corretivo e sim branquinho.
— Isso se chama variação linguística professora Jeong, formada em letras português.
Encontrei o diabo do corretivo, encostei a caixa com as coisas do lado e sentei no colo dela.
— Corretivo passa no rosto todo? Meu Deus isso é um batom. – Falei quando abri o negócio, Heyoon começou a rir.
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Internato
FanfictionSina ama festas, sua vida é resumida em baladas, cachaça, mulheres e ressaca. Ela só não contava que seus pais iriam por um fim nisso, e a colocar em um colégio interno para cursar seu último ano de ensino médio.